FM Logistic amplia operação no Brasil

A unidade brasileira da FM Logistic, grupo francês de logística integrada que fatura € 1 bilhão por ano, vai ter lucro em 2015, dois anos após entrar no mercado brasileiro por meio da compra da americana McLane. Para o ano que vem, a companhia projeta faturar 16% mais, apoiada na abertura de nova unidade operacional, no Recife, e no lançamento de mais uma área de negócios, a de transportes.

O faturamento da unidade brasileira da FM Logistic cresceu 10% este ano ante 2013 em termos nominais e atingiu € 52 milhões, ou uma fatia de 5% do faturamento global da companhia. O plano do presidente mundial da companhia é triplicar essa participação do país em cinco anos e fazer com que o mercado brasileiro responda por 15% da receita consolidada da holding até 2020.

A FM Logistic emprega 18 mil pessoas em unidades de 12 países, sendo quatro fora da Europa Ocidental: Rússia, Ucrânia, China e Brasil. A meta do grupo é gerar 60% da receita fora da França até 2022, invertendo a ordem de participação que existe hoje. "O Brasil superou a China e é hoje o maior mercado fora da Europa".

No Brasil, a companhia soma 30 clientes, atendidos pelas unidades operacionais de São Paulo (duas), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que somam 200 mil metros quadrados e empregam 1,2 mil funcionários.

A companhia francesa está disposta a acelerar a expansão no mercado brasileiro por meio de aquisições, mas a expansão orgânica ainda é a prioridade agora. "Chegamos a analisar algumas empresas, mas não avançamos em nenhum caso", disse o presidente mundial da FM Logistic, Jean-Christophe Machet, sem citar as empresas que cogitou comprar. Ele apontou que o avanço orgânico passa pela abertura de novas unidades no Brasil. "Ano que vem vamos abrir uma unidade em Recife (PE). É uma região que tem carência por serviços de logística integrada".

O presidente da FM Logistic disse que a empresa é hoje uma das dez maiores do setor no Brasil. O plano é ser uma das cinco maiores até 2020. "Nesse negócio ter presença nacional é importante", afirmou.

Outro vetor de crescimento da companhia no Brasil virá do maior leque de serviços oferecidos. Além de vender operações de armazenagem, co-packing (manuseio e embalagem) e gestão de cadeia de suprimentos (logística integrada), a FM Logistic vai entrar no segmento de transporte. No mundo, essa área responde por 33% do faturamento.

Machet disse que a companhia não terá frota própria e que vai atuar por meio de parceiros locais.

(Fonte: Agência IN)