Reunindo 600 marcas de 25 países e um público qualificado de visitantes, a Intermodal contribuiu para que as companhias pudessem perceber que um ambiente de crise pode ser superado com mais investimentos e ousadia.
A 22ª edição da Intermodal South America, que aconteceu entre os dias 5 e 7 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, SP, teve como premissas discutir as principais necessidades e contribuir com o aumento no volume de negócios dos setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. E isso é fundamental, principalmente com o conturbado cenário político e econômico que o país vive. Mesmo com essa realidade, a feira registrou, em todos os dias, corredores cheios e muitos visitantes estrangeiros. Para driblar a crise e ampliar os negócios, as empresas do setor estão apostando em novos segmentos de atuação, como revelaram algumas entrevistadas nesta cobertura especial.
Porto de Antuérpia investe no Brasil
O Brasil é um dos maiores parceiros comerciais do Porto de Antuérpia (Fone: +32 (0) 3 205 2011), da Bélgica, que, mantendo a tradição, participou da Intermodal mais uma vez. Os contêineres representam a maior parte do volume de tráfego total de 6,1 milhões de toneladas movimentadas entre eles em 2015. Os principais produtos de importação são agrícolas, metais e peças do setor de transportes. A carga que sai de Antuérpia é essencialmente composta por verduras congeladas, produtos farmacêuticos, químicos, peças automobilísticas e fertilizantes. Quatro em cada cinco viagens de contêineres entre a Europa e o Brasil fazem escala no Porto de Antuérpia, incluindo um serviço de primeiro porto de escala a partir da Bahia. Além disso, vários serviços de carga fracionada transitam mensalmente entre o porto e diversos portos brasileiros. Expandindo sua representação no Brasil, contratou Ricardo Sproesser para administrar e desenvolver os contatos comerciais. O profissional possui mais de 20 anos de experiência no setor marítimo e de logística. “Em termos de parcela do tráfego marítimo anual com destino a Antuérpia, o Brasil ocupa o sexto lugar”, afirmou Luc Arnouts, diretor comercial da Autoridade Portuária de Antuérpia. “Nessas regiões estratégicas, trabalhamos com representantes locais para desenvolver uma rede e gerar tráfego”, acrescentou. O APEC – Centro de Treinamento do Porto de Antuérpia também participou da Intermodal. O centro, que nos últimos anos forneceu treinamento para quase 500 profissionais brasileiros do setor marítimo, organizou um seminário sobre a função dos portos nas cadeias de abastecimento atuais e futuras.
Grupo Martins ingressa na área de agenciamento de cargas
O Grupo Martins (Fone: 11 3638.8200) aproveitou sua participação na Intermodal deste ano para apresentar o recém-montado departamento de agenciamento de carga. “Utilizamos a feira como teste para saber como o mercado iria receber a nova área. Foi muito positivo, representantes de várias empresas nos visitaram com proposta de negócios”, contou Lourival Martins, presidente do grupo. O setor de contratação de frete de carga era a parte do elo que faltava para a empresa fechar com estrutura própria todos os serviços na cadeia do comércio exterior. “Nós trabalhamos com um volume anual de carga bem significativo. Sempre passávamos para o mercado o agenciamento do frete de transporte dessas mercadorias. Agora, nossos clientes têm a opção de fazer esse serviço conosco”, explicou. Segundo Lourival, o departamento de agenciamento de carga já representa 25% do faturamento total da empresa. A feira também serviu de oportunidade para o anúncio da terceira etapa da renovação da sua frota de caminhões. Com cerca de 100 veículos, entre carretas conteinerizadas e caminhões de diversos tipos, incluindo refrigerado, o Grupo Martins atende a distribuição de mercadorias em todo o território nacional e América Latina.
