Operadores Logísticos: uma análise de mercado, as perspectivas e as novidades das empresas do setor

Nesta matéria especial de Logweb, representantes dos OLs analisam o segmento no curto prazo, demonstrando, inclusive, os setores que mais deverão requerer os seus serviços. E também mostram as novidades da sua empresa.

MODERN LOGISTICS: reforma tributária pode ter muito impacto no setor
Na visão de Adalberto Febeliano, vice-presidente comercial e de marketing da Modern Logistics (Fone: 11 4063.9338), na medida em que a economia brasileira retoma seu ritmo de crescimento, o segmento espera que as indústrias dos outros setores busquem novas soluções logísticas, pois a demanda por seus produtos voltará a crescer. Isso poderá gerar novas oportunidades para os Operadores Logísticos. “A retomada do crescimento econômico é, provavelmente, o fator que mais pode influenciar o segmento em 2017 – mas as indefinições políticas podem, também, ter seu papel, especialmente porque a propalada reforma tributária pode ter muito impacto no setor. A continuidade do crescimento do comércio eletrônico é outro fator muito importante, na medida em que torna cada vez mais importantes as soluções do tipo B to B to C.”
Ainda falando sobre os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos, Febeliano detalha que, no momento, parece que os setores farmacêutico, eletroeletrônico e automotivo continuarão liderando as demandas dos Operadores Logísticos – ao lado do mencionado varejo eletrônico, que deverá, também, crescer em importância.
Finalizando, o vice-presidente afirma que a Modern Logistics deverá chegar ao fim do ano com uma frota de três Boeings 737 e pelo menos mais dois Centros de Distribuição.

YUSEN LOGISTICS: em contract logistics, se especializando em linha branca
Abertura de escritórios em Curitiba, PR, e Porto Alegre, RS; crescimento no número de processos de desembaraço aduaneiro em 120%; em contract logistics, se especializando em linha branca e crescendo a atuação no segmento.
Estas são as novidades da Yusen Logistics (Fone: 11 4064.9300), contadas por Raquel Teixeira, diretora de Contract Logistics.
Ela também revela que o primeiro semestre de 2017 vem apresentando uma queda nos volumes de movimentações nos armazéns, reflexo negativo da recessão em que o Brasil se encontra. Com a queda do consumo desde 2015, os estoques ficaram parados, com baixo nível de movimentações para expedições refletindo em 2017 pelo menos até julho.
Ainda de acordo com Raquel, os clientes buscam parcerias de negócios com os Operadores que podem suportar custos variáveis, diretamente proporcionais às áreas mínimas de utilização, com o menor número de pessoas, melhores processos e maior produtividade.
“O lado positivo é a oportunidade de novos clientes terceirizarem suas operações, trazendo sites (áreas de armazenagem) multiclientes, com mais sinergias entre as equipes, otimizações de processos e equipamentos e automatização das operações, de forma a reduzir inclusive perdas de inventário. O lado negativo é que com a queda dos volumes dos clientes atuais e pressão por redução dos custos logísticos por produto, as receitas diminuem e os custos fixos não, trazendo grande impacto para o resultado financeiro no período.”
Sobre os segmentos que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos, a diretora de Contract Logistics aponta o varejo em geral, por pressão de redução de custo logístico por produto; o de eletrônicos, buscando sinergias, novos processos, alternativas e incentivos fiscais, automatização para melhoria das margens em um mercado muito competitivo; e o mercado de luxo, cada vez mais buscando melhorias e ganhos de produtividade, bem como excelência operacional frente a produtos de alto valor agregado.

COOPERCARGA: previsão de melhora na economia, com reflexos no segmento
O presidente da Coopercarga – Cooperativa de Transporte de Cargas do Estado de Santa Catarina (Fone: 49 3301.7000), Osni Roman, acredita que em 2017 haja uma melhora no cenário econômico, e que isso reflita diretamente no segmento. “Temos procurado ser otimistas com o que está por vir, tanto em relação à nossa expectativa quanto em relação às nossas ações, que têm sido voltadas pensando em uma reação não só do setor, mas do nosso país como um todo. A supersafra já é um indicativo dessa retomada, já que movimentará não só o segmento, mas diversos setores direta ou indiretamente envolvidos”, diz Roman, otimista.
Ainda de acordo com ele, a supersafra pode ser considerada um fator que vai influenciar positivamente o segmento. “Também vemos a necessidade de renovação da frota como outro fator que terá forte influência, especialmente pela sua relação com o nível de serviço oferecido aos clientes.”
Sobre os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos, o presidente da Coopercarga lembra que, de modo geral, é nos momentos de crise que as empresas percebem que precisam focar no seu core business, concentrando seus esforços nas suas atividades fim e terceirizando aquilo que não faz parte do seu negócio e de sua expertise, de área de atuação. Desse modo, Roman acredita que todos os setores deverão usar, cada vez mais, os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos.
Parceria – Entre as diversas parcerias firmadas recentemente pela Coopercarga, destaca-se a com a COOP – Cooperativa de Consumo, maior cooperativa de consumo da América Latina. “Um dos principais fatores que levou a COOP e a Coopercarga a iniciarem esta parceria, que contará com 18 veículos dedicados ao abastecimento das lojas, foi o pensamento voltado para um dos princípios do cooperativismo: a intercooperação”, diz Roman.
Essa gestão, voltada para oferecer os melhores resultados e o melhor nível de serviço aos clientes, inclui soluções completas: distribuição, armazenagem, transferência Brasil e Mercosul, operações dedicadas e especiais e postos de combustíveis, o que nos permite atender a clientes dos mais diversos segmentos. “Continuaremos com nossas estratégias de investimento para esse ano, entre elas na renovação da frota e até mesmo na ampliação do número de veículos, bem como em uma maior participação de mercado, com sustentabilidade. Nossa expectativa é que possamos crescer aproximadamente 15% em 2017”, conclui o presidente da Coopercarga.

ATIVA LOGÍSTICA: segmento farmacêutico, correlatos e de cosméticos têm buscado mais a terceirização dos processos logísticos
Clóvis A. Gil, presidente da Ativa Logística (Fone: 11 2902.5000), também está otimista com relação ao ano de 2017 – a linha de tendência das empresas é focar no seu “core business”, substituindo local de armazenagem por linha de produção. E os fatores que podem influenciar o segmento em 2017 são: aumento de eficiência, produtividade e, portanto, competitividade global, acesso a mercados e canais não explorados e/ou não conquistados, sendo uma grande vantagem aprimorar o processo produtivo em busca de redução de custos e obter melhoria contínua dos resultados, terceirizando a operação logística.
“Os serviços prestados para a o segmento farmacêutico, correlatos e cosméticos têm buscado mais a terceirização dos processos logísticos, para melhorar os custos e a eficiência. A Ativa Logística, com mil empresas atendidas em todo o território nacional, 80% delas do setor de saúde e bem-estar, percebeu que o mercado farmacêutico e de cosméticos foram menos afetados pela a crise.”
Com relação aos investimentos da empresa, Gil informa que, para manter seu ritmo de crescimento, nos últimos anos, a Ativa investiu em novos equipamentos de gerenciamento de risco para garantir o rastreamento de 100% de sua frota.
O presidente também informa que todos os investimentos realizados até o momento, em novas frotas, unidades, equipe e em tecnologia fazem parte de uma estratégia da empresa para se tornar líder em serviços de entregas de medicamentos e cosméticos nos segmentos aéreo e rodoviário. No primeiro semestre de 2016, para atender o crescimento do setor farmacêutico/cosméticos, a Ativa realizou a aquisição da Trans Model Air Express, que realiza entregas urgentes de vacinas e medicamentos, produtos farmacêuticos, medicamentos controlados, diagnóstico clínico e distribuição de produtos de beleza e higiene pessoal.

