Apesar do cenário econômico que impactou diversos setores no país em 2015, a Ouro Verde encerrou o ano com uma receita operacional líquida de R$ 981,9 milhões, o que representa um crescimento de 19,2% quando comparado com o exercício anterior. A demanda por locação de veículos e máquinas/equipamentos pesados permaneceu elevada durante todo o ano, o que levou a Companhia a investir ao longo de 2015, R$ 442,5 milhões em frota. Com sede em Curitiba (PR) e atuação em todo o território nacional, a empresa especializada em gestão e terceirização de frotas concluiu o período com uma frota de 32.162 itens.
A receita operacional líquida é composta por R$ 796,2 milhões referentes à locação de máquinas e equipamentos pesados e terceirização de veículos leves e R$ 185,7 milhões provenientes da venda de ativos, refletindo um aumento de 16,7% e 31,5%, respectivamente, em relação a 2014. O balanço de 2015 também demonstra que o Ebitda ajustado somou R$ 474,1 milhões – valor 15,7% superior a 2014 –, com margem Ebitda de 59,5%. Outro dado significante é a receita futura contratada, que são as receitas já contratadas junto aos nossos clientes ao longo dos próximos anos, que atingiu R$ 2.026,8 milhões no encerramento de 2015, com prazo médio de contratos de 4,2 anos.
“A companhia atingiu resultados expressivos, mesmo com o momento de retração no Brasil. O incremento em locação de veículos pesados, por exemplo, é justificado pela adição de novos clientes à base e a penetração novos mercados. Além disso, houve uma forte demanda apresentada por clientes de veículos leves que migraram de frota própria para locação”, observa o diretor financeiro da Ouro Verde, Eduardo Takahara.
Segundo o diretor, um dos indicadores que comprovam a solidez da empresa foi a manutenção do Rating Corporativo A(BRA), emitido pela Fitch. A classificação decorre de fatores como a receita futura contratada, que atinge R$ 2.026,8 milhões em contratos que variam de dois a sete anos. “Nossa estratégia está focada em manter a solidez financeira, visando investimentos cada vez mais seletivos e a redução dos níveis de alavancagem”, afirma. O endividamento líquido passou de R$ 1.505,9 milhões em 2014 para R$ 1.550,0 milhões em 2015, enquanto aalavancagem (endividamento líquido dividido pelo Ebitda Ajustado acumulado 12 meses) diminuiu de 3,67x para 3,27x no mesmo período.
A empresa também concluiu a quarta emissão de debêntures simples não conversíveis, através da instrução CVM 476, com uma oferta pública no montante total de R$200 milhões com prazo de três anos. Os recursos líquidos captados por meio da Oferta serão utilizados no curso normal dos negócios da Emissora, para refinanciamento de dívidas da Companhia e reforço de liquidez.