Grupo Volvo apresenta os resultados de 2016. Faturamento foi de cerca de 33 bilhões de dólares

Num dos períodos mais difíceis do setor de transporte no Brasil, o Grupo Volvo (Fone: 0800 41.1050) manteve o equilíbrio de seus negócios na América Latina em 2016. A empresa compensou os efeitos da economia restritiva no país com as vendas na região hispânica da América Latina.

Os negócios tiveram desempenho moderado, mas também com alguns resultados positivos. Em caminhões, por exemplo, a Volvo foi a marca que mais cresceu no continente. No Brasil, o FH foi líder de vendas no segmento de pesados. A Volvo Bus Latin America também teve bons resultados, ganhando participação de mercado em ônibus rodoviários e urbanos no Brasil e ainda teve uma boa performance na exportação, explica Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina – aliás, o primeiro presidente brasileiro da empresa no país.

“Foi um ano difícil. Mas equilibramos nossos resultados na região, crescendo na América Latina e fazendo a lição de casa no Brasil. O faturamento do Grupo atingiu cerca de 33 bilhões de dólares, uma queda de 3% em relação ao ano anterior. Mas obtivemos melhores resultados operacionais. Também é bom destacar que os caminhões representam 66% do faturamento do Grupo”, declara Lirmann.

Ele também diz que, com a queda do mercado nacional, a empresa cresceu 30% em volume de exportação – “também fomos a empresa que mais cresceu na categoria 16 toneladas, tanto no Brasil quanto na América Latina. Acima de 16 toneladas, fomos a segunda maior marca no mercado da América Latina”, comemora o presidente.

Por sua vez, Bernardo Fedalto Jr lembra que, quanto aos caminhões pesados, acima de 40 toneladas, a Volvo é líder na America Latina e no Brasil há três anos. “Estamos dentro de 27% a 28% de fornecimento neste mercado, e a nossa meta é manter este percentual”, acrescenta.

Investimentos
Já apontando sinais da retomada na economia brasileira – é esperado um crescimento de 10% ou até mais este ano, no mercado de caminhões –, o Grupo prevê investir R$ 1 bilhão na America Latina nos próximos três anos. Noventa por cento deste valor será aplicado no Brasil, principalmente no desenvolvimento de novos produtos e na atualização da produção na fábrica, em Curitiba, PR.

Ainda está nos planos da empresa a expansão da rede de concessionárias no Chile – que deve dobrar nos próximos anos, ajudando a incrementar a produção nacional. “Hoje temos seis concessionárias naquele país, e a meta é chegar a 13, pois aquele é um mercado altamente promissor”, completa Lirmann.

Além disto, há projetos para ampliar a redes de concessionárias no Brasil, como uma no interior de São Paulo, na região da “Castelinho”.

Ainda olhando para o futuro, o presidente do Grupo Volvo aponta o incremento dos veículos conectados – 2.000 deles já estão nestas condições no Brasil e 4.000 no exterior. “Esta conexão, conhecida por Dynafleet, permite acompanhar os veículos a cada minuto, oferecendo mais agilidade ao transportador e prevenindo problemas”, diz Lirmann.

Outros segmentos
Já no segmento de ônibus rodoviários e urbanos, a Volvo conseguiu aumentar seu market share, passando de 9,3% para 9,5%, uma ligeira, mas importante, expansão num mercado instável. As exportações alcançaram mais da metade das vendas e contribuíram para sustentar os negócios como um todo.

Braço financeiro do Grupo Volvo, a Volvo Financial Services Brasil bateu mais uma vez o recorde de vendas em consórcio, alcançando a casa de R$ 1,15 bilhão. O consórcio é um produto que vem ganhando importância, porque o transportador pode fazer a renovação de sua frota de forma planejada. Em 2016, a VFS ainda aumentou sua participação nos financiamentos de produtos da marca no País, com aproximadamente 50% do total. Destaque ainda nesse segmento é o seguro de cargas, produto lançado no ano passado.

A Volvo Penta também teve um bom desempenho, mantendo a liderança no segmento de motores marítimos de lazer. A empresa expandiu sua atuação em motores industriais para geração de energia, aumentando a participação nessa área, incluindo novos mercados e promovendo a nacionalização do motor de 13 litros.