O evento, realizado em São Paulo, SP, reuniu especialistas que também debateram as soluções para os problemas do segmento logístico.
A segunda edição do Congresso Brasileiro de Supply Chain & Logística, ocorrido entre os dias 23 e 24 de março em São Paulo, SP, teve uma programação que buscou discutir as soluções, melhorias e inovações nacionais e internacionais voltadas para a cadeia de suprimento. E os palestrantes convidados tinham importantes focos para discutir: os rumos da economia nacional para os próximos anos e as armas do segmento de logística para se manter lucrativo, seja por meio de lançamentos de serviços, ou pela conquista de importantes clientes.
Além das palestras, reuniões pré-agendadas entre expositores e possíveis clientes aproximaram todas as pontas do mercado, desde o fornecedor de soluções.
Organizado pela WTG Events (Fone: +44 (0)20 7202 7500), o evento contou com importantes marcas do setor e patrocinadores, como Global Logistic Properties, LLamasoft, Inc., TRACC, AIMMS, FH, Flanders Investment and Trade, Still Brasil, OM Partners, Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Gocil Segurança e Serviços, AGV Logística, CBRE, Cone S.A., DHL Logistics, Freelog do Brasil, Grupo Libra, Idom Consulting, Linear Softwares Matemáticos, Magaya Corporation, Porto de Itapoá, TOTVS e UniSoma Computação. A revista Logweb e o Instituto Logweb de Supply Chain e Logística – ILOG foram parceiros de mídia do evento.
O cenário econômico
Para falar sobre a economia atual e o que esperar dela nos próximos anos, o ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Loyola, foi convidado. E, segundo ele, no cenário internacional há importantes fatores de incertezas a serem considerados, como a normalização da política monetária dos Estados Unidos; o ritmo de desaceleração da economia chinesa; as dificuldades na recuperação na Zona do euro, que já se encontra atrasada em relação à recuperação americana; além da questão da governança da Zona do euro, a exemplo da atual situação da Grécia. “São essas questões que irão definir alguns aspectos cruciais, como o ritmo de crescimento da economia mundial e taxas globais de juros e de câmbios”, afirmou.
Na China, a desaceleração persiste, e o crescimento deve atingir 6% em 2015, sendo 7,4% em 2014. Os Estados Unidos mantêm o bom ritmo e o desemprego continua em queda. O FED, Sistema de Reserva Federal americana, deve elevar os juros no segundo semestre de 2015. Enquanto isso, a Zona do euro segue uma retomada frágil e a Grécia volta a preocupar. O BCE, Banco Central Europeu, deve intensificar os estímulos. “Por enquanto, não dá para contar com a Europa como motor da economia global”, lembrou Loyola.
Apesar de a América Latina sofrer com o baixo crescimento, os países que conseguem atuar com uma política macroeconômica boa se mantêm.
No Brasil, o ex-presidente do BC afirma que chegou a hora de pagar a conta dos erros da política econômica do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Em 2015 haverá recessão com inflação. O desemprego irá aumentar, enquanto a renda cai, revertendo uma tendência positiva iniciada em 2013 e culminando com a queda no consumo. Esse quadro ainda poderá ser agravado com os desdobramentos das investigações da Lava Jato e com o racionamento de água e energia.
Apesar de a nova política econômica estar no rumo certo, segundo Loyola, há ceticismo quanto a sua continuidade, em função das “dificuldades políticas e convicções enraizadas do PT”. “Não vemos o partido absorvendo as ideias, mas sim usando as atividades do ministro da economia e de sua equipe econômica”, afirmou.
Ainda segundo Loyola, o potencial de crescimento continuará baixo nos próximos anos. O Brasil perdeu o ritmo econômico nos últimos anos, considerando que o crescimento médio entre 2011 e 2014 é de 1,5%. “O desafio de 2015 será recuperar a confiança dos agentes.” Em 2015, o PIB deverá fechar em retração de 1,2%, ainda segundo o ex-presidente do Banco Central do Brasil.