SANTOS BRASIL: otimismo cauteloso
O setor de logística está diretamente ligado ao desempenho da economia e ao ambiente de negócios. É uma espécie de termômetro, que responde imediatamente ao crescimento ou queda do PIB. Em 2016, o PIB brasileiro caiu 3,6% confirmando o segundo ano seguido de retração e marcando a pior recessão da história do Brasil.
“É muito difícil fazer qualquer previsão para o setor em função das incertezas políticas e econômicas de nosso país, mas estamos um pouco mais otimistas para 2017. Um otimismo cauteloso ainda. O que podemos dizer, pela nossa experiência de crises passadas, é que a economia do Estado de São Paulo, onde está concentrada grande parte de nossas operações, é muito pujante e apresenta uma resposta especialmente rápida em casos de retomada da economia, refletindo diretamente no movimento do porto de Santos, onde somos líderes de mercado”, afirma Wagner Tóffoli, diretor comercial de operações logísticas da Santos Brasil (Fone: 13 2102.9000). E ele continua: “o crescimento ou a queda da atividade econômica do país influenciam diretamente a nossa atividade. Baixo consumo leva à redução da produção e, consequentemente, da importação, exportação, armazenagem, transporte etc. Muitos projetos ficaram congelados em 2015 e em 2016 por conta da crise, mas já estamos sentindo o mercado mais propenso a uma retomada.”
Tóffoli também acredita que, com a retomada da economia, a procura por serviços customizados e mais sofisticados cresça. É o caso dos serviços de Porto à Porta oferecidos pela Santos Brasil, que aliam projetos de logística integrada com serviços portuários. “Acreditamos, também, no crescimento do uso do contêiner e de serviços de logística integrada na exportação de commodities.”
A Santos Brasil é prestadora de serviços portuários e logísticos completos, do Porto à Porta. Com um Centro de Distribuição em São Bernardo do Campo, SP, além de um Centro Logístico Aduaneiro (CLIA) no Guarujá e outro em Santos, SP, – é capaz de atender clientes nas duas margens do Porto de Santos.
Desenvolve soluções customizadas e integradas de acordo com as prioridades e necessidades do cliente e de seu segmento. São projetos completos que integram atividade portuária, de armazenagem, gestão de estoque, transporte rodoviário e distribuição, atendendo aos mais diversos segmentos, entre eles: indústria química, farmacêutica, alimentícia, autopeças, eletroeletrônicos, bens de consumo e agronegócios.

FIORDE: agronegócio e minério de ferro respondem pela maior demanda dos serviços ofertados pelos OLs
“Excetuando o agronegócio e o minério de ferro, que respondem pela maior demanda dos serviços ofertados pelos Operadores Logísticos, seguidos de perto pelo setor de óleo e gás, entendemos que os setores de papel, celulose, embalagens e automotivo serão os primeiros a retomar com maior vigor as suas atividades, como, aliás, já deram mostras neste início de ano. O motivo dessa expectativa, além dos sinais apresentados neste início de ano, é o fato de essas indústrias, que operam no País há alguns anos e outras com experiência no comércio internacional, durante esse período de recessão, terem buscado alternativas no mercado externo, de forma a manter suas fábricas operando, ainda que com produção reduzida. Além disso, são setores com maior experiência com as idiossincrasias, para não se usar aqui outras definições, do difícil mercado brasileiro.”
A análise é de Milton Lourenço, diretor-presidente da Fiorde Logística Internacional (Fone: 11 3218.7006). Ainda segundo ele, assim como alguns setores da economia do País, os primeiros sinais da retomada do crescimento econômico começam a ser visíveis, ainda que timidamente, como se verificou em fevereiro, com o aumento das vendas em alguns setores, em especial os de embalagem, veículos e farmacêutico, que têm grande necessidade dos Operadores Logísticos, principalmente considerando as grandes distâncias internas do Brasil e a precariedade da conexão entre os modais rodoviário, ferroviário e marítimo.
“Tudo isso obriga os Operadores Logísticos a terem, além de equipamentos e operações adequados, uma alta capacidade criativa e um esforço superior para que possam responder adequadamente às necessidades de um mercado ainda muito volátil como o nosso. De fato, o setor já sente, ainda que de maneira superficial, uma melhora e mantém inabalável crença na retomada, ainda que suave no presente exercício. Mais importante, porém, é a expectativa de um mercado em crescimento nos próximos anos. Sem dúvida, não há alternativa para o setor de logística que não seja o aumento da produção e das condições macroeconômicas do País. Recentemente, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ex-ministro das Comunicações, comparou a economia do País a um doente que conseguiu sair da UTI e foi transferido para o tratamento semi-intensivo. Realmente, há lógica nessa comparação, considerando-se que estamos passando por uma recessão econômica sem precedentes na história recente, provocada, em grande parte, por uma política econômica de uma irresponsabilidade ‘nunca vista antes neste País’, frase, aliás, muito utilizada justamente por aqueles que a provocaram. Para nós, brasileiros, não resta alternativa senão, mais uma vez, reerguermos o País, apesar da atuação desses irresponsáveis, que, para nosso consolo, pelo menos pela primeira vez, estão sentindo a mão forte da Lei”, explica Lourenço.
Com relação aos fatores que podem influenciar, negativa ou positivamente, o segmento em 2017, ele diz que, “negativamente, podemos entender que, na hipótese de haver algum abalo nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e China, uma possibilidade ainda pouco provável de ocorrer, apesar das palavras pouco hábeis do falastrão presidente norte-americano, esse fato, em princípio, poderia constituir um fator negativo para a economia brasileira. Paradoxalmente, porém, dependendo das circunstâncias e da profundidade desse desentendimento, pode ocorrer exatamente o contrário, ou seja, maior demanda mundial por esses produtos de nossa pauta de exportação com o consequente aumento de preços dessas commodities”.
A Fiorde executa parte das operações logísticas na importação e exportação, atuando como operadora logística. Faz parte desse processo como assessoria aduaneira e agenciamento de fretes internacionais, participando de uma rede mundial de agentes. Tem, ainda, forte participação no segmento de despachos aduaneiros com a utilização de sistema próprio, o SysFiorde, e atua no transporte rodoviário com a FTA, empresa de transporte especializada em cargas destinadas à importação e exportação em operações de trânsito e desembaraço aduaneiro.

