O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou na sexta-feira (3/5) que as obras de duplicação da rodovia dos Tamoios, mais importante ligação entre o Vale do Paraíba e o litoral paulista, serão iniciadas em janeiro.
A obra será tocada por meio de uma PPP (parceria público-privada), mas o governo diz que também tenta buscar recursos federais para pagar a duplicação, que custará R$ 4,3 bilhões.
Segundo o governo, serão duplicados inicialmente 20 km de rodovia, com recursos estaduais, entre São José dos Campos e Paraibuna. Esse trecho da obra deve terminar em dezembro de 2012.
O restante (cerca de 60 km) não tem prazo para ser iniciado porque ainda depende de licenças ambientais e de a PPP ser firmada.
Caso a parceria seja concluída, a obra ainda deve levar mais 48 meses para ficar pronta, prazo que ultrapassa o período de mandato de Alckmin. A obra foi uma das promessas eleitorais do governador em 2010 e, segundo ele, é a mais importante do Estado após o Rodoanel.
Alckmin disse que 70% dos recursos para a duplicação da rodovia sairão dos cofres do Estado – o restante, da iniciativa privada. Segundo o governo, como a estrada concentra o tráfego no fim de semana, ela não é tão atraente para as empresas.
O governo, porém, diz que não descarta deixar a parceria de lado caso a União resolva liberar recursos para a obra. "Interessa a eles, já que na ponta da rodovia está o porto de São Sebastião", disse o secretário de Transporte e Logística, Saulo de Castro.
De acordo com ele, com dinheiro federal, o prazo para a conclusão da rodovia cairia para 36 meses.
A rodovia será pedagiada, mas o local das praças e o valor cobrado não foram definidos. Segundo Castro, como a maioria dos recursos sairá dos cofres públicos, o valor do pedágio não deve ser alto.
Ainda segundo ele, o prazo estipulado para a duplicação do primeiro trecho não deve causar transtornos aos motoristas, apesar de o cronograma prever o início das obras para janeiro, auge da temporada de verão. Nesse período, o tempo de viagem na estrada, de cerca de uma hora, pode passar de quatro.
Fonte: Folha de S.Paulo
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