Empresa movimentou, juntamente com a subsidiária Aliança, cerca de 3,4 milhões de contêineres, um aumento de 2% em relação ao período anterior
Embora o crescimento econômico global tenha se mantido no mesmo nível do ano anterior, com 3,4%, a Hamburg Süd finalizou o período com os embarques de contêineres apresentando um aumento considerável, em torno de 5,4% (3,6% em 2013). No entanto, a capacidade de slots disponíveis nos navios também teve incremento, superando o volume transportado de contêineres. Consequentemente, não foi possível reduzir a capacidade excedente e o frete registrou queda na maioria dos mercados. Um efeito positivo foi o preço do combustível, que caiu consideravelmente em relação ao quarto trimestre de 2014.
O fraco desempenho econômico do Brasil, Argentina e Venezuela contribuíram para a queda, e em alguns casos, foi negativo o crescimento nas rotas Norte-Sul. Com isso, a Hamburg Süd e sua subsidiária brasileira Aliança conseguiram aumentar o volume de transporte em 2%, totalizando 3,4 milhões de contêineres. Com os fretes em queda e o enfraquecimento do dólar, os negócios caíram cerca de 1%, registrando um faturamento de 5,2 bilhões de euros.
Não menos importante, impulsionado pelo dinamismo econômico em declínio na China, o transporte de granéis mais uma vez enfrentou difíceis condições de mercado em 2014 e foi incapaz de sair do vermelho.
O número de profissionais do Grupo Hamburg Süd aumentou 4% em comparação com o ano anterior, encerrando em 5.360 colaboradores (incluindo a tripulação de 1.383 e excluindo estagiários).
As despesas com capital situou-se em 348 milhões de euros, em torno de 23% menos do que 2013, e foram integralmente financiadas pelo fluxo de caixa. Este compreende, principalmente, depósitos e pagamentos por dez navios com capacidades que variam entre 4.800 e 9.600 contêineres.
Ao contrário do fraco desenvolvimento econômico verificado na maioria dos países da América do Sul, acompanhado, em alguns casos, por volumes mais baixos, a Hamburg Süd apresentou um aumento de 2,3% na movimentação de cargas, encerrando com 3.375.000 contêineres. Os fretes sofrerem alta pressão em razão da capacidade adicional verificada nos mercados da Ásia. O comércio Norte-Sul, sobretudo, impactou severamente nas rotas da América do Sul, causando um acréscimo na capacidade de tonelagem, que não pôde ser compensado pelas baixas taxas de crescimento no transporte.
Apesar do aumento do transporte, os custos com combustível foram reduzidos em torno de 11%. Essa queda também foi motivada pela entrada em operação de navios que fazem uso de moderna tecnologia, o que otimiza e dá eficiência aos fluxos operacionais.
No geral, a Hamburg Süd alcançou um resultado positivo nos serviços marítimos mesmo com as adversidades verificadas no mercado.
Perspectivas para 2015
No final de março deste ano, a Hamburg Süd assumiu os serviços regulares da Companhia Chilena de Navegação Interoceânica (CCNI) entre a Costa Oeste da América do Sul, Ásia, América do Norte e Europa. Isso representa um aumento no volume de transporte da empresa em 10% ou cerca de 300.000 contêineres. Em determinadas rotas, a Hamburg Süd é líder no mercado e em outras está em desenvolvimento, já que não operava anteriormente. A integração total entre as empresas será realizada no primeiro semestre de 2015.
A fim de expandir sua atuação e oferecer vantagens logísticas, a Hamburg Süd passou a operar nas rotas Leste-Oeste no início do ano, em parceria com a United Arab Shipping Corp (UASC), com sede em Dubai, o que permite que a empresa forneça capacidade de transporte a preços competitivos. Em troca, a UASC opera nas rotas da América do Sul através de serviços da Hamburg Süd.
Com a colaboração da UASC, a Hamburg Süd é capaz de reduzir a sua dependência da América do Sul e oferecer aos clientes uma extensa rede de atuação. Isso também permite à empresa projetar um novo crescimento e reduzir custos operacionais tanto em terra como no mar.
Em razão da evolução favorável dos preços dos combustíveis e as taxas de câmbio, o Grupo Hamburg Süd acredita que os resultados operacionais esperados para 2015 serão maiores do que os registrados no ano passado, no entanto, isso será possível a partir da integração das atividades da CCNI.
(Foto: Divulgação/Hamburg Süd)
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