Um desastre natural como o Furacão Matthew é apenas um dos elementos que podem interromper ou prejudicar a cadeia de suprimentos de uma região. Apesar de imprevisíveis por princípio, para as companhias de logística, esse tipo de situação deve constar entre as possibilidades, e deve haver preparo suficiente para evitar interrupção no fluxo de mercadorias com origem ou destino na região atingida.
Por esse motivo, as empresas de logística estão justamente entre as mais preparadas para atender situações de emergência, como foi o caso da DHL no Haiti. Após a passagem do Furacão Matthew na região, a DHL mobilizou suas três divisões no Brasil (Express, Global Forwarding e Supply Chain) para arrecadar mais de cinco toneladas de roupas e calçados para as vítimas. A arrecadação foi realizada pelos colaboradores da empresa (cerca de 9 mil pessoas em todo o Brasil) e contou com a participação de clientes como a P&G, Nespresso e a Decathlon, que doaram produtos de seus portfólios, além de contar com doações de seus próprios colaboradores.
Na ocasião do acidente, em outubro, o Grupo Deutsche Post DHL enviou uma Equipe de Resposta a Desastres (DRT) a Porto Príncipe, no Haiti. Os voluntários do DRT forneceram apoio logístico gratuito no Aeroporto Internacional de Toussaint Louverture, e coordenaram a chegada da ajuda internacional, preparando-a para que seja levada até as áreas mais afetadas pelo furacão.
A DHL ficou responsável pela coleta e transporte dos donativos em seus escritórios e também nos clientes envolvidos no Brasil. Uma primeira remessa de doações, cerca de 1,5 tonelada, já havia sido enviada a Miami em um avião fretado pela empresa. A outra parte dos donativos seguiu na última semana de novembro. Todas as doações tiveram destino a Miami, ao aeroporto de distribuição das Américas, sendo, em seguida, enviadas a Porto Príncipe no Haiti, onde se encontra a equipe do DRT. Os donativos serão entregues às autoridades locais, que farão a distribuição nas áreas mais afetadas.
Fonte: Guia Marítimo