Alto custo logístico exige planejamento e parceria embarcador, OL, transportadora e destinatário

A indústria farmacêutica vem crescendo significativamente no país. Segundo o Sindusfarma – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, o faturamento com remédios avançou 10,6% nos quatro primeiros meses deste ano. Da mesma forma, a produção de unidades também aumentou de janeiro a abril, com crescimento de 7,2% no período. Consequentemente, o transporte de cargas também deve apresentar um aumento significativo da demanda.

O mercado é promissor, mas a logística farmacêutica é bem peculiar em relação aos custos. De forma sucinta, é possível separá-la em logística de cadeia fria, que é destinada ao transporte de medicamentos com temperatura controlada, e logística de medicamentos com temperatura ambiente.

Luis Fernando França, national key account manager – Healthcare da TNT Mercúrio (Fone: 11 2504.2278), explica que a primeira exige que o transporte seja feito em veículos isotérmicos e com temperatura controlada, com monitoramento constante, para não comprometer a estabilidade do medicamento. Já a segunda, apesar de não exigir tais veículos, necessita, ao menos, dos semi-isotérmicos, para evitar que os produtos fiquem expostos a variações de temperaturas.

“A logística farmacêutica também demanda alto nível de conhecimento da equipe que coordena toda a operação. Isso porque, as entregas, que em sua maioria são realizadas para grandes distribuidores farmacêuticos, devem seguir os procedimentos específicos de recebimento de cada destinatário”, acrescenta.

Segundo levantamento feito pela Fundação Dom Cabral no ano passado, os custos logísticos no segmento farmacêutico e de cosméticos apresentaram alta de 56%, devido a fatores burocráticos, restrições na distribuição em regiões metropolitanas, aumento do preço do combustível, custo de mão de obra especializada, horas extras e tempo de espera para entregar a carga, entre outros. Com isso, é preciso trabalhar com forte estratégia operacional para otimizar a frota, conseguir negociações melhores com parceiros sem perder a qualidade e a eficácia, conta Kelly Bueno, gerente comercial da Expresso Arghi (Fone: 11 5583.1834).

“Também temos trabalhado com um fator importante: a comunicação, estabelecendo um tripé embarcador, transportador e destinatário, para conseguimos eliminar possíveis reentregas, falta de agendamento ou entregas em locais divergentes, evitando gastos de ineficiência”, diz.

O valor do investimento para atuar no segmento é alto, mas inevitável. “A maior parte está voltada para o pagamento das taxas de habilitações e alvarás, além da adequação da estrutura física com salas refrigeradas e veículos isotérmicos, contratação de responsável técnico, bem como mudanças nos atuais processos operacionais, para que o tratamento deste tipo de carga siga as exigências dos embarcadores”, expõe Antônio Carlos Lentz, gerente comercial corporativo, e Bruna Grillo Lovato, supervisora de marketing da Transportes Translovato (Fone: 54 3026.2777).

Valdomiro Fellippe, gerente operacional da unidade de São Paulo da Via Pajuçara (Fone: 11 3585.6900), cita outros itens que elevam o custo logístico do setor: veículo rastreado, controle de limitador de embarque, amassamento da embalagem, picking da carga, armazenamento face à necessidade de agendamento e gastos com gerenciamento.

De acordo com Gustavo Piedade, gerente da operação Fleury da JSL (Fone: 11 2377.7000), um Operador Logístico sem conhecimento detalhado da área dificilmente conseguirá realizar o transporte de produtos dentro dos padrões exigidos. “Além da documentação, o contrato de serviço (SLA) e a troca de informações são muito mais rigorosos e primordiais para o atendimento ao cliente. Em algumas operações específicas, o SLA é de 1 dia de coleta + 1 dia para entrega, não importando a região que está atendendo, pois o material é biológico e tem um período muito curto de estabilidade”, expõe.

De fato, o custo logístico tem sido, cada vez mais, motivo de discussões, tanto dos embarcadores quanto dos Operadores Logísticos, conta Cássia Fernandes, gerente de vendas para o segmento de Healthcare & Chemicals da Panalpina Brasil (Fone: 11 2165.5500). “Existe uma grande necessidade do controle dessa cadeia, bem como da manutenção da temperatura das cargas. Contudo, é uma tendência a redução dos custos em logística, seja pela utilização de embalagens passivas em detrimento das ativas (muito mais custosas), ou no uso, cada vez maior, do modal marítimo”, expõe.