Para 2015, a inflação deverá ser ainda mais pressionada, em função do reajuste de preços administrados. Os maiores impactos na inflação virão dos reajustes em energia elétrica, combustíveis e transportes públicos. Em 2014, o IPCA fechou com variação de 6,41%. Já os juros devem começar a cair no início de 2016.
Na política fiscal, a deterioração das contas públicas foi acentuada e o déficit primário consolidado foi de 0,6% do PIB em 2014. “As fracas desonerações e atividades estão prejudicando a receita. A recomposição tributária será crucial em 2015. Aumentos nos impostos estão entre as medidas principais”, afirmou Loyola.
Já na taxa de câmbio, a volatilidade está instalada, em função de aspectos internos e externos. No cenário externo, a alta do dólar e o recuo das commodities impõem pressão. Já no Brasil há as incertezas econômicas e os efeitos da Lava Jato. Para os próximos meses, espera-se que o dólar continue em alta.
Segundo Denise de Pasqual, diretora da Tendências Consultoria Integrada (Fone: 11 3052.3311), é exatamente porque a demanda de insumos está fraca que os fornecedores ociosos estão esperando negócios, com a possibilidade de firmar contratos de longo prazo.
“Os preços das commodities no mercado externo vêm perdendo valor ao longo dos últimos anos, impulsionados pelo menor ritmo de crescimento da economia chinesa, pela valorização do dólar frente a uma cesta de moedas – lembrando que as commodities são comercializadas em dólar –, pela ampliação da oferta e maior capacidade ociosa, reflexo do aumento dos investimentos nos últimos anos. Há uma grande oferta vista no mundo, impulsionada pela economia chinesa, mas não há demanda correspondente”, explicou.
Já no mercado interno, uma série de situações influencia os preços: preços externos; câmbio; medidas de politica comercial, como tarifas de importação, medidas compensatórias e outras; estrutura competitiva da indústria (concorrencial, olipolista ou monopolista); grau de intervenção governamental com preços livres ou preços administrados – controlados pelo governo, sem seguir uma regra clara por muitas vezes; o comportamento da demanda doméstica, já que 2015 será um ano de demanda muito fraca de commodities, especialmente sobre as metálicas; choques de oferta; restrições; e custos logísticos.
Em termos de custos, as principais pressões virão dos preços administrados, como combustíveis e energia elétrica, com realinhamento de preços após represamento nos últimos anos. As restrições fiscais limitam espaço para subsídios governamentais.
Infraestrutura e legislação
Taxas de câmbio, custos portuários e aeroportuários e burocracia alfandegária são os maiores custos logísticos hoje, segundo Fernando Marcato, professor da pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas. E, segundo ele, a qualidade da infraestrutura passa pela maturidade institucional, com marcos legais amadurecidos. “Há uma correlação entre a idade dos marcos legais e a maturidade institucional do setor de logística”, analisou.
Com marcos antigos, além daqueles que demoraram a serem revistos ou realmente feitos, o setor precisa lidar com as incertezas geradas pela falta de definição nas regras de atuação. “Essa incerteza acaba gerando menos investimento
no setor, acarretando menos crescimento”, afirmou Marcato.
A autonomia das agências reguladoras foi limitada. PPPs (Parcerias Público-Privadas) e concessões crescem no nível estadual e municipal, e a nova política do BNDES reduz financiamentos, o que deve aumentar a participação privada no financiamento.
“Para os próximos anos, poderemos ver no setor um cenário com restrição fiscal que tende a reduzir o PAC e desembolsos do BNDES; a redução da participação de grandes grupos nacionais, em função das investigações da Lava Jato, possibilitando a entrada de grupos estrangeiros e médias empresas; um possível aumento de concessões no nível federal em portos; dificuldades em ferrovias e rodovias, em razão do novo modelo de PPP; ampliação do financiamento privado; e aumento de PPPs e concessões em estados”, resumiu.