KT&T – KADIMA: retomada do varejo no geral só deve ser concretizada a partir de 2018
As perspectivas para 2017 começam junto com a retomada da economia. “A torcida é que no 2º semestre os números indiquem um aquecimento, sobretudo do consumo, e as empresas possam retomar a produção e as vendas e, consequentemente, a logística caminhe paralelamente.”
Rafael Ilan Bernater, diretor operacional da KT&T – Kadima Logística (Fone: 11 4141.2828), também acredita que a política ditará o ritmo do crescimento e que o fim da flutuação do dólar pode ajudar as empresas de fora a voltarem a enxergar o Brasil como potencial mercado.
“Se realmente o mercado voltar a crescer, os mercados que estiveram em baixa nos últimos anos voltam a crescer. O varejo no geral deve ter uma retomada que, porém, só deve ser concretizada a partir de 2018, quando o crescimento econômico começar a aparecer no bolso do consumidor final”, avalia Bernater.
A KT&T Logística passou a usar, no final de 2016, o SAP, buscando otimizar a operação. Em 2016 o investimento foi em estrutura.

COLUMBIA: crise aproxima empresas dos prestadores de serviços
“Com a crise, as empresas passam a estar mais próximas e demandar de forma ainda mais profissional todos os seus prestadores, o que entendemos ser extremamente positivo em um mercado de Operador Logístico, por exemplo, que ainda está em desenvolvimento.”
Também segundo Marcelo Brandão, CEO da Columbia Logística (Fone: 11 3330.6700), no setor automotivo, por exemplo, os maiores desafios para os serviços de logística no período de crise têm sido a redução dos lead-time (tempo de entrega) e custos. “Para isso, estamos em constante desenvolvimento de ferramentas de BI (Inteligência de Negócios), com objetivo de melhorar o fluxo de informação, bem como o fortalecer as áreas de planejamento operacional, procurando extrair informações oportunas dos clientes, antecipando soluções e minimizando riscos operacionais.”
Neste setor automotivo, a Columbia presta serviços para a Ford e Continental, no suporte de importação/exportação e logística doméstica. Para o varejo, atua com foco nos produtos de consumo, como calçado, vestuário e eletrônico.
Brandão diz que, mesmo diante da crise, a empresa fez uma importante aquisição a ser anunciada em breve, fortemente relacionada ao segmento automotivo e à gestão de sua cadeia de abastecimento.
“Diante da crise, mantivemos, especialmente, os projetos de tecnologia e desenvolvimento de pessoas, os quais também entendemos serem de fundamental importância para o crescimento estável de empresas com o nosso propósito. Desenvolvemos e apresentamos algumas alternativas para o segmento automotivo e outros considerados estratégicos para a companhia. Estamos colhendo bons frutos e o feedback tem sido positivo. Em um cenário de retração, conseguimos iniciar novas operações/produtos”, finaliza.

DHL SUPPLY CHAIN: expansão da área de serviços de packaging secundário
Antes de fazer uma análise do segmento, Maurício Barros, presidente da DHL Supply Chain (Fone: 19 3206.2200), diz que a empresa está expandindo sua área de serviços de packaging secundário ou co-packing, preparação de ofertas, montagem de kits, displays de venda e outros formatos de embalar conjuntamente produtos acabados, integrados à cadeia de suprimentos no Brasil. “A meta é triplicar a área até 2020. Globalmente, esta área contribui significativamente para a receita da DHL Supply Chain, administrando cerca de 180 operações. No Brasil, a DHL já possui quatro clientes na área de consumo e está em processo de implementação em mais dois. Além de investir no treinamento da equipe, esforços comerciais e de marketing e no desenvolvimento de um sistema de TI especializado, a DHL irá lançar em 2017 um Centro Multicliente de Soluções de Packaging Secundário, que será localizado no interior de São Paulo”, comenta Barros.
Já falando das perspectivas para o segmento de OLs em 2017, ele comenta que a demanda por extrair mais valor das cadeias de suprimentos deve continuar, mas entende que alguns sinais de recuperação devem começar a aparecer, especialmente no segundo semestre. Além da queda da inflação, a potencial diminuição do endividamento das famílias, a melhora da confiança do consumidor e do empresariado e a perspectiva de uma melhor safra agrícola devem influenciar no aumento do volume de carga transportada, impulsionando o mercado de Operadores Logísticos. O presidente da DHL Supply Chain diz que a empresa acredita, também, que a inovação terá papel importante na recuperação, seja em termos de processos, seja de soluções.
“Dentro deste contexto, estamos atuando em três frentes principais. A pri­meira, que estamos trabalhando fortemente há pelo menos 2 anos, é a busca por redução de custos e ganhos de produtividade ao longo de toda a operação, através da revisão de processos e estruturas e da busca de racionalizações em contratos de parceiros e fornecedores. A segunda frente é o desenvolvimento de novos produtos e serviços com maior valor agregado para os clientes. É o caso, por exemplo, do serviço de LLP (Lead Logistic Partner), que nos permite liderar uma cadeia de suprimentos e promover racionalizações, e do serviço de packaging (ou co-packing), pelo qual assumimos a atividade de embalamento secundário, montagem de kits, etc. A terceira frente é a inovação. Estamos incorporando novas tecnologias e soluções a nossa operação. É o caso, por exemplo, da utilização de carros elétricos para entregas urbanas e um teste que estamos realizando com a utilização de seletores de visão (vision picking) em Centros de Distribuição.”
Mas, há fatores que, inegavelmente, influenciam o segmento. Para Barros, a esperada maior estabilidade macroeconômica pode destravar investimentos no setor privado e em infraestrutura de forma geral, o que pode gerar mais oportunidades para os Operadores Logísticos. O crescente desenvolvimento tecnológico é um fator positivo importante, pois possibilita níveis ainda mais altos de serviço e com eficiência. Por outro lado, esse mesmo desenvolvimento tecnológico pode gerar uma disrupção no modelo de operação atual. “Os segmentos de saúde (Life Science e Healthcare) e agrícola têm um bom potencial para 2017, mas esperamos também que mercados como os de consumo e tecnologia comecem a reagir”, finaliza.

KWAY LOGÍSTICA: setor de infraestrutura demandará esforços primordiais dos OLs
“Diante dos primeiros sinais de recuperação da economia, as perspectivas para o setor indicam um cenário positivo, onde se apresentam oportunidades concretas de crescimento para 2017.”
Outro otimista quanto ao desempenho do segmento neste ano, Afonso Manna Junior, gerente comercial da Kway Logística (Fone: 21 3325.6125), salienta que a confirmação da política econômica do atual governo terá impacto direto no segmento, afetando de maneira positiva os resultados esperados para o ano. Os investimentos, principalmente no setor de infraestrutura, permitem garantir uma resposta imediata no desenvolvimento e implementação de diversos projetos essenciais para a retomada de crescimento
“Realmente, o setor de Infraestrutura demandará esforços primordiais dos Operadores Logísticos, bem como a retomada do setor de petróleo & gás. O mercado de varejo também deve ser considerado, porque sempre reage positivamente diante de um processo de recuperação econômica”, diz Manna Junior.
Com a expectativa de crescimento substancial em relação ao ano passado, a Kway Logística colocou em prática um plano de reestruturação, envolvendo pessoas e recursos e desenvolvimento de novas parcerias. No aspecto estratégico, passará a operar com um CD próprio, disponibilizando uma área de armazenamento em torno de 5.000 m² no Rio de Janeiro.