Flávio Dantas Fassini, head de Estratégia & Novos Negócios da 2 Alianças (Fone: 21 2139.9325), estima que os custos logísticos de armazenagem e distribuição direta dos fabricantes da indústria farmacêutica não ultrapassem 10% da receita líquida do setor. Em tempos de recessão econômica e maior dificuldade para prever as vendas, ele acredita que as empresas procuram meios de transformar custos fixos em variáveis, adaptando-se com mais flexibilidade e rapidez às variações de demanda por seus produtos no mercado.

Preocupadas com custos fixos altos e vendas abaixo do esperado, provavelmente as companhias se perguntam se vale a pena imobilizar recursos em um armazém próprio ou utilizar espaços de alto valor na fábrica para estocar produtos ou matérias-primas, além dos gastos com pessoal para administrá-lo. Ou seria mais econômico, eficiente e flexível usar apenas o espaço necessário, recebendo um serviço especializado sob medida e compartilhando recursos com outras empresas do mesmo segmento em um armazém geral? “Isso, sem contar com a garantia da guarda dos estoques, que passam a ser de responsabilidade do armazém geral, que é o fiel depositário dos produtos dos clientes”, ressalta.

O diretor de marketing & vendas da DHL Global Forwarding (Fone: 11 5042.5500), Eduardo Rodrigues, observa que os principais fabricantes e seus parceiros logísticos estão caminhando para um modelo de TCO – Total Cost of Ownership (custo total de propriedade), ao invés de simplesmente gerenciar custos com base no preço de compra.

TCO é uma compilação de custos diretos e indiretos associados a compra, transação ou atividade. “No caso da cadeia de fornecimento de produtos farmacêuticos com controle de temperatura, o TCO envolve uma definição bem mais ampla, que inclui a segurança do paciente, passando pelas perdas de produtos e fatia de mercado e chegando até o risco da marca“, explica.

Para Marcos de Mattos Serrano, gerente de projetos da GAT Logística (Fone: 11 2413.7700), o segmento farmacêutico sabe bem como comprar de forma enxuta, mas é necessário ponderar o que se exige do Operador Logístico. “Processos como gestão de validade/lote e atividades de padronização de carga, sem citar os projetos futuros de rastreabilidade de carga e logística reversa de descarte, agregam valor à operação, mas também custos, que se não forem devidamente remunerados, colocam em risco a continuidade do negócio e tiram do operador os melhores recursos, que garantem SLAs”, observa.

2 Alianças garante a disponibilidade de medicamentos a cerca de 500 farmácias no interior do Brasil

Há 60 anos no mercado de gestão profissional de armazenagem e transporte, o grupo 2 Alianças (Fone: 21 2139.9325) pos- sui cerca de 40% do negócio concentrado na indústria farmacêutica.

Um de seus clientes é a Farmácia Popular do Brasil, que exige uma operação logística complexa, envolvendo recebimento, armazenagem, fracionamento, embalagem, expedição e transporte. “Atendemos cerca de 500 farmácias localizadas no interior do Brasil, recebendo diariamente dezenas de itens, com embalagens distintas. O objetivo é garantir a disponibilidade de medicamentos em municípios mais distantes, onde a presença de grandes redes é pouco frequente”, explica Flávio Dantas Fassini, head de Estratégia & Novos Negócios.

A 2 Alianças também tem como clientes empresas globais e locais, com destaque para B.Braun e Biomerrieux. Um dos diferenciais da companhia é a personalização dos serviços. “Nossos clientes podem acompanhar remotamente o desempenho de suas operações de armazenagem e transporte, em tempo real via web, acessando seus próprios painéis de controle com indicadores definidos por eles mesmos”, expõe.

Além disso, a empresa está avançando na cadeia de suprimentos e, juntamente com seus parceiros, agregou mais valor através da oferta de gestão de transportes integrada à gestão de armazenagem. O intuito, segundo Dantas, é assegurar a retaguarda dos clientes para que vendam mais. Isso também permite que os clientes dos seus clientes recebam as mercadorias conforme o nível de serviço acordado, sem surpresas.