Para Elias Gedeon, diretor da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fone: 11 3549.4499), os custos de logística no Brasil são cada vez maiores. Para os donos de cargas, os investimentos públicos estão em falta. Além disso, alguns dos setores de cargas contam com a ausência de uma regulação eficiente. Lidar com barreiras para a entrada de novos players, fornecedores de serviços, que resultam na pouca concorrência na prestação de serviços, também está ligado a problemas na atuação dos donos das cargas, além da limitação ocorrida nos transportes em todos os modais.
Com esse cenário, as alternativas para eles no âmbito público estão no maior envolvimento na elaboração de políticas públicas, em participar ativamente das audiências públicas, por meio de entidades de classe, incentivar mecanismos de economia de mercado vis-à-vis regulação estatal e vias judiciais. Segundo Gedeon, os fornecedores de serviços logísticos são os mais ativos na busca pela formulação de políticas públicas mais interessantes ao setor. Enquanto isso, os “donos das cargas não têm tanta participação nesse movimento. Eles precisam participar mais, inclusive criando associações, entidades representativas que irão lutar pelas melhorias no setor”, afirmou.
Custos
Quanto vai custar? Essa é uma pergunta corrente no setor logístico, inclusive em Supply Chain. Segundo Sérgio Magallon, gerente comercial da Libra Logística (Fone: 11 3563.3606), dois eixos principais são buscados no segmento: bom desempenho logístico e o menor custo possível. “Para ter um bom desempenho logístico é preciso olhar a cadeia em sua totalidade e, para isso, é preciso analisar o custo total”, afirmou.
No Brasil, como apontou o executivo, o custo logístico consome 11,2% da receita bruta das empresas, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Dom Cabral em 2014, que analisou empresas com grande porcentagem do PIB nacional.
E entre os principais custos logísticos se encontram armazenagem e movimentação, transporte, embalagens, manutenção de inventário, Tecnologia da Informação, custos decorrentes de tributações, de nível de serviço e custos de administração.
Algumas das soluções para diminuir os custos logísticos dadas pelo profissional são entregar ativos estratégicos, soluções integradas com rápida implementação, visibilidade, gestão de KPIs e flexibilidade. “O custo de zona primária no Brasil é muito alto. Se ele não for bem organizado, o custo logístico fica muito grande”, afirmou.
Resiliência
As cadeias de abastecimento hoje são menos resilientes, afirmou John Manners-Bell, Chairman do Supply Chain Council – World Economic Forum e CEO da Transport Intelligence (Fone: +44 (0) 1666 519900). Segundo ele, as cadeias atualmente têm inventário enxuto, são centralizadas, com produção just in time e remota, com múltiplas camadas de fornecedores, e usam países em desenvolvimento. “Essas cadeias de suprimento são desenhadas para manter custos de trabalho e inventários ao mínimo possível, mas também criam uma vulnerabilidade sistemática”, explicou.
Hoje, segundo Manners-Bell, os produtores já entendem que o Supply Chain não é apenas um custo. Com questões adversas, como desastres naturais que podem devastar a cadeia, as empresas passaram a buscar soluções para serem mais resilientes em suas operações. “Apenas porque alguns eventos não podem ser previstos, como tsunamis, não significa que a companhia não deve estar preparada para enfrentá-los”, analisou.
Design no Supply Chain
Volatilidade e mudanças são o novo normal do segmento de Supply Chain.
E esse é o desafio de Supply Chain. A afirmação é de Alejandro Nieto, vice-presidente de vendas da LLamasoft, Inc. (Fone: 11 3957.10 77) “Saber o que fazer quando não se tem certeza absoluta do que está para acontecer, com tantas volatilidades e mudanças, é um grande desafio”, disse.
Nesse sentindo, mais perguntas precisam ser feitas para organizar a cadeia de suprimento, em tudo o que se refere à estrutura de trabalho, inventário, planta de produção, transportes, demanda de produtos, serviços e métricas de fluxo, etc.
