Um projeto-piloto realizado pela DHL (Fone: 19 3206.2200) no município de Bergen op Zoom, na Holanda, colocou em teste um aplicativo que usa realidade aumentada para otimizar os processos dentro do armazém, por meio de óculos inteligentes. O objetivo era ter insights sobre benefícios e as limitações da tecnologia.
Feita em parceria com a Ricoh e a empresa especialista em soluções computacionais para dispositivos eletrônicos Ubimax, a tecnologia Vision Picking foi usada para implementar a retirada, eletronicamente assistida, de materiais nas operações de armazenagem.
Ao longo de três semanas, os funcionários do armazém foram equipados com displays acoplados à cabeça, como o Google Glass e o VuzixM100. Após fazer um login no sistema, por meio de um QR Code lido com os óculos inteligentes, o funcionário pode se dirigir ao carrinho-prateleira mais próximo, e com a leitura do código de barras colocado ali, também feita com os óculos, as informações de cada tarefa durante o processo de retirada de materiais, incluindo o corredor, a localização física do produto e a quantidade desejada, são mostradas graficamente. A localização do operador também é exibida, o ajudando a se direcionar para onde precisa com mais facilidade.
Ao se dirigir à prateleira devida, o operador lê o código de barras de cada caixa coletada e recebe a informação de onde ela deverá ser separada no carrinho-prateleira.
Ao todo, 10 funcionários usaram os equipamentos gerenciando a retirada de mais de 20.000 itens, cumprindo 9.000 pedidos dentro do prazo estipulado.
Os resultados indicaram que a realidade aumentada pode ampliar em 25% a eficiência operacional durante o processo de retirada de materiais armazenados, com as operações feitas de forma mais rápida e menor índice de erros.
No momento, a DHL e a Ricoh estão avaliando a viabilidade de implantação da solução que deve chegar ao Brasil em 12 meses.
Mercado e tendências
O setor de tecnologia brasileiro deve sofrer queda de 8,8% em vendas em 2015, segundo dados da Gartner e da DHL Market Intelligence. Apesar da queda acentuada, a previsão é que o ano de 2016 comece a apresentar uma nova guinada para o segmento, com crescimento de 0,8% nas vendas. Já em 2017, as vendas devem crescer 2,3% em relação ao ano anterior.
“Mesmo com os números em queda de 2015, é preciso salientar que o Brasil segue uma tendência global. A queda não ocorre apenas aqui”, afirma o vice-presidente sênior da DHL Américas para o setor de tecnologia, Scott Allison. “Já estamos nos preparando para quando o país e seus negócios voltarem a crescer”, continua.
Acreditando neste potencial, apenas no Brasil a companhia mantém no setor de tecnologia 32 filiais, 250 veículos e 3 gateways, em São Paulo e Campinas, SP, e Rio de Janeiro, RJ, atendendo1.500 cidades.
E pensando nos resultados futuros do setor, em termos globais, a DHL estuda tendências e está em fase de testes de outras tecnologias, como o My Ways, que usa redes sociais, e um aplicativo para smartphone para promover a entrega de pacotes aproveitando os próprios moradores da cidade que podem realizar aquelas que precisam ser feitas no caminho diário deles. A tecnologia já foi testada na Suécia e passará por testes nos Estados Unidos. A expectativa da DHL é que a inovação esteja disponível no mercado em até cinco anos.
Big Data, sensores de baixo custo, realidade aumentada, logística autônoma, veículo aéreo não tripulado e a Internet das Coisas estão entre as tendências logísticas apontadas por Allison para os próximos anos.
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