MAC CARGO: dois níveis de perspectivas para 2017
Paulo Gomes, diretor comercial da MAC Cargo do Brasil (Fone: 11 5908.4050), tem dois níveis de perspectivas para o desempenho do setor em 2017. Alta capacidade de investimentos: terão enormes possibilidades, uma vez que diversas obras em infraestrutura, que inclui a logística, serão retomadas pelo Governo e a iniciativa privada será convocada a participar dessas iniciativas; sem capacidade de investimentos: deverá ter um segundo semestre com mais perspectivas do que nos últimos dois anos, com a retomada da economia. A crise dos últimos anos e, em especial, do ano passado tirou muitos players do mercados e os Operadores que aproveitaram a crise para ajustar sua infraestrutura e ainda tiveram a capacidade de investir em tecnologia, certamente estarão a frente dessa corrida, acredita Gomes.
“Com certeza, a crise política ainda é o maior risco de todos no âmbito interno. Os desmembramentos das delações da Odebretch e o processo no TSE contra a chapa Dilma/Temer são os principais fatores que podem trazer um grande risco para a velocidade da retomada ou, ainda pior, colocar o Brasil numa segunda onda de recessão que pode ser pior que a primeira. No âmbito exterior, a Europa se esforça mas não consegue crescer, a China não evita de dar sinais claros de perda de potência em seu crescimento. Japão se consolida na estagnação e Trump ainda é uma incógnita econômica. Positivo é a alta credibilidade do Ministro Henrique Meirelles que, com enorme transparência, tem tratado de assuntos delicadíssimos, e o fato de o Congresso estar sob pressão de diversas acusações faz com que o ambiente de apoio às medidas que precisam ser tomadas tenham grande chance de aparecer na pauta e serem aprovadas
Em caso de sucesso das ações do Ministro e a crise política não traga muito estrago, poderemos esperar um 2018 muito além das expectativas.”
O diretor comercial da MAC Cargo diz, ainda, que o transporte rodoviário sempre será o serviço mais ativo dos produtos oferecidos pelos Operadores Logísticos, mas a armazenagem, com a retomada do nível de produção da indústria, e os Centros de Distribuição, que crescem com a necessidade de maior eficiência e redução de custos, são produtos muito interessantes que os Operadores Logísticos deverão mais oferecer ao mercado como um todo.
A Mac Logistic entra no seu 17º ano de operação no Brasil, sendo especializada em prover serviços no segmento industrial, onde gerencia toda a ordem de compra de insumos, peças de reposição e equipamentos de todos os tamanhos e pesos. Além disso, segue firme no propósito de investimento em tecnologia.
Por outro lado, a MAC USA, baseada em Miami, está se consolidando e deverá ser um ponto chave para a distribuição de diversas mercadorias vindas da Ásia com destino a América Latina.

Y LOGÍSTICA: investimento em parcerias regionais
A Y Logística do Brasil (Fone: 11 4191.5670) está investindo fortemente em parcerias regionais. “Neste caso, desenvolvemos parceiros que atuem dentro da nossa filosofia de trabalho, nosso ganho está na redução de custos de instalação local.”
A explicação é de Disney Rocha Santos Silva, CEO da empresa que, ao comentar as perspectivas para o segmento de Operadores Logísticos neste ano de 2017, as considera boas, apesar da crise que assola o país. “Estamos buscando desenvolver soluções criativas junto aos nossos clientes para otimização dos custos, inclusive com sinergias com outros clientes quando possível!”
Silva também comenta que a crise gera incerteza e insegurança, fatores negativos principalmente quando falamos de empresas multinacionais que não estão acostumadas com este cenário muito instável. “Pelo lado positivo, temos a força do empresariado brasileiro em vencer as crises e buscar oportunidades de negócios do nosso pais! Acreditamos que mesmo na crise somos um país emergente com grandes oportunidades de negócios com rentabilidades diferenciadas.”
Ainda para o CEO da Y Logística do Brasil, entre os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos está a indústria, pois ele acredita que o comércio reduzirá cada vez mais o investimentos em estoques e parques logísticos, exigindo que a indústria se mobilize e tenha pontos de apoios para atendimento imediato!

SIGMA: acreditando no crescimento, principalmente nas exportações
A Sigma Logistic Solutions (Fone: 13 3500.2370) continua acreditando no crescimento, principalmente nas exportações que, mesmo com a crise, vem aumentando.
“Positivamente, uma possível reforma trabalhista que já está sendo estudada e o retorno do crescimento econômico das indústrias podem influir no desempenho do segmento em 2017. Negativamente, o aumento do valor dos pedágios, do combustível e a nossa política incerta”, comenta Samara Voss Tavares, diretora de marketing da empresa.
Ela também lembra que o setor que está em crescimento no Brasil é o agro, mas acredita que, com o aquecimento da economia, aos poucos, os demais setores podem ter um pequeno crescimento, incrementando o uso dos serviços oferecidos pelos OLs.
A Sigma foi na contramão do mercado, preocupado com a crise, investindo no ano de 2016 na ampliação da sua infraestrutura, com a abertura de uma filial no Estado do Paraná e a aquisição de veículos e equipamentos que compõem a sua frota. Planos de expansão também fazem parte no ano de 2017, como o aumento da capacidade da sua frota.

QUALITY LOGÍSTICA: perspectivas cautelosas
O CSO (Chief Salles Office) da Quality Logística (Fone: 11 4583.4800) diz que as perspectivas de retomada da economia no país ainda são cautelosas, mas a empresa não vê este cenário como obstáculo para que o segmento de soluções logísticas deixe de acreditar no mercado. “É cada vez maior a demanda das empresas por prestadores de serviços que ofereçam processos de gestão integrados e redução de custos. Neste sentido, acreditamos que os desafios para os Operadores Logísticos seja investir em tecnologias que permitam complementar o escopo de suas ofertas, a fim de atender a demanda destas empresas”, diz Anderson Moreira. O CSO também avalia que a falta de investimento do governo nos modais de transporte é o principal entrave para o crescimento da logística brasileira. Hoje, o segmento depende 60% da malha rodoviária, mas portos e aeroportos também apresentam gargalos. A burocratização e a legislação tributária também influenciam negativamente para o crescimento do setor. “Independente de questões políticas ou econômicas, provavelmente, teremos avanços tecnológicos que, se bem usados, poderão possibilitar melhorias aos processos logísticos. Entretanto, é importante que os profissionais estejam atentos às reais necessidades do negócio, tomando cuidado com os modismos”, avalia Moreira.
Ele ainda acredita que os segmentos de agropecuária, e-commerce e farma/cosméticos são os que mais terão destaque neste ano. A expansão do agronegócio tem sido marcante na sociedade brasileira, caracterizando-se por cadeias produtivas cada vez mais integradas e pelo uso intensivo de capital nos diversos segmentos que o compõe. Dessa forma, a agricultura, pensada como agronegócio, envolve os processos de produção agropecuária, logística e comercialização, além da agroindústria e dos serviços agroindustriais, ampliando assim, seus efeitos multiplicadores na representatividade cada vez maior na economia brasileira.
Para o e-commerce, ainda segundo o CSO da Quality Logística, os desafios esbarram no tempo: muito diferente do tradicional, a logística de uma loja virtual requer precisão, velocidade, baixo tempo de resposta e um serviço de pós-venda de alto nível. “Estamos aqui falando em prazos de 24 horas para ser capaz de receber, gerenciar o estoque em tempo real e sua reposição, tudo em um tempo curto, de cerca de 24 horas.”
A área de produtos farmacêuticos, assim como de cosméticos, cresce anualmente, em torno de 2 dígitos, e isso traz desafios para o segmento de logística, principalmente na área de estoque, abastecimento e tempo de entrega. “Cada vez mais mulheres e homens preocupam-se com a beleza, o que deve manter aquecida essa indústria e, consequentemente, os serviços logísticos de distribuição, gestão e abastecimento voltados ao setor”, finaliza Moreira.
Presente nos principais segmentos da economia, o Grupo Quality vem se consolidando na prestação de serviços em logística para o segmento de cosméticos. Atualmente, atende dois grandes players mundiais que atuam em todo o território nacional em duas operações em Jundiaí, SP, e uma em São Luiz do Maranhão. Em uma das operações, o cliente tem, aproximadamente, 17.000 clientes espalhados por todo o país. A Quality trabalha dentro da operação do cliente, cujo dia a dia consiste em receber os produtos que são produzidos nos Estados Unidos, nacionalizá-los, armazenar e separar os pedidos: o trabalho termina no carregamento dos veículos.
Por outro lado, o Grupo Quality, formado pela Quality Logística, Quality Armazenagem e Quality Facilities, concluiu 2016 atingindo todas as metas de treinamentos operacionais, de qualidade e de segurança, em suas mais de 50 operações. “Para competir em um mercado cada vez mais concorrido, nós precisamos ter o melhor desempenho possível no Grupo. Esta preocupação fez com que estabelecêssemos a meta de 4% de horas trabalhadas em treinamento para todos os colaboradores”, destaca Moreira. Para 207, a meta de treinamentos foi estipulada em 5%, ou seja, de 100% das horas trabalhadas no grupo, 5% serão dedicadas ao treinamento e desenvolvimento do seu capital humano.