E aqui também entra não apenas o gerenciamento do Supply Chain, mas também o design da cadeia de suprimentos. De acordo com Alejandro Nieto, o design é fundamental para que seja possível acompanhar o ritmo das mudanças do setor e manter a vantagem competitiva.
A plataforma capaz de fazer o design da cadeia de suprimentos, como a da Llamasoft, gera modelos para ajudar a visualizar e analisar a operação corrente da cadeia; valida as mudanças potenciais da cadeia e continuamente testa novos cenários de mudanças; otimiza a cadeia de abastecimento para atingir o balanço entre custo, serviço, sustentabilidade e risco; reage rapidamente em casos de disrrupções não planejadas, flutuações de mercados ou novas estratégias de negócios.
Transformar o Supply Chain
Na área de Supply Chain é preciso parar de apagar incêndio e trazer soluções reais para as necessidades do negócio. Segundo Jeanne Reisinger, ex-diretora da Procter & Gamble e atual consultora do grupo, uma cadeia de abastecimento integrada, impulsionada pela demanda, executada com excelência por meio de um processo horizontal colaborativo alinhado com objetivos e mensurações irá minimizar ou até evitar disrrupções e fazer da companhia uma fornecedora ou cliente preferida, ganhando mercado.
E a transformação da cadeia envolve conhecer o cliente, suas necessidades e seu segmento; criar uma estratégia de negócio para ganhar em conjunto com os clientes; alinhar a estratégia da cadeia com a de negócios; executar com excelência; além de se preparar para o pior e ser ágil.
“É importante ter uma equipe multifuncional para atender o cliente, envolvendo profissionais de compras e vendas, finanças, Supply Chain, marketing, Tecnologia da Informação e tantos outros”, afirmou.
“Inovação pode ser vista por diferentes ângulos. E para inovar é preciso gerir conhecimento”, lembrou Alexandre Oliveira, do IBS – Instituto Brasileiro de Profissionais do Supply Chain (Fone: 19 3289.4181). E continuou: “o desafio de inovar é agregar valor. Apenas inovar significa fazer algo que já é feito de uma nova maneira. É preciso agregar valor a essa inovação”.
Healthcare
No setor de healthcare, as formas de organizar a cadeia de abastecimento também estão se modificando. Segundo Marcelo José de Sousa, diretor de Supply Chain para a América Latina da Novartis (Fone: 0800 888.3003), tendências “poderosas estão mudando o cenário de healthcare”. Essas mudanças se devem às inovações em remédios que quebram paradigmas; à população aumentando e envelhecendo; e aos gastos constantes com healthcare. O mercado está cada vez mais competitivo, com mais indústrias especializadas no setor.
A própria Novartis está expandindo suas operações para mercados emergentes, para países da Ásia, cuja população passa por um aumento de renda e há um mercado crescente para ser atendido. América Latina, México e Oceania também estão recebendo atenção da empresa por seus mercados crescentes.
Ao todo, 200 projetos estão em desenvolvimento na companhia, sendo 138 no setor farmacêutico. E para melhorar sua logística, a empresa passou por uma revisão de SKUs para diminuir a quantidade de produtos, diminuindo seu portfólio, buscando focá-lo em alguns setores, como o oncológico.
Hoje, a Novartis atua com farmacêuticos, a Alcon com cuidados oftalmológicos e a Sandoz é responsável pelos genéricos do grupo.
Por serem três empresas independentes, criou-se a Novartis Business e Services que atua com Tecnologia da Informação, compras, serviços de recursos humanos, imobiliário e serviços de facilities, reporte financeiro e operações contábeis. As três empresas são tratadas dentro da Novartis Business e Service.
E dentro desse cenário, Sousa afirma que é muito difícil conseguir um atendimento adequado de provedores de logística na América Latina. “Precisamos formar melhores provedores dessas soluções”, lembrou.