Nos últimos 10 anos, a 2 Alianças investiu mais de R$ 20 milhões na expansão de suas câmaras frias em novas filiais, oferecendo mais espaço de armazenagem com temperatura controlada, áreas de segregação para descarte, treinamento dos funcionários, atualizações e customizações de sistemas. Sua equipe possui seis farmacêuticos distribuídos em três filiais, alguns com mais de 20 anos de experiência no setor e outros com passagem por renomadas empresas farmacêuticas.

DHL Global Forwarding fornece controle ativo de todas as etapas do processo para garantir segurança

A atividade principal da DHL Global Forwarding (Fone: 11 5042.5500) é o fornecimento preciso e eficaz de informações no agenciamento de cargas. Para que as atividades funcionem da melhor maneira possível, investe fortemente nos funcionários e, também, em sistemas de informação de última geração. Para o setor farmacêutico, fornece agenciamento de cargas aérea, marítima e rodoviária e também serviços de valor agregado ao transporte, como: desembaraço aduaneiro e 3PL (Third Party Logistics).

Eduardo Rodrigues, diretor de Marketing & Vendas, conta que um grande fabricante de medicamento com temperatura controlada procurava no mercado um parceiro logístico capaz de fornecer uma solução E2E – end-to-end (ponta-a-ponta) de transporte multimodal para escoar sua produção para o exterior. “Buscava-se uma empresa de confiança, com experiência no setor farmacêutico e com presença global para manusear produtos de alto valor agregado e muito sensíveis a excursões de temperatura”, conta.

A DHL Global Forwarding foi selecionada para implementar e gerenciar essa solução logística, fornecendo visibilidade através de um controle ativo de todas as etapas do processo, visando garantir a segurança e a eficácia da operação. A parceria começou em 2011 e continua até hoje.

Seus maiores diferenciais no segmento farmacêutico são o Thermonet, que fornece conformidade regulatória, apoiada por uma rede global de estações certificadas em Boas Práticas de Distribuição, sistemas “cloud based“ de trilhagem de documentação, sensores de temperatura e monitoramento proativo 24/7/365, e o Centro de Competência, dedicado e especializado no setor, responsável por atender e operacionalizar as demandas.

DHL Supply Chain pretende duplicar os negócios no setor até 2020

A DHL Supply Chain (Fone: 19 3206.2200) foi responsável por movimentar milhões de doses de vacina da gripe para a rede privada em 2015, em uma operação que foi de abril a junho. Desde 2008, a empresa opera na campanha da gripe. O planejamento dos esforços deste ano tiveram início em agosto de 2015, quando o projeto para recebimento, armazenagem e distribuição das doses foi concebido, contando com cerca de 250 profissionais. O público-alvo são as clínicas que necessitam receber as vacinas em tempo recorde para atender às campanhas agendadas em todo o Brasil. O processo logístico é concentrado em um Centro de Distribuição localizado em Barueri, SP, com 26.000 m² de área de armazenagem e uma temperatura controlada de 15ºC a 25ºC, além de quatro câmaras frias (de 2ºC a 8ºC) para manter a qualidade do produto.

Entre 2013 e 2014, a empresa investiu R$ 14 milhões na modernização no gerenciamento dos armazéns. Para 2016, se prepara para atualizar o sistema e atender às novas exigências da Anvisa em termos de rastreabilidade. “A pretensão é duplicar os negócios nesse mercado até 2020, com uma projeção de crescimento anual de dois dígitos”, revela Marcos Cerqueira, diretor-sênior, responsável pelo setor de saúde.

Para atender ao segmento, a DHL Supply Chain dispõem de 72.000 m² de área de armazenamento dedicada, cinco Centros de Distribuição em regiões estratégicas, armazéns com temperatura controlada e atendimento customizado para indústrias, farmácias, grandes distribuidores, hospitais e entrega domiciliar. Com uma frota dedicada de 590 veículos, movimenta anualmente mais de 70 milhões de caixas de medicamentos e insumos. Dentre os serviços oferecidos, os destaques são: análise e redesenho de rede, gerenciamento de cadeia de suprimentos, armazenagem e gestão de pedidos, embalagem e montagem de kits, gerenciamento de transportes e auditoria de fretes, logística de peças e serviços e logística reversa.

