A Santos Brasil encerrou o quarto trimestre de 2016 com crescimento de 8,3% no volume operado e total de 267.983 contêineres movimentados em seus três terminais – Santos (SP), Vila do Conde (PA) e Imbituba (SC). No acumulado do ano, o incremento foi de 10,5%, com destaque para os desempenhos de Vila do Conde e Santos. A Companhia voltou a superar a marca de um milhão de contêineres movimentados no ano, registrada pela última vez em 2013.
No Tecon Santos, o maior e mais eficiente terminal de contêineres da América do Sul, foram movimentados 242.660 contêineres no 4T16, volume que supera em 5,5% o registrado no 4T15. O market share da companhia no porto de Santos chegou a 41,6% no período (37,9% no 4T15). A operação no complexo santista apresentou aumento na movimentação de contêineres de longo curso com as importações e exportações crescendo 4,3% e 8,0%, respectivamente, no último trimestre do ano.
Em função do incremento de dois serviços de navegação que atuam nas rotas para a costa oeste da América do Sul e para a África, cujas atracações se iniciaram no final de 2015, e também do aumento da consignação média dos serviços de navegação compartilhados, aos quais foram incorporados novos armadores, o volume de contêineres movimentados no Tecon Santos cresceu 9,0% em 2016.
Em plena expansão, o Tecon Vila do Conde movimentou 19.007 contêineres no 4T16, volume que supera em 74,1% o desempenho no 4T15. O crescimento acumulado foi de 46,1% com 65.786 contêineres movimentados. Desde o final de janeiro do ano passado, a atracação de dois serviços de navegação, que operam nas rotas para a Europa e o Caribe, impulsionou as operações de longo curso no terminal paraense, que cresceram 58,4% no 4T16. Estimulada pelo desembarque de contêineres vazios que, posteriormente, foram estufados e exportados, a movimentação de cabotagem também cresceu 105,6% no período.
Já o Tecon Imbituba registrou redução de 1,2% em sua movimentação no 4T16, ainda impactada pelo término de um serviço de navegação que opera na rota para o Golfo do México. No entanto, as operações de cabotagem – hoje o principal tipo de carga do terminal – cresceram 12,4% no último trimestre.
No mix de serviços da Santos Brasil, as operações de longo curso com importação, exportação e transbordo, registraram elevação de 6,2%, 10,7% e 6,6%, respectivamente. As operações de cabotagem tiveram sua participação reduzida para 23,3% do total movimentado (24,0% no 4T15), assim como as de transbordo, cuja representatividade foi reduzida de 31,2% no 4T15 para 29,4% no 4T16. Impulsionadas pelo ganho de market share em Santos e pelo aumento da taxa de retenção, as operações de armazenagem alfandegada apresentaram 21,4% de crescimento no segmento de terminais portuários de contêineres.
Indicadores financeiros
A receita líquida consolidada ajustada da Santos Brasil totalizou R$ 212,0 milhões no 4T16, com crescimento de 0,9% em relação ao 4T15. No acumulado do ano, totalizou R$ 840,0 milhões, com queda de 7,7% no comparativo com 2015. Já a receita bruta dos serviços de operações de cais cresceu 6,5% em 2016, excluindo o montante referente à reversão da provisão ocorrida em 2015.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do 4T16 ajustado para efeitos não recorrentes foi de R$ 31,3 milhões com margem de 14,3%. Em 2016, o EBITDA ajustado somou R$ 95,0 milhões com margem de 11,3% (R$ R$ 195,8 milhões e margem de 21,7% em 2015). O segmento de Logística voltou a apresentar EBITDA positivo no 4T16, após reestruturação promovida ao longo do ano passado, revertendo desempenho dos últimos quatro trimestres.
A Santos Brasil conseguiu ainda reduzir em 98% seu prejuízo no 4T16. A perda registrada nos últimos três meses de 2016 foi de R$ 525 mil. Um ano antes, havia sido de R$ 28 milhões. A empresa fechou o período com um saldo de caixa de R$ 192,6 milhões e dívida líquida de R$ 40,1 milhões, equivalente a 0,5 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses.