Apesar de dar competitividade aos produtos fabricados no Brasil, a alta do dólar não será um grande propulsor de exportações para a multinacional ABB, de tecnologias de energia e automação.
Uma melhora na infraestrutura seria uma das principais chaves para a empresa vender sua produção a outros países a partir do Brasil, de acordo com o presidente da companhia na América do Sul, Rafael Paniagua.
Hoje, de 10% a 20% -dependendo da mercadoria- são enviados ao exterior. Alguns produtos da ABB, no entanto, pesam até 350 toneladas e precisam ser escoados da fábrica em Guarulhos (SP).
“São cargas pesadas. Há poucos meios para transportá-las. Dependemos muito das condições logísticas.”
Enquanto o país não tem uma infraestrutura adequada, a empresa desenvolve, por exemplo, subestações de energia em contêineres.
“Melhorias na infraestrutura e também nos sistemas tributário e trabalhista são fundamentais para aumentarmos nossa plataforma de exportações”, afirma o executivo.
“Os impostos são muito fragmentados e não favorecem as vendas para fora.”
Mesmo com a recessão brasileira e as dificuldades para embarcar sua produção, a ABB deverá manter o ritmo de investimentos no país.
Entre 2011 e 2015, foram injetados US$ 200 milhões -grande parcela na fábrica de Sorocaba. “Parte dos investimentos [de 2016] deverá ser destinada para a linha de geradores de usinas eólicas.”
A companhia projeta ter fechado 2015 com um faturamento de R$ 2 bilhões -o mesmo valor de 2014.
Fonte: Folha de S. Paulo
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