CONFIANCE LOG: perspectivas de achatamento ainda maior das margens
Fugindo do otimismo de seus colegas, Rosemary Panossian, sócia/diretora da Confiance Log – Armazenagem, Logística e Transporte (Fone: 11 2296.9433), acredita que neste ano haverá um achatamento ainda maior de margens, pela impossibilidade de reajustar preços em uma economia em recessão.
E ela divide os fatores que podem influenciar o segmento em 2017 em positivo – “uma reação na economia, com a aprovação das reformas em andamento – e negativo – “a não aprovação das reformas e agravamento da instabilidade política”.
Rosemary também se refere aos setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos. “Em minha opinião, o setor de alimentos, tanto na agricultura, que está em uma fase boa, como na distribuição da indústria, por ser o setor que menos sofre impacto com a recessão.”
A Confiance Log é especialista em armazenagem e distribuição de alimentos resfriados e congelados, tendo como foco principal as redes de supermercados. Atua desde a administração de seus estoques, controle de qualidade, administração de pedidos, entregas e logística reversa.

GRUPO TPC: Transporte de suprimento, de distribuição e de transferência são os que mais terceirizam
“Segundo a última pesquisa do Instituto ILOS, os setores que mais terceirizam serviços logísticos são transporte de suprimento, transporte de distribuição e transporte de transferência. São atividades menos sofisticadas, demandando um grau de especialização e tecnologia menor que as demais atividades logísticas.”
A avaliação é de Luís Eduardo Chamadoiro, vice-presidente de Logística Geral do Grupo TPC (Fone: 11 3572.1700), para quem, os Operadores Logísticos, cujos fatores de crescimento estão intimamente ligados ao crescimento dos seus clientes, como os segmentos da indústria, varejo, agropecuária, etc., dependem de uma retomada da economia brasileira. “A retração do mercado foi muito grande nos últimos dois anos e parece que, se alguma retomada aparece no radar do futuro, se dará de maneira tímida e lenta. Deste modo, os Operadores Logísticos, como toda a sociedade de uma maneira geral, se coloca numa posição de muita cautela, aguardando os sinais positivos acontecerem para poder retornar à rota de crescimento.”
Ainda segundo Chamadoiro, a retomada (ou não) da economia brasileira, aliada à instabilidade política atual do país, são os dois principais fatores que podem influenciar positiva ou negativamente o segmento em 2017.
Em um ano desafiador como 2016, o Grupo TPC registrou resultados positivos e apresentou crescimento de 6% em relação ao ano anterior, alcançando um faturamento de R$ 382 milhões, além de apresentar melhoria na qualidade dos seus resultados financeiros.
Para Leonardo Barros, presidente do grupo baiano, os bons resultados foram impulsionados por novos negócios fechados, investimentos estratégicos em tecnologia e rigoroso controle de custos. O grupo implantou o Programa de Integridade, nome dado para a área de compliance, e também aumentou a operação em clientes como América Móvil, TIM, Nextel e Mary Kay; além de conquistar a conta do Groupe SEB.
O Grupo TPC projeta um crescimento de 11% em relação a 2016.

DHL GLOBAL FORWARDING: setores exportador e de commodities têm muito potencial
Cindy Haring, CEO da DHL Global Forwarding (Fone: 11 5042.5500), acredita que, embora ainda apresente muitos desafios, 2017 será um ano em que a economia brasileira de forma geral irá começar a reagir, tendo reflexos positivos no segmento de Operadores Logísticos. Isso porque algumas empresas começam a “desengavetar” projetos, o Governo Federal tem anunciado algumas concessões e investimentos pontuais em infraestrutura e o consumidor, menos endividado, começa lentamente a recuperar sua confiança, o que tende a refletir nas vendas e nos volumes transportados. “De qualquer maneira, entendemos também que a demanda por maior eficiência nas cadeias logísticas irá se manter, abrindo oportunidades para os Operadores mais estratégicos.”
Haring também salienta que, além dos fatores macroeconômicos, o avanço das exportações – que iniciaram o ano em um bom ritmo –, a safra potencial e a recuperação global dos preços das commodities podem ter um impacto muito positivo no segmento. A queda na inflação, o maior controle fiscal e as prometidas reformas na esfera federal também são fatores positivos.
Sobre os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos, o CEO da DHL Global Forwarding revela que o exportador e de commodities têm muito potencial, mas os associados ao consumo de forma geral também podem surpreender mais no fim do ano, com um consumidor um pouco mais empoderado. “Possuímos, no Brasil, cinco centros de competência especializados – Commodities Agrícolas, Óleo & Gás, Indústria Farmacêutica, Tecnologia e Automotivo –, áreas nas quais identificamos boas oportunidades.
Serviços – Em termos de serviços, a DHL Global Forwarding incrementou sua oferta com novidades nos modais marítimo, aéreo e multimodal.
No primeiro modal, oferece o Ocean Connect LCL Premium para o transporte marítimo de carga fracionada (LCL). Nele, caso a carga não possa ser enviada na semana prevista – e sob exclusiva responsabilidade do operador – a DHL irá cobrir os custos do frete aéreo (de aeroporto a aeroporto).
A empresa também está lançando o serviço de balsas oceânicas, indicadas para cargas ultrapesadas ou com grandes dimensões, mas que ainda são pouco utilizadas no Brasil. Elas podem aportar em quase qualquer porto do país.
Para o transporte aéreo, foi lançado recentemente o DHL SameDay Speedline, solução para embarques de emergência. Todos os embarques são proativamente monitorados da origem até o destino, com benefícios como coleta e entrega 24 horas por dia, em até 120 minutos, durante os 365 dias do ano; e cotações preparadas em até 60 minutos.
“Em termos de tecnologia, estamos trabalhando com duas novidades: a utilização da solução DHL Thermonet, que monitora em tempo real as condições ambientais da carga – temperatura, umidade, luminosidade e até choques; e o Carbon Calculator, ferramenta online que mede de forma consistente a emissão de gases que provocam o efeito estufa ao longo da cadeia de suprimentos, o que permite uma gestão ativa deste tema”, conclui Haring.