GAT Logística inaugura CD em Guarulhos, SP, totalmente voltado ao segmento com mais de 18.000 posições-paletes

No setor farmacêutico, o melhor case da GAT Logística (Fone: 11 2413.7700) é com uma das maiores empresas de medicamentos no Brasil, para quem a companhia realiza, há aproximadamente dois anos, o processo de gestão de inventário e expedição de produtos acabados. “Nosso grande desafio foi convencê-la a mudar seu modelo de operação, que funcionava há décadas”, explica Marcos de Mattos Serrano, gerente de projetos.

Com a alteração, alcançou-se flexibilidade e qualificação de área operacional, solidez de processos, compromisso com SLAs agressivos e tecnologia de gestão homologada. “Ponto positivo foi a GAT estar em Guarulhos, que, além de próxima a São Paulo, ao Rodoanel e ao aeroporto, tem uma condição de trânsito melhor do que os grandes polos logísticos”, conta.

A companhia acaba de inaugurar mais um Centro de Distribuição em Guarulhos, totalmente voltado ao segmento farmacêutico. Além dos aportes prediais, sendo mais de 18.000 posições-palete em área com total controle de temperatura, armazenagem confinada para produtos com exigências específicas e monitoramento de segurança ostensivo (interno e externo), aportou investimentos em equipamentos de movimentação para otimização dos processos produtivos.

A GAT oferece soluções completas para armazenagem e transporte, incluindo recebimento, separação, expedição, gestão de processos de qualidade e regulatórios, transporte inbound e outbound SP e RJ, além de gestão de documentos, entre outros. “Os indicadores acumulados ao longo dos anos mostram resultados superiores a 99,98% de acuracidade de inventário, e outros ainda maiores na expedição”, destaca Serrano.

Grupo Fleury conta com logística especializada da JSL

Desde 2008, a JSL (Fone: 11 2377.7000) atende o Grupo Fleury com uma estrutura específica. São quatro operações dentro do cliente, diferenciadas uma da outra, envolvendo 120 colaboradores e 117 veículos. A mais crítica envolve as transferências de malotes, que contêm material biológico em caixas térmicas. A JSL é responsável por coletar as cargas nos laboratórios de toda a região de São Paulo e Rio de Janeiro e enviar à área técnica do cliente. Esta operação, que tem como gerente Gustavo Piedade, conta com um sistema de rastreamento online. O SLA é de minutos para a coleta de material.

“Também levamos enfermeiras ao domicílio do paciente para coleta de exames e coletamos material em laboratórios parceiros do Fleury fora da cidade de São Paulo. Além disso, realizamos o transporte de insumos do Centro de Distribuição do cliente, no Jabaquara, SP, até as unidades laboratoriais”, explica Gustavo.

A empresa conta com sistema de rastreabilidade das cargas de alta tecnologia, uma frota com idade média baixa e manutenção rigorosa. “São veículos leves, pequenos, de baixa capacidade volumétrica, para serem ágeis no trânsito e não serem impedidos pela lei de restrição de caminhões que ocorre, por exemplo, na cidade de São Paulo”, acrescenta.

Em março, a JSL recebeu pela terceira vez um reconhecimento especial do Grupo Fleury nos quesitos qualidade, sustentabilidade, criatividade, inovação, termos e condições do serviço oferecido. A cada trimestre, o grupo realiza avaliações sobre as inovações e melhorias de processos sugeridas pelos fornecedores. Só em 2015, essas sugestões geraram um impacto positivo de R$ 484 mil à empresa. “No ano passado, sugerimos 30 mudanças, das quais 21 foram implementadas. Por exemplo, a otimização de rotas que geram melhor aproveitamento dos veículos, havendo consequentemente redução de custo para o cliente”, acrescenta Gustavo.