LATAM Cargo é a nova marca das empresas do grupo
Durante a Intermodal, o Grupo LATAM Airlines anunciou a nova marca de suas filiais de carga. LATAM Cargo passou a ser usada por TAM Cargo (Fone: 0300 1159999), LAN Cargo, LAN Cargo Colômbia e Mas Air, formando, assim, o maior grupo de empresas aéreas de cargas da América Latina, reunindo 140 destinos em 29 países. “Além de representar o melhor de cada uma das marcas, esta mudança envolverá, também, uma evolução interna relacionada com como fazemos as coisas, enfrentamos os problemas e desenvolvemos soluções”, explicou Cristián Ureta, vice-presidente de negócios de carga do grupo. As primeiras mudanças de imagem começarão durante o primeiro semestre de 2016 e serão implementadas ao longo dos próximos três anos. O modelo de negócios se baseia na otimização da capacidade de cargas dos aviões de passageiros e em uma frota de cargueiros dedicados. Isso permite rentabilizar rotas, adequar a operação aos ciclos econômicos e oferecer um serviço de acordo com as condições e necessidades do mercado. O mercado brasileiro atualmente é atendido com três aeronaves cargueiras e em 162 aeronaves de passageiros, respondendo por 51,6% de participação no mercado doméstico.
GLP expande atuação no Rio de Janeiro
A GLP – Global Logistics Properties (Fone: 11 3500.3700) mostrou na feira seu portfólio no Brasil, que conta com 3,6 milhões de metros quadrados de área total, 2,6 milhões de metros quadrados concluídos e 1 milhão de metros quadrados de projetos em desenvolvimento. A empresa está presente em 36 cidades de 11 estados brasileiros, sendo 91% dos empreendimentos localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mauro Dias, presidente da GLP Brasil, contou que 2015 foi bom, com quase 95% dos empreendimentos da companhia locados. “Mas houve enfraquecimento no final do ano. As empresas estão evitando tomar decisões, o que vem refletindo no nosso mercado de atuação, pois construímos de acordo com a demanda”. Ele destacou que o Brasil, no entanto, tem um grande potencial para centros logísticos classe A. “Uma tendência que vem aumentando é a migração das companhias para galpões com melhor qualidade, o que mantém o mercado aquecido”, disse. Dias revelou que a GLP está construindo aquele que será o segundo maior parque logístico da empresa no país, atrás apenas do de Guarulhos. Localizado em Duque de Caxias, RJ, o novo parque logístico (foto) tem altíssimo padrão de qualidade e infraestrutura completa. Foi projetado de forma modular, possibilitando a instalação de empresas e indústrias de diversos segmentos. A previsão é iniciar a primeira fase da obra, com 67.000 m², no primeiro semestre de 2016. Outra novidade é a construção do GLP Irajá, também no Rio de Janeiro, cujas obras iniciaram em abril. O empreendimento conta com área bruta locável total de 109.703 m² e área construída de 29.000 m².
Tokio Marine oferece soluções em seguros
A Tokio Marine Seguradora (Fone: 0800 3286546) apresentou soluções completas para atender às demandas de embarcadores nacionais de importação e exportação, de todos os portes, companhias de navegação, despachantes aduaneiros e transportadoras, entre outros públicos participantes. Na área de transportes, a seguradora disponibiliza um produto diferenciado com coberturas adequadas para os mais diversos tipos de operações, com ampla rede global de atendimento e suporte em caso de sinistro. Também disponibiliza produtos para outros setores que integram a cadeia de negócios de logística, como operador portuário, riscos ambientais, garantia, E&O e empresarial, entre outros. “Oferecemos consultoria em gestão e prevenção de perda, assistência em caso de acidente e agilidade no processo de emissão e regulação de sinistros”, afirmou Felipe Smith, diretor executivo de produtos pessoa jurídica.
Aplicativo JSL: segurança e inovação para pagamento de frete
Mostrando seus investimentos em tecnologia, a JSL (Fone: 0800 0195755) apresentou em seu estande o Aplicativo JSL e o JSL Cartão, “que garantem, tanto ao contratante quanto ao contratado, o compromisso da entrega realizada dentro do tempo necessário e o pagamento do frete de maneira segura e rápida”, conforme explicou Diorwilton Heusser, gerente de meios de pagamentos. O aplicativo traz uma série de recursos que auxiliam os motoristas e ainda permitem aos seus usuários consultar a localização da rede de lojas Movida Rent a Car, filiais da JSL e postos conveniados, onde os motoristas têm desconto no preço do combustível utilizando o JSL Cartão, além de obter informações de saldo e extrato. Na opção do roteirizador, se o usuário for um motorista a serviço da empresa, é possível acessar, por meio do código de operação da viagem, a rota a ser realizada contando com todas as informações dos postos credenciados, filiais e o endereço do destino com informações e contato do cliente. Caso não haja um código da viagem, basta informar a origem e o destino que o aplicativo planejará a rota. “Com o novo sistema na contratação e efetivação do trabalho, é possível reduzir o período médio de uma entrega, desde a contratação até o fim do ciclo. Além disso, permite monitorar a localização da carga e o cumprimento de metas com a comprovação da data e da hora em que a carga foi entregue”, explicou Heusser. Desde o lançamento, o aplicativo já foi baixado 30.000 vezes.