CARVALHÃO: segmentos de grande consumo são os que mais movimentam os Operadores
Vivemos um momento em que as grandes empresas têm que ter foco grande em suas operações e atendimento comercial. Então, um Operador Logístico pode ser um grande facilitador, ao diminuir os recursos – custos financeiros e humanos – necessários para se engajarem numa operação própria.
Ainda de acordo com Miriam Carvalho, diretora comercial da Carvalhão/Karga Rio Armazéns Gerais (Fone: 21 2775.1712), um Operador tem ganhos de escala, foco na execução logística e, principalmente, flexibilidade operacional para acompanhar os diferentes momentos e sazonalidades na operação do cliente – isto se traduz em eficiência e melhores custos. “Após um encolhimento das operações, com muitos clientes internalizando as operações, a previsão e expectativa agora é de retomada das operações via Operadores.”
Miriam também aponta os fatores que podem influenciar, negativa ou positivamente, o segmento em 2017: taxas de juros, política econômica, aperto ao crédito são as influências de sempre. “O Brasil está sendo passado a limpo, precisamos passar confiança e a segurança jurídica, talvez seja o fator mais relevante e impactante na decisão das empresas investirem em negócios no Brasil e com isto voltarmos a acontecer. O segmento de Operadores Logísticos é diretamente impactado pelo ambiente externo, é o fluxo de mercadorias.”
A diretora comercial da Carvalhão também diz que os segmentos de grande consumo são os que mais movimentam os Operadores, por todas as facilidades já expostas, além da grande flexibilidade operacional e favorecimento da capilaridade destas operações. Outros segmentos que também usam bastante os serviços dos OLs são os altamente especializados, como o químico e farmacêutico, por suas exigências legais, em que o Operador mais qualificado cuida de todos estes detalhes. E os que exigem ativos diversificados, como as operações relacionadas a petróleo e gás e cargas contêinerizadas.
Além das operações logísticas de cargas convencionais em paletes e caixas, a infraestrutura em movimentação com guindastes, remoção e transportes da Carvalhão tem sido um grande diferencial. “Somos Armazéns Gerais há 30 anos, e estamos há 20 fazendo operações logísticas. Hoje dispomos de 30.000 m² de armazéns fechados, fora a área de pátio”, completa Miriam.
SULISTA: crescimento da empresa previsto para 2017 será da ordem de 10%
“O crescimento da empresa previsto para 2017 será da ordem de 10%. O foco será a conquista de novos clientes. O segmento automotivo e metalmecânico ainda são os ‘carros chefes’. Novos mercados, como madeireiro, linha branca e embalagens, fazem parte de nosso projeto de expansão”, comenta Josana Teruchkin, diretora executiva da Transportadora Sulista (Fone: 41 3371 .8200).
Ela também salienta que a Sulista vem ampliando seus negócios com um crescimento de 5% em 2016.
Agora fazendo uma análise do mercado, Josana diz que, após um ano de 2016 muito difícil para o país, com grande recessão, crise política, queda na produtividade da indústria e alto nível de desemprego, para 2017, apesar das muitas incertezas, acreditam em uma lenta retomada, com boas perspectivas para as empresas que, durante a crise, fizeram a lição de casa.
“Durante a crise, muitos concorrentes ficaram pelo caminho, não conseguiram honrar seus contratos, pagar fornecedores. O cliente está mais seletivo na hora de escolher um parceiro logístico. Com essa depuração, as empresas que se mantiveram saudáveis, revisaram seus processos internos, seus custos, cuidaram de sua saúde financeira, terão boas oportunidades em 2017.”
A diretora executiva da Transportadora Sulista diz, também, que com uma economia mais estável, inflação controlada e previsão de redução das taxas de juros, acreditam que a indústria comece a reagir, consequentemente a demanda por serviços será maior. “Como fatores negativos que podem afetar o desempenho do setor, temos a política do país e os fatores externos mundiais que podem impactar diretamente nas atividades do setor.”
Josana finaliza dizendo que a indústria é o principal setor que utiliza o Operador Logístico. “Em períodos de crise, como o que estamos vivendo, a busca por alternativas que gerem melhor otimização de recursos, maior produtividade e consequente redução de custos faz com que as empresas busquem essas soluções em suas operações. Os Operadores Logísticos possuem expertise para ‘fazer a diferença’ nestes projetos propondo mudanças, com ganhos significativos para seus clientes.

TA: recuperação no segundo semestre
“Acreditamos em pequena recuperação para o 2º semestre, propiciando um giro maior nos estoques, porém sem grandes novas demandas.”
A avaliação é de Omar de Souza Passos, diretor de logística da TA (Fone: 19 2108.9000), para quem a demora na aprovação dos projetos no Congresso e a crise política são os principais fatores com influência negativa. De outra parte, medidas para incentivar investimentos e elevar grau de confiança são os aspectos positivos.
Finalizando, Passos relaciona os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos: farmacêutico, automotivo e tecnologia.

UPS: foco nos setores de indústria manufatureira, de saúde e tecnologia
“Embora nós tenhamos enfrentado condições macroeconômicas incertas, continuamos a investir no crescimento lucrativo. As expectativas são muito promissoras. Como anunciamos em fevereiro deste ano, no 4º trimestre de 2016, as remessas diárias médias da UPS aumentaram 5%; o segmento internacional produziu forte crescimento de volume em todos os principais produtos e a receita aumentou 2,6% em relação ao 4º trimestre de 2015, para US$2,7 bilhões.”
Katia Tavares, gerente de marketing da UPS do Brasil (Fone: 11 5694.6600), continua, explicando que o Brasil atravessa uma fase de retomada da confiança nos negócios, com alguns indicadores da indústria demonstrando recuperação, além da expectativa de crescimento das exportações em 2017 com possibilidade de termos o melhor resultado dos últimos três anos. “Mesmo assim, as empresas ainda operam com cautela e investimento reduzido, para gerar maior eficiência nas suas operações. E neste cenário é que Operador Logístico, como a UPS, pode auxiliar essas empresas a reduzir custos.”
Katia comenta, ainda, que a UPS tem focado no setor de indústria manufatureira e seus subssegmentos, como têxtil, calçados, máquinas e equipamentos. e no setor de saúde (ingredientes e insumos, equipamentos médicos e hospitalares) e tecnologia.
A empresa expandiu a operação especializada no segmento de saúde com a inauguração de um novo Centro de Armazenamento e Distribuição em Cajamar, SP, que também atende à área de tecnologia. Esses são duas verticais importantes para a operação da UPS no Brasil, além da manufatura.
“Os investimentos em infraestrutura ampliam as perspectivas de crescimento para o setor nos próximos anos. Além disso, para o setor, a diminuição do dólar apresenta uma oportunidade para as empresas que investem em importação”, finaliza a gerente de marketing.

