O balanço 2016 das empresas do setor de importação de empilhadeiras pode ser definido como instável, devido à volatilidade da variação cambial, especulação política e, principalmente, às inúmeras quebras e falências de grandes empresas nacionais e o endividamento de muitas outras.
Como era de se esperar, o segmento de importação de empilhadeiras também enfrentou um 2016 difícil.
A instabilidade econômica, com a alta do dólar no primeiro semestre, a leve desvalorização do real, a insegurança do impeachment da presidente Dilma Rousseff, as especulações sobre o novo governo de transição de Michel Temer no segundo semestre, eleições americanas, Olimpíadas no Brasil, a faxina política no congresso e a insegurança do mercado interno foram os fatores que mais movimentaram o mercado em 2016. Dentro de um segmento de importação e vendas de empilhadeiras e acessórios para a mesma, criou-se um quadro de insegurança e instabilidade que fizeram os empresários do setor buscarem novas vertentes estagnadas, apostando nelas para suprir seus déficits promissores e não deixar as empresas no vermelho total.
Continuando a análise do segmento, o Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense (Fone: 47 3346.1100) aponta que o balanço 2016 das empresas do setor de importação de empilhadeiras pode ser definido de instável a péssimo, devido à volatilidade da variação cambial, ano de eventos esportivos (estagnação do mercado interno), pela especulação política (impeachment da presidente Dilma e eleições norte-americanas) e, principalmente, as inúmeras quebras e falências de grandes empresas nacionais e o endividamento de muitas outras. “Sendo assim, podemos afirmar que isso se refletiu em uma diminuição na meta estabelecida no ano, levando as empresas a uma retração no investimento de empilhadeiras no país.”
O setor de importação de empilhadeiras sofreu altos e baixos ao longo desse ano – continua a análise do Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense. Um dos principais motivos foi o câmbio, que impactou negativamente no ano anterior e, mais recentemente, uma aparente estabilização impulsionou um considerável número de inadimplentes, deixando o mercado interno inseguro para vendas. Com o fortalecimento da produção nacional, em detrimento da importação, os valores dos produtos se aproximaram e, quando isso acontece, há uma tendência natural de os consumidores adquirirem produtos com linhas de financiamento mais atrativas, como no caso FINAME, fazendo com que as importadoras promovam a concorrência, perdendo uma parcela do mercado. Apesar do cenário negativo do mercado – pondera o Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense –, houve crescimento, pois mesmo com essa alta do dólar, a empresa conseguiu superar as dificuldades e trabalhou com estoque alto, resquícios de anos anteriores. O desaquecimento do mercado propôs um panorama com menos importações de empilhadeiras no ano de 2016 e realocando seus investimentos em setores com melhor rentabilidade momentânea. As portas do comércio de peças de reposição tiveram um aumento sublime, principalmente no setor de peças originais de fábrica, onde a qualidade impulsionou a quantidade de importação neste segmento. O empresário ficou mais astuto com a instabilidade financeira, preferindo qualidade e durabilidade com menos gastos de manutenção – “se não há possibilidade de adquirir uma empilhadeira nova, priorizamos a manutenção com peças originais de ótima qualidade”.
Com boas parcerias, o mercado de peças de reposição está equiparando o faturamento das empresas de importação e vendas, deixando de lado o saldo de um extremo rombo monetário do primeiro semestre para fechar o ano com um leve, mais significativo, faturamento estável. “Isto levando em consideração que as perspectivas não eram muito boas, uma vez que tivemos vários panoramas negativos no 1° semestre e impeachment e eleições norte-americanas no 2° nortearam muitas decisões com relação a investimento. No entanto, o setor portuário tem crescido muito no Brasil, e isso pode ter sido o fator primordial, aliado à necessidade das empresas, vindo a fecharmos o ano com um desempenho razoável no que diz respeito à importação e venda de equipamentos para o setor logístico nacional”, conclui a análise do segmento em 2016 feita pelo Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense.
Henrique Antunes, gerente nacional de vendas da BYD do Brasil (Fone: 19 3514.2550), também coloca que o mercado de empilhadeira, igualmente a todos os setores da economia brasileira, sofreu muito com a crise, muitos equipamentos locados foram devolvidos devido à baixa demanda, diversas novas aquisições foram postergadas, etc.
“Acredito que nenhum segmento investiu fortemente em empilhadeiras em 2016, tudo o que se teve foram demandas pontuais, a crise desencorajou todos de fazerem grandes investimentos. Mais vários segmentos – automobilístico, de alimentos, bebidas, logística, etc. – buscaram naquele ano encontrar soluções que tornassem suas operações mais eficientes e, com isso, mais baratas. E projetam implantar essas soluções em 2017”, completa Antunes.
2017
Falando em 2017, o Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense avalia que não será de grandes projeções no setor logístico, mas cogita-se um aumento gradual no primeiro semestre, motivado pelos novos projetos que serão implementados por este novo governo, vindo a deslanchar no 2° semestre com o aquecimento do mercado interno e novos projetos e armazéns se estruturando para receber o aumento da demanda em 2017. “Esperamos um ano de estabilidade em todos as setores e crescimento progressivo das importações e vendas de equipamentos e peças originais dos fabricantes, melhorando a ascendência das empresas em 2017”, aponta a análise do Departamento de Marketing da Empilhadeiras Catarinense.
Por sua vez, Antunes da BYD do Brasil, salienta que a demanda não deixa de existir, ela é apenas adiada, e 2016 não foi o primeiro ano ruim para o setor, o que significa que a frota no geral envelheceu, seja de locação ou própria. E ao menor esboço de reação dos seus mercados as empresas precisarão, sim, renovar os equipamentos de movimentação, e aí entra todo o trabalho de prospecção feito pela BYD em 2016.
Ainda segundo o gerente nacional de vendas, todos os segmentos deverão investir em empilhadeiras em 2017. “Todos têm alta demanda de disponibilidade, pois as frotas estão obsoletas e não suportam tal regime de trabalho”, completa.