Protege aposta no transporte de medicamentos
Com o objetivo de quebrar paradigmas, a Protege (Fone: 11 3156.0800) ressaltou na Intermodal sua atuação no transporte de medicamentos através do Carga Segura, serviço voltado para cargas de alto valor realizado em veículos com modelagem especial e blindados. José Raul Baptista, gerente corporativo de logística, explicou que como o dinheiro circula pouco hoje em dia, os criminosos começaram a mirar cargas valiosas, como os fármacos. “Por isso, estamos focando no setor, oferecendo como diferenciais escolta armada de quatro pessoas dentro do próprio veículo e profissionais treinados, além de caminhão com cockpit e carroceria blindados, para proteger cargas e vidas”, contou, acrescentando que o seguro oferecido é de R$ 15 milhões. A Protege conta com veículos climatizados, monitorados full time, com tecnologia embarcada para controle da temperatura e emissão de alertas em caso de qualquer alteração que possa interferir na qualidade do produto. O serviço Carga Segura foi criado para atender ao setor de eletroeletrônicos e, em vista à nova realidade, a empresa resolveu migrar a expertise para outros segmentos, garantindo preços competitivos.
Gefco tem expansão geográfica de 50% em 2015
Especialista em logística industrial e automotiva, a Gefco (Fone: 11 2755.5500) divulgou na feira que, geograficamente, a expansão do grupo em 2015 atingiu 50%, passando de 85 para 130 escritórios próprios e somando mais de 11 mil colaboradores. Atingindo novos mercados foi possível ampliar as possibilidades de negócios, redesenhando e otimizando a cadeia logística como forma de redução de custos ao cliente. Como parte dessa expansão, a divisão de Freight Forwarder também está investindo no modal aéreo, que hoje representa 26% de suas operações contra 74% das marítimas. A logística aérea possui maior valor agregado dos produtos, sendo um caminho para oferecer mais soluções aos clientes e ampliar as fronteiras dos negócios. A perspectiva é de um crescimento expressivo nesse modal até o ano de 2020. “Estamos diversificando os setores de atuação, focando no mercado farmacêutico e em outros tipos de carga de alto valor agregado, realizando, inclusive, desembaraço aduaneiro”, salientou Sandra Turci, gerente comercial Brasil.
Columbia cresce com logística para eólicas no Nordeste
O Grupo Columbia (Fone: 11 3330.6700) tem apostado no segmento de energia eólica para crescer, oferecendo serviços e estruturas integradas, que vão do porto aos parques eólicos. Segundo o diretor comercial da Columbia Nordeste, Murillo Mello, este setor já representa 30% do faturamento desta unidade do Grupo. Ainda de acordo com ele, das cinco principais empresas deste segmento, quatro já são seus clientes em operações logísticas. A meta da Columbia Nordeste é dobrar sua receita com serviços ao setor eólico nos próximos três anos, o que elevaria em 35% o faturamento da unidade. Para isto, o Grupo conta com uma operadora portuária (CMLog), que atua na Bahia e em Sergipe, e armazém alfandegado (Porto Seco) em Simões Filho, na região metropolitana da capital baiana. Mello diz que a Columbia ajuda os clientes do setor eólico a enfrentar os principais gargalos logísticos da região: falta de espaço de armazenagem; competição de cargas no mesmo porto (como embarques de veículos em Salvador); e alto volume de caminhões (risco de avaria). Os volumes de movimentação portuário para o setor eólico em 2016 são de 1.600 pás e 1.500 nacelles (geradores) na cabotagem e mais 1.000 pás e 700 nacelles na importação.