ABOL: embarcadores e Operadores Logísticos têm chances e espaço para desenvolverem ações convergentes
Nos dois últimos anos, com o encolhimento de 7,4% da economia, quando mais de 12 milhões de brasileiros em idade economicamente ativa foram expulsos do mercado de trabalho, vimos a maioria dos segmentos, de alguma forma, serem atingidos, isso porque a economia é uma engrenagem integrada. Há, contudo, setores mais afetados, como o caso dos transportes stricto sensu, e outros que sofreram menos, e até cresceram nesse período, como a indústria de fármacos, cosméticos, alimentos e a indústria da tecnologia e inovação.
“Nos últimos anos, continua Carlos Cesar Meireles Vieira Filho, diretor executivo/CEO da ABOL – Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Fone: 11 3586.6373), os prestadores de serviços logísticos, como é o caso dos Operadores Logísticos, investiram em programas que visam maximizar eficiência de escopo amplo e na revisão das estruturas funcionais, buscando rever contratos, além de terem focado suas ações no aporte de novas tecnologias, inovação nas operações, capacitando mais e melhor os seus recursos humanos para fazerem e entregarem cada vez mais, com menos recursos. O exercício do trade-off potencializou-se dentro das empresas, exercitando ao máximo a racionalização dos recursos.”
Em paralelo a tudo isso – ainda segundo Meireles – houve o desenvolvimento de ações de compartilhamento operacional, buscando identificar sinergias viáveis, quer seja em operações do grupo, mas também com parceiros do setor. Durante os últimos dois anos, redobrou-se ainda o esforço para compreender mais e melhor quais são os problemas dos clientes tomadores dos serviços logísticos (embarcadores), fazendo com que essas ações tornassem um grande diferencial na relação de tomador e prestador de serviços. “Para cada situação, um entendimento específico, pois a solução é diferente de empresa a empresa, de operação a operação, de problema a problema e isso passa por muitas variáveis, não só aquelas de natureza operacional, como pelo entendimento dos modelos tributários, fiscais, trabalhistas e sindicais. É o que vemos expandindo-se com soluções demand driven! A dedicação maior ao planejamento, portanto, reduz o tempo na execução e, em decorrência, com a redução de tempo e a melhoria na qualidade da entrega, o benefício vai diretamente para o bottom line do orçamento em forma de melhores resultados. Dessa forma, o ano de 2017 será o campo de colheita desses investimentos e da mudança de posicionamento das partes. A busca de maiores simetrias entre tomadores dos serviços logísticos (embarcadores) e Operadores Logísticos já é lugar comum no exercício do ano corrente. Os resultados serão colhidos por todos, e essa é a grande mudança de comportamento norteadora de novas relações contratuais”, completa o CEO da ABOL.
Sobre os fatores que podem influenciar, negativa ou positivamente, o setor em 2017, Meireles diz que, mais uma vez estamos diante de um quadro político delicado. “Se antes tínhamos as incertezas da iminência do processo de impeachment, hoje temos a avalanche de delações que estão paralisando o Congresso Nacional. Mas que fique claro a imperativa necessidade de se passar o Brasil a limpo, e que a ABOL apoia todas essas iniciativas desde o instante zero, dado que somente assim poderemos ter um país efetivamente do futuro. Mas a pergunta demanda resposta direta e, sem ambiente político favorável, as reformas necessárias não prosperam. Para avançarmos na logística, faz-se mister que haja regras claras, que os marcos regulatórios sejam revistos e aplicados de modo transparente e de acordo com as demandas do mercado. Sem regras claras, contudo, não há investimentos e, sem investimentos, o impacto é direto no custo logístico do país. Ainda vivemos num país eminentemente rodoviarista, com baixíssima ou quase nenhuma integração intermodal. Note que não falei em multimodalidade, pois isso requer ainda maior integração. Por mais que seja um realista esperançoso, os fatos me põe cético quanto à integração modal no país em larga escala em curto espaço de tempo. Para que isso possa ocorrer, há de se ter planos e ações de estado, e não de governo! Esse tema, inserido em políticas estratégicas de longo prazo, definiriam marcos regulatórios claros, atrativos, propiciando investimentos no setor. Como vimos, sem termos regras claras, são pífios os investimentos em infraestrutura logística no país e, o pouco que investimos, o fazemos muito mal. Investimentos estratégicos em infraestrutura logística contribuem, inexoravelmente, para o desenvolvimento da logística multimodal de um país. Temos ricos exemplos nos países vizinhos, como Colombia, Peru, Chile e até o Paraguai, que vêm investindo mais de 3,5% do PIB em infraestrutura logística, enquanto nós, um país de extensão continental, investimos meros 0,8% do PIB em infraestrutura de transportes, portos, aeroportos etc. Para estruturarmos o país sob uma plataforma integrada que pudesse abrigar um sistema multimodal de transportes funcional e eficiente, seria necessário investirmos 3% do PIB em infraestrutura logística nos próximos 10 anos (cerca de R$1,7 trilhão). Não há dúvida que o retorno dessa política reverter-se-ia em desenvolvimento econômico. No campo alvissareiro, podemos citar as ações da equipe econômica que está nos levando ao controle inflacionário, permitindo-nos chegar ao centro da meta neste ano de 2017, com juros na casa de um dígito. Isso tudo, aliado a uma política cambial mais madura, nos trará melhor contexto de previsibilidade.”
Meireles finaliza referindo-se aos setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos.
Com um PIB morno, diz ele, ainda gradiente de zero para 2017, as empresas embarcadoras precisarão maximizar seus resultados buscando mais eficiência, maior controle de custos operacionais, com melhor gestão dos seus estoques. “No Brasil ainda terceirizamos com bastante ênfase o transporte, com mais de 90% das atividades logísticas. Ainda temos, todavia, um caminho largo a expandir, como é o caso da atividade de armazenagem, com cerca de 30%, gestão integrada, com 12%, e gestão de estoque atingindo modestíssimos 5%. Vejam que há ai um campo vasto para por em prática os avanços abordados no início da entrevista. Embarcadores e Operadores Logísticos têm chances e espaço para desenvolver ações convergentes que tragam resultados positivos aos seus processos operacionais. Nessa linha de raciocínio, entendemos que todas as cadeias produtivas podem se beneficiar desse legado. Com custos logísticos ainda em elevação, na casa dos 12,5%, o meio produtivo no Brasil precisa efetivamente rever suas práticas operacionais. Terceirizar a atividade logística não é mais uma questão experimental, e sim de competitividade e até de sobrevivência. Os Operadores Logísticos no mundo, segundo o Third Party Logistics Study, reduzem os custos logísticos em mais de 15%, o que significa resultado direto no caixa! As cadeias produtivas de mercadorias demandantes de maior controle operacional, produtos mais sofisticados e de maior valor agregado, por vital que é a gestão do estoque, continuarão ampliando seus contratos com os Operadores Logísticos em curva exponencial, mesmo por que a grande parte já venceu as resistências de experimentação tendo comprovado os efetivos savings e as muitas vantagens de se utilizar um Operador Logístico como maximizador de eficiência, redutor de custo e risco em toda a cadeia de valor”, completa o CEO da ABOL.