De acordo com o executivo, é muito importante selecionar pessoas com perfil certo para cada atividade. “Para isso, é preciso saber exatamente quais serão as responsabilidades dela dentro do sistema. É preciso um processo de seleção forte, com diversos gestores decidindo sobre quem será contratado”, afirmou. A partir da contratação é preciso dar formação para esses colaboradores, dar treinamentos. Segundo Souza, esses são pequenos mecanismos nos quais se deve investir.
“Para ganhar o paciente, é preciso entregar um significante e mensurável valor a eles. É preciso criar novas formas de acesso aos remédios, prover soluções digitais que os ajudem a monitorar e melhorar os seus tratamentos; atrair e desenvolver as melhores pessoas para atuar na empresa; demonstrar alta ética e integridade”, analisou.
Pesquisa
Cesar Meireles, presidente da ABOL – Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Fone: 11 3192.3939), apresentou a pesquisa “Operadores Logísticos (OLs): panorama setorial, marco regulatório e aspectos técnicos”, que buscou abrir caminhos para novas soluções no setor. A ideia é contextualizar e mensurar todo o mercado de OLs e usar países cujo setor é referência para um benchmark sobre regulação, boas práticas e processos de certificação.
Desenvolvido em conjunto com o escritório Mattos Filho Advogados, a Fundação Dom Cabral e a KPMG, o projeto tem o objetivo de contextualizar o setor, definir o conceito de Operador Logístico e identificar quantos OLs trabalham no mercado brasileiro, sua receita bruta, a geração de empregos e renda do setor e investimentos, além de outros dados.
Com o estudo, notou-se que 159 empresas atuam como Operadores Logísticos no país, com faturamento total estimado em R$ 44,3 bilhões em 2013. O faturamento médio anual das empresas ficou na casa dos R$ 278,6 milhões.
Entre empregos diretos e indiretos, o setor possui 710.084 colaboradores, e recolheu em 2013 R$ 7,2 bilhões em tributos. Entre encargos trabalhistas, foram recolhidos R$ 2 bilhões no mesmo ano.
Para os próximos três anos, os OLs planejam investir R$ 608,2 milhões, o que representa 5,7% do faturamento bruto. Os gastos anuais da indústria brasileira em logística integrada chegam a R$ 118,4 bilhões, de acordo com o estudo.
“Cada região do Brasil tem sua especificidade. Para cada região, se conversa de uma forma, as medidas não são uniformizadas”, analisou Meireles sobre o setor no Brasil. “Somos inovadores e resilientes. E um evento como esse traz informações que podem ser transformadoras no setor logístico. Temos muito ainda a ganhar em competitividade. Mas é preciso ter uma estrutura fundamentada em planos. Por que as regulamentações do modal ferroviário, por exemplo, não andam? O investimento sempre anda para onde há segurança legal”, afirmou. “Teremos um ano bastante desafiador. Precisamos unir Operador Logístico e embarcadores para aumentar a produtividade do setor”, finalizou.
Para mais informações sobre as outras palestras do evento e sobre os casos de sucesso apresentados acesse www.sclsummitbrazil.com
Depoimento do Organizador
O evento foi muito bom. Tivemos um nível altíssimo de participantes, dos quais a maioria eram diretores de logística e Supply Chain, em torno de 200. Nosso principal objetivo, de reunir os principais players no mercado brasileiro ligados à logística, com certeza foi atingido. Nossa empresa tem um plano forte de expansão fora da Europa e dos Estados Unidos, que são nossos principais mercados. Os eventos que estamos trazendo ao Brasil são clones dos principais eventos que temos na Europa, como European Supply Chain & Logistics Summit e o European Manufacturing Strategies Summit, os mais conceituados. Enxergamos o Brasil com bons olhos e nossa estratégia é de longo prazo. O feedback que tivemos foi muito bom, especialmente pelo nível dos participantes que reunimos e o nosso modelo de reuniões e workshops. Recebemos algumas boas sugestões para a próxima edição, na qual já estamos trabalhando. Acreditamos que a composição de temas do 2º Congresso foi muito satisfatória. Unimos questões gerais de macroeconomia e infraestrutura com questões mais específicas para Supply Chain e logística, pontuados por cases de excelência de modelos estratégicos e operacionais. Além disso, tivemos um intercâmbio riquíssimo de experiências nacionais e internacionais. Para a definição do 3º Congresso, vamos procurar repetir esse modelo em linhas gerais muito bem sucedido, procurando palestras e cases completamente diferentes dos apresentados nesse ano. Desenvolvemos o programa do evento a partir de uma pesquisa feita com executivos da área de Supply Chain e logística; dessa forma, garantimos um programa com as informações e soluções mais procuradas pelo mercado.”