Infraero anunciou programa de concessão de condomínios logísticos
Uma das notícias divulgadas pela Infraero (Fone: 0800 727.1234) na Intermodal foi o lançamento do programa de concessão de condomínios logísticos, que envolve 22 áreas, começando com Uberlândia, MG, Recife, PE, e Joinville, SC. De acordo com o diretor comercial e de logística de carga, André Luis Marques de Barros, os investimentos e pagamentos de aluguel à estatal ao longo de 25 anos de concessão dessas três áreas devem atingir R$ 500 milhões. Os vencedores podem sublocar as áreas para outras empresas. A ideia é diversificar as receitas em regiões onde o transporte aéreo não é tão forte e há necessidade de integração entre os modais aéreo, rodoviário, portuário e até ferroviário. Em Uberlândia, o espaço será de 100.000 m², com investimento e aluguel em torno de R$ 60 milhões. Em Recife, serão 30.000 m², por R$ 140 milhões, e, em Joinville, 70.000 m² por 300 milhões de reais. Na sequência serão licitados mais três áreas, em Vitória, ES, Goiânia, GO, e Navegantes, SC.
MRS foca em carga geral
É época de economizar, por isso a MRS Logística (Fone: 32 3239.3920) aproveitou a presença na Intermodal para mostrar ao mercado que o transporte ferroviário pode ser muito competitivo para diversas cargas, não apenas commodities. A empresa é conhecida pela atuação com minérios, que representaram 74,2% do volume transportado em 2015, e agora está mirando as cargas gerais, como produtos siderúrgicos, agrícolas, cimentos, soja, trigo e açúcar, que representaram 25,8% do movimentado no ano passado, contra 24,7% registrado em 2014. A MRS já transportou cílios postiços, vidros, bonecas, motocicletas inteiras, bebidas e sucata. “Fechamos contrato com 34 novos clientes no ano passado, de segmentos que ainda não tinham experimentado a ferrovia em suas cadeias”, revelou Larissa Santos, coordenadora de inteligência de mercado e planejamento de demanda. Segundo ela, as vantagens de utilizar o modal ferroviário são: sustentabilidade, baixíssimo índice de roubo e quantidade de carga transportada, pois um trem pode substituir aproximadamente 500 caminhões, dependendo do tamanho das cargas. A MRS registrou, pelo segundo ano consecutivo, um crescimento superior a 30% no transporte de contêineres. Em 2015, foram transportados 67,7 mil TEUs, volume 31,4% superior à produção anual de 2014. Com crescimento em todas as rotas e sem nenhum caso de roubo de cargas registrado, este foi o melhor resultado anual da ferrovia com as “caixas” desde 2010. E 2016 promete novos recordes: no primeiro trimestre do ano, a ferrovia já transportou 60% mais contêineres do que em relação ao mesmo período de 2015.
Viracopos se destaca no cenário de cargas importadas e exportadas
Nos últimos quatro anos, o Aeroporto Internacional de Viracopos (Fone: 19 3725.5346), localizado em Campinas, SP, aumentou 22,5% sua participação, em valor FOB (US$), da carga importada no Brasil, incluindo todos os modais.
Em 2012, no início da concessão, detinha 6,52% do total movimentado no mercado brasileiro em bilhões de dólares. Já em 2015, esse percentual subiu para 8%. Em 2013, começou a demonstrar crescimento de participação no mercado, com 6,69%. No ano seguinte, em 2014, esse volume passou para 7,44%. Se analisados os dados de importação apenas do modal aéreo, Viracopos vem se mantendo na liderança absoluta com 41% do total movimentado no Brasil em 2015. Na exportação, aumentou sua fatia do mercado de 30,29% (em 2014) para 31,78% (em 2015) do valor FOB movimentado pelo modal aéreo brasileiro. Além disso, também lidera na soma das exportações e importações pelo modal aéreo, fechando com 38,86% do total em bilhões de dólares que entraram ou saíram do país. Desde que assumiu a operação do aeroporto, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos vem investindo continuamente em infraestrutura e sistemas. No início de 2015, o Terminal de Cargas (Teca) recebeu um novo WMS, desenvolvido pela Viastore Systems totalmente customizado. Foram aplicados R$ 9 milhões e o contrato incluiu a implementação do WMS, do novo sistema de Controle Alfandegário e do Sistema de Billing (tarifação e faturamento), todos funcionando de forma totalmente integrada. “A solução proporciona mais segurança no armazenamento da carga, um ganho considerável na produtividade do processo logístico, melhoria no acompanhamento, por parte dos clientes, do processamento de suas cargas e um melhor atendimento à legislação vigente, pois ele terá um controle alfandegário mais eficiente”, explicou o diretor-presidente de Viracopos, Gustavo Müssnich. Em infraestrutura, a área de importação ganhou 1.200 m² para liberação de cargas, o setor de recebimento sofreu alterações no layout para garantir mais agilidade, e a área coberta para as operações de importação cresceu cerca de 8.000 m². O complexo frigorífico também foi ampliado e recebeu diversas melhorias, como controle mais eficiente para todas as temperaturas; entrada e saída independentes; controle de umidade; área segregada para produtos da linha saúde; equipe treinada e dedicada ao atendimento dessa linha; e aumento da área, de 13.000 m³ para quase 21.000 m³. Viracopos também investiu na renovação de seus equipamentos, com a aquisição de 30 novas empilhadeiras de 2,5 toneladas e empilhadeiras de alta capacidade, para cargas de até 20 toneladas. O aeroporto é o primeiro do Brasil a receber a certificação de Operador Econômico Autorizado (OEA), programa mundial do Comitê da Organização Mundial das Aduanas (OMA).