Segundo ele, o maior desafio é realizar a entrega dentro do tempo de estabilidade desse material. Por isso, a importância da otimização de rotas, que é avaliada pelo sistema de rastreamento, sendo possível acompanhar os horários de chegada e saída de cada ponto de coleta. A equipe administrativa avalia se uma rota está atrasada ou adiantada e se é necessário encaixar outro veículo no atendimento. Por ser um serviço que depende de variáveis como trânsito, horário de espera no ponto de coleta, distância para o próximo ponto, entre outras peculiaridades, todo o processo é realizado manualmente pelo setor administrativo da operação e está em constante mudança de acordo com a necessidade do cliente.

PacíficoLog investe 1,3 milhões na área farmacêutica

Para atuar no setor farmacêutico, a PacíficoLog (Fone: 11 2303.4022) investiu 1,3 milhões, incluindo abertura de novas filiais, infraestrutura, adaptações prediais, equipamentos que são necessários ao transporte de fármacos e licenças Anvisa, treinamento em pessoal e implementação de novos processos.

A empresa apostou no setor, pois já possuía ampla estrutura de filiais próprias dando cobertura a toda a região Norte com expertise único nesta região. “Depois de realizadas modificações, adaptações prediais e operacionais, conseguimos fechar com dois grandes e importantes embarcadores do segmento. Passamos em todas as vistorias e processos de homologação, o que mostra que fizemos nossa lição de casa”, conta Tarso Lumare, gerente nacional de vendas. Segundo ele, a empresa foi escolhida por dois motivos básicos: estrutura própria com qualidade operacional e foco exclusivo na região Norte.

O forte da PacíficoLog é a carga fracionada, tendo grande experiência nas entregas em diversas faixas de peso, seja 1 volume ou 5.000. “Nossas operações e malha de distribuição estão muito bem equipadas, tanto do ponto de vista tecnológico quanto estrutural e de frota”, acrescenta. A companhia também atua na lotação para todo o Brasil.

Megaoperação da Panalpina transporta medicamentos da Alemanha ao Brasil, envolvendo 35 envirotainers

O case de destaque da Panalpina (Fone: 11 2165.5500) é considerado o maior carregamento para a área farmacêutica já realizado pela empresa, feito sem escalas, com destino à América Latina. Quem conta é Cássia Fernandes, gerente de vendas para o segmento de Healthcare & Chemicals no Brasil.

“Recentemente, concluímos o transporte aéreo de medicamentos, com origem no aeroporto internacional de Frankfurt, na Alemanha, e destino final em Brasília, no Brasil. No total, foram embarcados 35 envirotainers (contêineres climatizados) com mecanismos de controle de temperatura, contendo 187 paletes com uma grande quantidade de medicamentos anticoagulantes indicados para o tratamento da hemofilia, encomendados pelo Ministério da Saúde no Brasil”, expõe.

Toda a operação foi coordenada na origem pela Panalpina, que processou o embarque dos paletes nos contêineres aeronáuticos e, posteriormente, na aeronave. No Brasil, supervisionou a chegada ao aeroporto internacional de Brasília –­ a companhia aérea também encarregou-se do desembarque.

As equipes da Panalpina na Suíça, Luxemburgo, França, Alemanha e Brasil trabalharam em conjunto para realizar a operação. A empresa contou também com o suporte dos parceiros Lufthansa e Envirotainer (fabricante de contêineres aeronáuticos).

“Por força das exigências das autoridades brasileiras, a Anvisa especificou que o transporte acontecesse em ambiente com temperatura controlada entre +2ºC e +8ºC. Para cumprir com todas as especificações, optamos por desenvolver a operação no Centro de Cargas Refrigeradas da Lufthansa, assim poderíamos lidar com a combinação de fatores: carga de grandes proporções e rígido controle de temperatura”, explica Cássia.

Em seu portfólio de clientes há uma das maiores indústrias de medicamentos do mundo, para quem a Panalpina realiza mais de 50% do transporte internacional de cargas, contando com uma metodologia de control tower, bem como a ferramenta dashboard. A estrutura de control tower permite a administração eficaz das operações, incluindo redução de custos, planejamento dos materiais prévios aos embarques, antecipação de problemas e resoluções, entre outros, tornando o controle da cadeia muito mais efetivo. Já a dashboard permite visibilidade online total ao cliente, que pode acompanhar os embarques efetuados, custos do processo, lead times etc.

