Quando se avalia os custos da cadeia de suprimentos farmacêuticos focando no risco de armazenagem, percebe-se a importância da escolha correta do condomínio logístico.
Para Christian Wagner, diretor da Almi Imóveis Corporativos (Fone: 0800 033.8010), este tipo de estrutura tem um grande diferencial competitivo frente aos galpões industriais, pois oferece praticidade, segurança, baixos custos de manutenção e controle da temperatura do ambiente. “A logística de fármacos é diferenciada, o produto tem alto valor agregado, é fracionado, demanda acondicionamento controlado e manipulação especial, além de ser regulado pela Anvisa, exigindo severo controle de qualidade”, expõe.
Como benefícios deste empreendimento, Marcio Vieira de Siqueira, diretor de desenvolvimento da Log Commercial Properties (Fone: 0800 400.0606), destaca a infraestrutura completa, sem necessidade de investimento inicial nem de imobilização de capital, o que ocorreria caso a escolha fosse por um imóvel próprio.
“O item segurança é muito importante para a operação farmacêutica, assim como a alta disponibilidade de energia elétrica para a climatização dos ambientes, pontos estes que são encontrados nos condomínios”, conta.
Para Ralph Bicudo Annicchino, gerente comercial e de engenharia da TRX (Fone: 11 4872.2600), a grande vantagem de o operador estar localizado dentro destes empreendimentos é a divisão dos custos. “Além das áreas comuns, como refeitório, cozinha, sala de reunião, ambulatório, portaria e administração, eles possibilitam economia significativa para os locatários com o rateio de tarifas, o que inclui segurança, limpeza, água, energia elétrica, telefonia e internet, além de redução de custos de segurança devido à contratação em escala”, explica.
Desafios
Segundo Annicchino, da TRX, atualmente existem pouquíssimos empreendimentos que oferecem plenas condições de atender às grandes demandas do setor farmacêutico e que possuem todas as especificações necessárias às empresas da área. “É preciso desenvolver galpões modernos, com a utilização de avançadas técnicas de projetos e habilidades construtivas, que contribuam para o aumento da eficiência do setor logístico e estejam de acordo com os requisitos da legislação de saúde e meio ambiente”, acrescenta.
Christian, da Almi, também toca no assunto. Para ele, o desafio do operador é encontrar um imóvel que siga as especificações de sua demanda técnica – principalmente tamanho e temperatura –, burocrática – normas da ANVISA e de qualidade –, mantendo os riscos e custos viáveis à operação.
“Em grande maioria, os armazéns individuais existentes necessitam de diversas modificações e altos investimentos para atuar na área farmacêutica. É difícil conhecer e controlar o que é praticado nas proximidades do imóvel e, por fim, a burocracia e as exigências dos órgãos reguladores, seguradoras e clientes, nem sempre padronizadas, tornando inviáveis as operações”, conta.
Siqueira, da Log, lembra que as empresas do setor farmacêutico estão cada vez mais exigentes no que diz respeito à área técnica e legal da empresa de logística. Além disso, a climatização e o controle de pragas também estão entre os desafios.
Tendências
Falando nas tendências, Christian, da Almi, acredita que os empreendimentos com melhor localização, infraestrutura e segurança se tornarão clusters de operações com alto valor agregado, como os fármacos. “Eles terão uma administração ainda mais focada na segurança interna e externa do condomínio, maior foco no controle de praga e vizinhança, além de módulos menores que possam se adequar a demandas de menor cubagem”, declara.
Na opinião de Annicchino, da TRX, a tendência é que os novos empreendimentos possuam estrutura de climatização com garantia de homogeneidade da temperatura nas posições de armazenamento, isolantes térmicos em todas as faces do galpão, caixa de acumulação de água de rescaldo em caso de sinistro por incêndio, dock shelters, etc.
Serviços
A Almi possui uma vasta carteira de clientes que operam no setor farmacêutico, destacando em especial os empreendimentos nas regiões de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia. Com know how adquirido em 32 anos no mercado, está desenvolvendo um empreendimento na Grande Belo Horizonte, focado neste segmento. “Ancorado pelo Centro de Distribuição de uma das maiores redes de farmácia do Brasil, o MAGE Business Park está localizado a 14 km do centro de Belo Horizonte, dentro da cidade industrial de Contagem, com módulos a partir de 1.600 m² e área total disponível para locação de 19.000 m².
“Nossos condomínios logísticos possibilitam que o cliente tenha maior foco na operação. Normalmente, demandam poucas adaptações do imóvel e permitem maior controle e conhecimento do que acontece ao seu entorno, viabilizando operações mais curtas e complexas”, complementa Christian.
Já a Log conta com condomínios industriais que priorizam a acessibilidade e geram uma série de benefícios, como praticidade no fluxo de recebimento e envio de mercadorias, agilidade operacional e redução de custos com o compartilhamento de serviços essenciais para este segmento, como a segurança patrimonial.
“Adequamos nossos galpões de acordo com a necessidade de cada cliente, com a instalação de niveladoras, climatização e controle mensal de pragas na área comum. A parte documental também é vista com muito critério, para atender as necessidades de acordo com a operação”, explica Siqueira.
A empresa oferece pé-direito mínimo de 12 metros, piso com capacidade de sobrecarga de até 7 ton/m² e infraestrutura completa, como prédio de apoio, restaurante, vestiários, portaria 24 horas e vigilância com circuito fechado de TV.
Por fim, a TRX possui um parque logístico em Cabreúva, no interior de São Paulo, com um galpão edificado especificamente para o armazenamento de medicamentos, sendo um dos mais modernos do país (certificação Leed), podendo armazenar produtos em temperatura controlada, variando entre 21° C e 23° C. Além da primeira fase, com 33.000 m², o parque tem espaço para mais 95.000 m² de novos galpões, que podem ser feitos sob medida para atender grandes empresas. “O terreno restante já está terraplenado, com projeto aprovado na prefeitura e meio ambiente. O parque inteiro conta com 293.796 m² de área total de terreno e 128.013 m² de área construída”, salienta Annicchino.