Mercosul Line anuncia seu novo navio, o Mercosul Itajaí
A Mercosul Line (Fone: 11 5103.0510), um dos maiores armadores de cabotagem no Brasil, anunciou a entrega do Mercosul Itajaí, um navio de 2,5 mil TEUs de última geração, veloz e ambientalmente amigável, construído no estaleiro Guangzhou Wenchong Shipyard Company, na China. Com o investimento de R$ 200 milhões, a Mercosul Line expande sua frota para quatro embarcações e cria uma nova rota, conhecida como Sling Two, que oferecerá paradas nos portos de Buenos Aires (Argentina), Rio Grande (RS), Navegantes (SC), Santos (SP), Suape (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). O Mercosul Itajaí será batizado em junho. O investimento e entrega do Mercosul Itajaí, um navio com 198 metros e 2,5 mil TEUs, vem após mais de dois anos de estudos para ampliar a frota da Mercosul Line no Brasil. “Investimos muito tempo, estudos e esforços para melhorar nossos serviços aos clientes brasileiros. Por isso, decidimos investir em um novo navio com bandeira do país, permitindo a criação de uma segunda rota e acrescentando cinco novos portos ao nosso repertório de serviços. Assim, oferecemos aos clientes a oportunidade de transportar mercadorias entre Santos e Suape pela metade do tempo. É interessante notar, também, que esse navio tem um motor mais eficiente, que gera mais potência com menos combustível”, disse Roberto Rodrigues, diretor superintendente da Mercosul Line, referindo-se à redução da viagem entre esses dois portos de oito para quatro dias. A Mercosul Line também anunciou o lançamento de um segundo serviço por meio de um Acordo de Compartilhamento de Embarcação em parceria com a empresa Log-In.
Log-In ressalta cabotagem como alternativa à crise
A Intermodal foi a oportunidade para a Log-In (Fone: 0800 7256446) destacar seus serviços na área de cabotagem e os benefícios que o modal oferece para diferentes segmentos, como o de alimentos e bebidas, no qual pode reduzir significativamente o custo do frete em longas distâncias, em relação ao valor cobrado no transporte rodoviário. Outro exemplo é o setor de eletroeletrônicos, principal alvo de roubos de carga nas estradas, que ganha maior segurança através do modal. Mesmo com o panorama de retração econômica, os volumes de cabotagem da companhia apresentaram crescimento de 4% em 2015 em relação a 2014, totalizando 149 mil TEUs. Para Márcio Arany, diretor comercial, em virtude do período delicado da economia, as empresas estão mais abertas a novas soluções. “Antes, nem pensavam em mexer nas suas operações, agora, passaram a ver na cabotagem uma alternativa para ganhar competitividade e alcançar novos mercados, como o Nordeste, por exemplo”, contou. A companhia oferece aos clientes a possibilidade de “testar” outras regiões de atuação sem investir em infraestrutura, contando com uma filial virtual operacionalizada pela Log-In.