Loran Mariano
Account Manager da WTG Events, organizadora do evento (Na foto, com Valéria Lima, diretora da Logweb)
Depoimentos dos expositores
A Om Partners já participa dos eventos na Europa e acredita no potencial do mercado brasileiro. Após nossa instalação no país, participar do evento aqui foi uma decisão natural, mesmo com as previsões econômicas que temos.
Já contamos com vários clientes no Brasil em setores diversos, como siderurgia e bens de capital, e achamos que a nossa participação, além da qualidade da nossa solução, ajudará a ampliar a nossa base de clientes aqui. As palestras foram realmente de alto nível com palestrantes apaixonados e comprometidos em melhorar seus processos. Além disso, ilustraram muito os conceitos desenvolvidos no nosso software OMP Plus, como planejamento da demanda por categorias, processo SOP sólido, stepwise refinement para manter coerência entre planejamentos estratégicos e operacionais.”
Christophe Ourliac
Gerente de desenvolvimento de negócios da OM Partners (Fone: 11 5561.5353 – Belge)
A CCI tem um contrato global com a organizadora do evento, a GTW Events, que já estabelecia a participação no evento. O congresso foi bem organizado, tivemos reuniões com diversos possíveis clientes. Eventos assim são muito importantes na América Latina, pois não são tão comuns. Estamos procurando eventos que contêm com grandes empresas na América Latina. Não é fácil atuar no Brasil e esses eventos são importantes para buscarmos mais clientes.”
Pedro Torres
diretor regional para a América Latina da CCI Competitive Capabilities Internacional (Fone: +52-33-3002.4023)
Grandes clientes nossos participaram. Estivemos no evento para entender o que os clientes e possíveis clientes estão pensando em termos de expansões de suas operações. Sabendo do que precisam, podemos mostrar o que temos em relação a imóveis que possam atendê-los. O público esteve dentro do que esperávamos, contando de diretores de departamentos logísticos até CFOs, aqueles que decidem quem serão os fornecedores das suas empresas.”
Rodrigo de Almeida Couto
Gerente sênior nacional da CBRE (Fone: 11 5185.4688)
A Gocil tem a prática de participar desses eventos que reúnem possíveis clientes, pois eles são capazes de aproximar os contatos. O nível das empresas que participaram foi interessante.”
Marilene Vieira
Gerente de contas da Gocil Segurança e Serviços (Fone: 11 2678.0600)
“Foi a primeira vez da empresa no evento. Gostamos da oportunidade em função do perfil dos participantes, que são tomadores de decisão. Esses participantes têm muita influência na área de Supply Chain. O evento estava bem focado no assunto, o que é raro – geralmente, encontros do setor perdem o foco por serem muito grandes.”
Thiago Cáceres Correia
Gerente de processos e tecnologia da FH (Fone: 61 3533.6454)
As palestras tiveram um nível muito bom. As reuniões foram muito favoráveis, pois a maior parte delas foi com empresas cujas cargas têm compatibilidade com a nossa operação. Isso é o mais difícil em eventos como esse, pois não adianta ter uma reunião com empresas que querem transportar grãos ou petróleo, por exemplo, pois não temos essa operação. Fizemos reuniões com quem havia compatibilidade com a nossa operação de cargas.”
