A crise afetou o transporte de carga via terrestre de maneira mais intensa que pelas vias aérea e aquaviária, aponta a consultoria TCP Latam, com base em dados do IBGE.
Enquanto caminhões movimentaram 10,6% a menos em 2016, os aviões levaram 0,8% a mais de mercadoria nesse mesmo período.
O tipo de carga transportada pelo ar é de alto valor agregado e regido por forças econômicas diferentes dos outros, segundo Maurício Emboaba, consultor da Abear (associação das aéreas).
Indicadores dos transportes terrestres variam muito com o varejo, segundo Ricardo Jacomassi, diretor da TCP.
“Há caminhões ociosos. Esperamos queda de 2% no preço do frete, e as transportadoras devem enfrentar alta de 5,5% do diesel.”
Vendas de veículos deverão sofrer: 45% das empresas do setor não vão comprá-los, diz Bruno Batista, diretor-executivo da CNT (confederação dos transportes).
“Antes da crise, as transportadoras tiveram boas ofertas de crédito para adquirir caminhões. A economia esfriou, e os carros ficaram no pátio.”
Fonte: Folha de S. Paulo