BYD vai lançar transpaleteira com torre patolada e empilhadeira retrátil
Com um grande sucesso em vendas – a transpaleteira elétrica para 2 toneladas com bateria de lítio, que acaba de ser lançada – a BYD Brasil (Fone: 19 3514.2550) se prepara para efetuar mais dois lançamentos até o meio do ano. Tratam-se da transpaleteira com torre patolada para 1,4 toneladas e até 5,40 m e da empilhadera retrátil para 1,6 toneladas e elevação de 8,5 e 11,5 m. Quem conta as novidades é Henrique Antunes, gerente nacional de vendas – empilhadeira da empresa. Ele também lembra que a BYD vem obtendo sucesso com a venda de empilhadeiras contrabalançadas e que o lançamento da transpaleteira visa aumentar a participação da empresa no mercado, atendendo a um segmento com volume grande. “Estes equipamentos atendem a todos os segmentos, principalmente as empresas com grande demanda de disponibilidade, já que apresentam custo de hora trabalhada pequeno, por não haver necessidade de manutenção da bateria, que atua com recarga rápida, em até duas horas”, disse Antunes, salientando que também é possível a recarga parcial da bateria – que tem garantia de 5 anos. Por sua vez, Adalberto Maluf, diretor de marketing, afirmou que a chinesa BYD é o maior fabricante de veículos elétricos do mundo – leves e pesados – e que começaram como fabricante de baterias, diversificando, posteriormente, a linha de produtos. “Acreditando no Brasil, a empresa tem planos de investimento de 1 bilhão de reais no pais até 2018, começando pela fabrica instalada em Campinas, SP. Ali são montados chassis de ônibus, protótipos e pacotes de baterias para várias aplicações. No final de 2016, ali também deve ser instalada uma unidade de painel solar de até 200 megas. Trata-se da maior linha de produção de painel solar da América do Sul. Até 2018 a meta é instalar três plantas”, disse Maluf. Sobre o mercado brasileiro de empilhadeiras, o diretor de marketing salientou que apresenta grande tendência para as elétricas, e que oferecem empilhadeiras capazes de substituir as equipadas com baterias chumbo-ácidas e a combustão. “O primeiro mercado onde passamos a oferecer empilhadeiras fora da China foi o da Alemanha, e temos um marketing share muito bom. Em 2015, passamos a atuar nos Estados Unidos, e em 2016 já detínhamos 10% do mercado com as nossas elétricas. No Brasil não vai ser diferente”, concluiu.
Serviço aéreo da Panalpina que conecta China, Estados Unidos e Brasil completa um ano
Em março deste ano, o Brazil Wings, serviço de transporte aéreo de cargas da Panalpina Brasil (Fone: 11 2165.5500), que interliga Hong Kong, na China, Huntsville, nos Estados Unidos, e Campinas (SP), no Brasil, completou um ano, movimentando mais de 7.000 toneladas. “Além do transporte aéreo, a operação combina armazenagem, consolidação e desembaraço aduaneiro, ou seja, é completa”, afirmou Gustavo Paschoa, diretor de Vendas e Marketing.
O Brazil Wings é parte do acordo de longo prazo entre a empresa e a companhia aérea Atlas Air e reforça sua atuação nos processos de importação de volumes de alto valor agregado. Desde março do ano passado, as cargas mais recorrentes são equipamentos aeronáuticos, eletrônicos, autopeças e farmacêuticos. “O serviço vem se consolidando rapidamente e a demanda tende a aumentar. Um dos diferencias que oferecemos é contar com profissionais brasileiros em nosso hub de Huntsville no controle de qualidade e de processos do voo”, declarou o diretor de frete aéreo, René Genofre. Com dois voos semanais (às quartas e sábados em Campinas) em aeronaves cargueiras Boeing 747-400, com capacidade para cerca de 110 toneladas, o serviço apresenta um transit time de até 48 horas de Hong Kong até o aeroporto de Viracopos, com escala em Huntsville, no Alabama. “O fato de oferecermos capacidade cargueira programada para o Brasil a partir de um aeroporto com menor fluxo e prioritariamente cargueiro é um diferencial importante para os nossos clientes”, acrescentou Genofre. Para complementar a operação, a Panalpina oferece serviços diários de transporte rodoviário conectando mais de dez grandes cidades dos Estados Unidos a Huntsville. A empresa também gerencia o desembaraço aduaneiro de importação e a entrega no destino final no Brasil. Um dos clientes da operadora logística é a John Deere, montadora de máquinas agrícolas, que utiliza as duas frequências do Brazil Wings desde que o serviço foi criado. Evandro Maders, supervisor de logística internacional, contou que as peças saem do Centro de Distribuição da empresa localizado em Milan, no estado de Illinois, Estados Unidos, e chegam ao Brasil através do aeroporto de Viracopos.