TGA LOGÍSTICA: investimentos para crescer
A aquisição de quase R$ 3 milhões em novos equipamentos – frota e empilhadeiras –, de um novo Centro de Distribuição em Barueri, SP, de uma nova força operacional e de vendas e de novos e importantes clientes culminou em uma reestruturação organizacional, em 2016, que transformou a TGA Logística Transportes Nacionais e Internacionais (Fone: 11 3464.8181) em Grupo TGA.
Sob o guarda-chuva do Grupo TGA operam agora as unidades TGA Transportes (transporte nacional, carga de projeto e cabotagem), a TGA Logística (armazenagem, cross-docking, distribuição e logística promocional) e a Expresso TGA (transporte internacional). Além de mais organização, a criação da holding trouxe mais agilidade e foco nas operações, criando espaço para um dos objetivos principais da operadora logística em 2017: a geração de novos negócios. Para isto, novos investimentos estão sendo feitos para dar aos clientes – existentes e aos novos – a estrutura exigida pelas novas atividades de logística. Entre eles, a automatização do Centro de Distribuição de Osasco, SP, e a implantação de um moderno sistema de endereçamento dinâmico – também chamado de endereçamento aleatório ou randomizado – que permitirá, entre outros benefícios, a otimização do tempo de preparação e despacho da carga, para embarque ou distribuição. “Nele, cada SKU será armazenado segundo critérios pré-definidos e controlados por um aplicativo customizado de controle de armazém. Neste processo, os operadores escaneiam cada item com os leitores de códigos de barra. Ao registrar um pedido, os computadores identificam onde determinado item está localizado e traçam a rota mais rápida para o funcionário chegar até ele em tempo hábil para preparar a entrega”, complementa Adilson Gomes dos Santos, CEO do Grupo TGA.

FRIOVALE LOGÍSTICA: primeiro semestre desafiador
Por sua vez, o diretor de logística da Friovale Logística (Fone: 17 3279.8396), Adauto Franco, diz que, de acordo com os seus atuais clientes, o primeiro semestre deste ano será desafiador, esperando um crescimento melhor da economia. Para o segundo semestre deve haver uma aceleração do crescimento, que resultará em melhor benefício ao segmento logístico.
“O custo do dinheiro, ou o financiamento, está muito acima da expectativa, portanto, com a retração dos investimentos é possível uma retração na lucratividade e consequências sérias na rentabilidade da empresa”, alardeia Franco.
Ele também comenta que grandes embarcadores estão se preparando no quesito logístico, buscando financiamentos e eliminando despesas. “Infelizmente, o Operador Logístico é encarado como despesa, e não como investimento, portanto os pequenos clientes poderão preencher esse espaço. Os setores que mais deverão usar os serviços dos OLs serão: alimentício, serviços em geral, food service e cosmético”, completa o diretor de logística.

2 ALIANÇAS: safra agrícola deverá favorecer a cadeia logística no setor do agronegócio
Também na visão da 2 Alianças Armazéns Gerais (Fone: 21 2139.9316), de forma geral, as perspectivas para 2017 são de melhora em relação a 2016, acompanhando o crescimento do PIB a partir do 2º semestre. “As empresas que fizeram o dever de casa em 2016, adequando a estrutura de custos à receita, se livrando de operações e ativos não rentáveis e devolvendo aos locadores milhares de metros quadrados de áreas de armazenagem desocupadas, começam o ano de 2017 com mais chance de aproveitar de forma sustentável o eventual crescimento”, aponta Flavio Fassini, Head Estratégia e Novos Negócios da empresa.
Ele também acredita que a safra agrícola deverá favorecer a cadeia logística no setor do agronegócio. Assim como a recuperação nos preços das commodities para exportação. “Por outro lado – continua Fassini –, o aumento previsto das tarifas de energia elétrica, taxa de juros ainda elevadas e a falta de investimentos mais expressivos em produtividade continuarão a pressionar as margens dos Operadores. A reforma trabalhista que tramita no Congresso Nacional, flexibilizando o trabalho temporário, poderá impactar positivamente o setor, que é intensivo em mão de obra e afetado por variações repentinas de demanda pelos serviços.”
O executivo da 2 Alianças também relaciona os setores que mais deverão usar os serviços oferecidos pelos Operadores Logísticos: tradicionalmente – diz Fassini – o setor de alimentos é um dos principais. A safra agrícola deverá favorecer a cadeia logística no setor do agronegócio. O setor de e-commerce continua a crescer apesar da crise, movimentando os serviços de armazenagem, transporte e tecnologia da informação.
Com relação a 2 Alianças, ela integra-se à cadeia de suprimentos de seus clientes como um parceiro estratégico para logística de armazenagem e distribuição, com atuação especializada na indústria farmacêutica e correlatos, healthcare, redes de franquias e alimentos. “Ganhamos, no final de 2016, a licitação do Governo Federal para ‘Farmácia Popular’ do Brasil. Neste programa gerimos o estoque e entregamos medicamentos nas cidades mais distantes no interior, aonde as grandes redes de drogarias não chegam. Em 2017, firmamos parcerias com duas empresas de atuação internacional para ofertar serviços de despacho aduaneiro e freight fowarding a partir das bases na Europa e nos Estados Unidos. Expandimos, a partir de nossa filial em São Paulo, a logística de armazenagem e distribuição da rede de franquias de produtos naturais ‘Mundo Verde’, assegurando um crescimento de 50% de share of wallet dos produtos nas lojas franqueadas. Iniciamos o serviço de suprimento emergencial de material médico hospitalar a hospitais (24 horas x 7 dias), em até 4 horas, no Rio de Janeiro e São Paulo”, completa Fassini.

RV ÍMOLA: investindo no segmento hospitalar
Buscando conquistar clientes no segmento hospitalar, a RV Ímola (Fone: 11 2404.7070) vem investindo no aprimoramento tecnológico para otimizar a gestão de medicamentos nas unidades de saúde. Seu mais recente desenvolvimento é a ferramenta CLIF – Central Logística de Inteligência Farmacêutica, que tem rastreabilidade 100% eficaz para unitarização e entrega a beira leito, além de ser customizado de acordo com a necessidade do cliente/operação. A empresa montou uma grande reestruturação no último ano e projeta retomar o crescimento em 2017. A principal mudança foi com a revisão dos roteiros. Com o novo projeto, terá uma redução de cerca de 30% nos gastos operacionais. Para isso, houve fechamento de armazéns e diminuição dos veículos terceirizados. No entanto, os prazos de entrega se tornaram mais eficazes, com redução dos prazos de entrega em 24 horas, em alguns casos, revela Thiago Amaral, vice-presidente comercial da RV Ímola. Para este ano, está previsto: 28% de redução de custo operacional; fechamento de 100 armazéns; faturamento de 150 milhões; aumento da proporção de veículos próprios (de 40% em 2015 para 70% em 2017), gerando redução de 20% nos gastos com a frota. Por outro lado, RV Ímola possui câmara fria com processo refrigerado contínuo, sem variação de temperatura. Apenas em 2016, foi investido mais de R$ 1,5 milhão em manutenção e melhorias para o espaço, com capacidade para cerca de 2,5 mil portapaletes.