Eduardo Calderon
Diretor de Cargas da Gol (Fone: 0800 704.0465)
O evento atendeu as expectativas, mesmo não sendo voltado para a área de petróleo, onde atuamos com ênfase. Como o setor de transporte é um em que focamos muito, decidimos participar. O setor logístico está em fase de crescimento e a organização de eventos como esse faz com que os players do setor se concentrem em um só lugar.”
Abel Leitão
Diretor da Terrana (Fone: 0800 727.9102)
Buscamos conhecer os projetos de investimento em logística no Brasil durante o evento. A Bélgica tem vocação logística, já tem empresas brasileiras atuando com exportação e importação lá. Queremos convencer as empresas brasileiras a atuarem com a Bélgica. As reuniões foram interessantes para saber de novos projetos brasileiros no setor.”
Yves Lapere
Adido econômico e comercial da Flanders Investment & Trade (Fone: 11 2925.0117)
Já conhecíamos a WTG por vários eventos que realizam na Europa. Por outro lado, o Brasil é o mercado mais importante para a Llamasoft na América Latina. Já temos clientes aqui, como Ipiranga, Atlas e Bunge.
O nível de visitantes foi muito bom, assim como as palestras muito interessantes. Com grande foco no Brasil, a participação da empresa em workshops e eventos como esses abre um diálogo sobre os desafios do negócio, especialmente em design de Supply Chain. As reuniões foram muito positivas, com nível de interlocutores muito bom. Pessoas com autoridade no assunto estavam lá e aproveitaram a oportunidade.”
Alejandro Nieto
Vice-presidente de vendas internacionais da Llamasoft (Fone: 11 3957.1077)
O interessante do evento foi o contato com pessoas-chave do Supply Chain e procurement de grandes empresas, além da qualidade e do alto nível das palestras e participantes. As reuniões foram bem curtas, mas muito eficazes. Com essa conversa curta, tivemos contato com executivos que tomam as decisões dentro da empresa. Para termos acesso a eles no mundo real demoraria muito mais tempo. A Still já planeja voltar para a próxima edição. Inclusive, já assinamos uma carta de intenção de espaço.”
Adriana Firmo
Gerente geral da Still (Fone: 11 4066.8157)
Participo muito de eventos como esse. E esse surpreendeu pelo nível de profissionais, da diretoria das companhias presentes. Para uma consultoria que não entrega uma solução em si, mas que estuda as necessidades do cliente e faz um projeto para ele, implantando a melhor solução, é bom estar em contato com esses tomadores de decisões que realmente conhecem as necessidades de suas empresas e como funcionam as suas cadeias. Os visitantes têm ouvidos abertos para inovações, os patrocinadores são diversos. Palestras boas, com conteúdo que traz também a parte prática.
As reuniões foram produtivas para se apresentar, interagir com o mercado, sem parecer apenas que está vendendo um produto, mas explicando sobre ele. Se conseguirem manter o nível dessa edição, o evento terá sucesso nas próximas também.”
Eduardo Vecchi
Diretor de soluções de negócios da UniSoma Computação (Fone: 19 3709.2900)
Esta foi a primeira vez que a GLP participou do Congresso Brasileiro de Supply Chain e Logística. Nossa intenção é estar sempre presente no setor de forma estratégica e conhecer cada vez mais as necessidades do mercado nacional. A conferência nos possibilitou interagir com a cadeia de Supply Chain, o que é fundamental, pois entender e atender as necessidades dos clientes é a nossa principal missão. Em um momento econômico como o que estamos vivendo, o planejamento estratégico e o entendimento da cadeia de logística nas empresas é fundamental para nosso negócio. O evento foi importante também para mostrar que estamos no caminho certo, as inovações que apresentamos durante a conferência foram muito bem recebidas. Há uma demanda crescente em empreendimentos de alto padrão e o foco da GLP é exatamente suprir essa necessidade.”
Clarisse Etcheverry
Diretora de Desenvolvimento e Novos Negócios da GLP no Brasil (Fone: 11 3500.3700)
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.