RV Ímola atua no programa “Medicamento em Casa”, em SP e MT

Voltada integralmente ao segmento de saúde, atuando em toda a cadeia, a RV Ímola (Fone: 11 2422.2000) tem como clientes Hypermarcas, Raia/Drogasil, DHL (que terceiriza a distribuição dos produtos que armazena de diversos laboratórios através da RV Ímola) e Bayer.

O destaque vai para o programa “Medicamento em Casa”, executado nas cidades de São Paulo, Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso, que entrega na casa dos pacientes judiciais remédios para o tratamento de doenças como câncer e esquizofrenia. Mais de 80 mil pessoas são atendidas pelo programa.

“Asseguramos a qualidade e integridade da entrega dos materiais em todas as etapas do processo”, garante Thiago Amaral, vice-presidente comercial. As atribuições da RV Ímola neste programa são: controle da dispensação de medicamentos; gerenciamento de devolução de medicamentos ao Centro de Distribuição; formalização das entregas realizadas; gerenciamento das condições de transporte e entrega dos medicamentos no domicílio dos usuários cadastrados; gerenciamento do término da necessidade de recebimento de medicamento, incluindo os casos de óbito; devolução de medicamentos; gerenciamento de ocorrências; e elaboração de relatórios de controle.

“Realizamos muitos treinamentos para qualificação profissional e também investimos em infraestrutura, como armazéns refrigerados, câmeras frias e qualificação do veículo, cujos custos chegam a cerca de R$ 800 mil por ano, apenas na manutenção. Outro custo vem das licenças da Anvisa: são mais de 20, cada uma custando em média R$ 38 mil”, revela Amaral.

A RV Ímola conta com diversos centros de distribuição voltados principalmente à área farmacêutica e sistema próprio de WMS ligado diretamente à interface de ERP dos clientes, controlando todo o fluxo operacional.

Solução oferecida pela TNT Mercúrio permite aos laboratórios gerenciar o transporte da carga diretamente

Há alguns anos, o Healthcare é um dos segmentos verticais mais importantes para a TNT Mercúrio (Fone: 11 2504.2278). No Brasil, nos últimos três anos, a empresa investiu na obtenção das licenças necessárias ao setor, na contratação de farmacêuticos especializados, no desenvolvimento de áreas específicas para este tipo de carga nas filiais, em sistemas de automação que permitem o detalhamento maior dos volumes transportados, no treinamento de equipes, no desenvolvimento de uma célula de atendimento específica para esses clientes e na adaptação e compra de veículos adequados.

Luis Fernando França, national key account manager – Healthcare, cita como clientes grandes laboratórios, que até pouco tempo utilizavam Operadores Logísticos para gerenciar o transporte. “O OL, que em muitos casos não possui uma grande frota e filiais próprias com ampla cobertura nacional, é obrigado a subcontratar outros transportadores para atender às entregas em todas as regiões do país. Isto pode comprometer a qualidade do serviço oferecido e, também, aumentar o prazo de recebimento de informações importantes”, opina.

Assim, a TNT Mercúrio percebeu que haveria uma grande oportunidade de agregar valor à logística destes laboratórios se os próprios gerenciassem diretamente o transporte da sua carga. “Com autonomia para escolher o transportador, o laboratório conta com uma melhor negociação do frete e, principalmente, com maior controle sobre o transporte, e aumenta a qualidade do serviço”, conta França.

A TNT oferece rastreabilidade de todo o transporte e também acesso rápido e eficaz a informações que permitem melhorar o gerenciamento de desvios e planos de ação. “Esses laboratórios têm demonstrado uma grande satisfação em atualizarem seus modelos de negócio, e toda a cadeia já sente o impacto positivo que isto traz às diversas áreas das empresas que demandam um ótimo serviço, como logística, operação, vendas e atendimento.”

A empresa oferece soluções em transporte rodoviário, aéreo e Clinical Express nacional e internacional, além de possuir ferramentas de automação para rastreamento e visibilidade, contando com uma torre de controle Healthcare para atendimento exclusivo dos clientes.