As vendas dos supermercados paulistas para este Natal devem ter um crescimento real de 1% em relação ao ano passado. Em comparação com anos anteriores o desempenho ficará abaixo, mas diante da atual conjuntura econômica, com expectativa de queda no PIB de 3,5%, o resultado de aumento de 1% vem em boa hora.
Segundo Rodrigo Mariano, gerente de Economia e Pesquisa da APAS, o setor acredita no aumento das vendas, principalmente, porque as pessoas não devem investir em bens duráveis neste final de ano. “A instabilidade econômica e a falta de otimismo, diante do aumento do desemprego, fará com que as pessoas deixem de investir na troca do carro ou mesmo naquela sonhada viagem, o que nos indica que farão uma ceia mais generosa este ano”, diz.
Cesta de Natal deve ficar 12% mais cara
Segundo Rodrigo, as perspectivas são de queda nos preços para diversas categorias. “Há fatores internos e externos que podem afetar os preços de outras categorias, mas até o fim de 2016 deve haver uma desaceleração no indicador geral de preços, o que tende a contribuir para que o IPS (Índice de Preços nos Supermercados) em 2016 fique em torno de 12%”, comenta.
Os itens mais comprados para as festas de final de ano deverão ficar 12% mais caros. O preço dos panificados, de modo geral, teve variação de 6,40% no acumulado de janeiro a setembro de 2016, e de 12,29% em 12 meses.
Apesar disso, há uma projeção de aumento nas vendas de panetone para este ano de 10% em relação a 2015. Para a APAS, a diversificação de sabores, bem como as ações no ponto de venda, são os fatores que impactarão positivamente. “O panetone tem vendas expressivas nesta época do ano e neste Natal não será diferente”, comenta.
Peru: O preço do peru teve queda de 11,89% em 12 meses de acordo com os dados de setembro, indicando preços mais moderados para este ano, mas que deve se reverter nos meses de novembro e dezembro diante da sazonalidade de fim de ano. O reajuste deve chegar a 10% em relação a 2015.
Chester: Durante 2015 os preços se mantiveram estáveis e, para este ano, a expectativa é de alta entre 7% e 10%.
Castanhas e nozes: A alta dos preços será em torno de 7%.
Frutas secas: A estimativa é de aumento de 7%.
Espumantes: Em 2016, os espumantes registram alta de 13,90% de janeiro a setembro. A expectativa para o fim de ano é de alta nos preços de 12%.
Azeite e outros condimentos: O preço do azeite caiu 29,54% de janeiro a setembro. Nos meses de novembro e dezembro deve ocorrer alta, o que refletirá uma elevação de, aproximadamente, 20% em 12 meses em dezembro.
Supermercados contratam para vagas temporárias
Comuns nesta etapa do ano, a oferta de vagas temporárias no comércio em geral acontecerá, porém em menor número do que os anos anteriores. O setor supermercadista espera contratar 5.000 novos profissionais para o reforço de operações e vendas no período que antecede as festas.