Depois da parceria com o CCCC (China Communications Construction Company) na área de portos, o Banco Modal projeta novos investimentos chineses na área de ferrovias no Brasil.
“Estamos expandindo nossa presença também para o financiamento de empresas da China no país”, diz Eduardo Centola, sócio do banco.
“Há interesse na Ferrogrão [do Mato Grosso ao Pará], que talvez entre no PPI, e na Norte-Sul [entre Tocantins e São Paulo], que também já consta do programa federal de concessões.”
O Modal fez uma joint venture, a MDC, com a CCCC e o australiano Macquarie Capital. Há um primeiro projeto de R$ 1,5 bilhão em uma usina hidrelétrica na Colômbia. Na MDC, os estrangeiros têm cerca de 42%, e o Modal, 16%.
“Estão em estudo vários investimentos na área de energia.” No Brasil, o banco é também assessor financeiro exclusivo da CCCC, como na compra de 80% da Concremat -por R$ 350 milhões-, e no Porto São Luís, operações em que a gigante chinesa investirá sozinha R$ 1,7 bilhões.
“Ainda faltam algumas condições para o fechamento do negócio, mas um dos objetivos desse projeto é que a CCCC faça o investimento no ativo, com financiamento também seja chinês e que seja o primeiro de outros.”
Outra parceria do Modal relacionada a China e infraestrutura é com o fundo americano TPG, que anunciou fechamento do escritório no Brasil em dezembro.
Ao mesmo tempo, o TPG lançou um novo fundo de infraestrutura de US$ 4 bilhões, baseado na China, para aportes em emergentes.
“Um dos primeiros alvos que estudam são os ativos da Abengoa no Brasil”, afirma o sócio do banco.
Raio-x
Cerca de US$ 42,25 bilhões
é a receita operacional da CCCC entre janeiro e setembro do ano passado
R$ 12,4 bilhões
são os recursos sob gestão do Banco Modal
US$ 377 bilhões
(R$ 1,18 bilhão) é o total sob gestão Macquarie em 30 de setembro de 2016
Fonte: Folha de S. Paulo