Terminais Portuários: atendimento completo a toda a cadeia de suprimentos

Mais do que simplesmente ficarem restritos à área marítima, os Terminais Portuários oferecem uma ampla gama de serviços, cobrindo toda a cadeia de suplementos. É o que pode ser constatado nesta matéria especial, bem como os investimentos e as tendências no segmento.

PORTO DE SANTOS e seus terminais portuários: perspectivas de aumento na movimentação em 6,3%
De acordo com as projeções feitas com base na atual conjuntura e informações fornecidas pelos terminais portuários, o Porto de Santos (Fone: 13 3202.6565) deve atingir uma movimentação em torno de 120,596 milhões t em 2017. Essa expectativa implicará em um aumento de 6,3% em relação ao resultado previsto para 2016. Para as exportações está projetado aumento de 8,2% (89,000 milhões t) e para as importações de 1,3% (31,596 milhões t). Os sólidos a granel (60,698 milhões t) devem apresentar desempenho 12,1% acima do verificado neste ano, os líquidos a granel (15,882 milhões t) de 1,2% e a carga geral (44,015 milhões t) de 0,9%.
“Esses números apontam para um novo recorde anual, suplantando o maior resultado anterior, obtido em 2015 (119,9 milhões t). Isso deve ocorrer, principalmente, por conta da previsão de uma nova marca histórica para a safra brasileira de grãos e um forte desempenho do açúcar. Além disso, espera-se um aumento na oferta de infraestrutura para a movimentação dessas cargas em Santos, com a entrada em operação dos novos berços do Tiplan e a viabilização de investimentos pelos terminais portuários”, diz José Alex Oliva, diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo – Codesp.
Para o segmento de contêineres há uma expectativa de recuperação diante do esperado aquecimento da atividade econômica no país. O Porto de Santos tende a se beneficiar, também, do aumento previsto para a safra de grãos 2016/2017. Após uma retração, em torno de 10,7%, na safra anterior, em virtude da queda de 21,2% na safra de milho, as estimativas apontam para uma safra de grãos em torno de 214,8 milhões t (aumento de até 15,3% ante a safra anterior), caracterizando-se como um novo recorde histórico para o país. Beneficiada pela elevação dos preços, pela demanda internacional ainda elevada e por condições climáticas mais favoráveis, a safra nacional de soja deve apresentar novo recorde, com crescimento médio estimado de 9,0% (totalizando 104,0 milhões t).
A perspectiva para o milho é de significativa recuperação, com crescimento médio da produção estimado em 25,7% (totalizando 83,8 milhões t). Para a Região Centro-Oeste, origem de, aproximadamente, 70% da soja e 94% do milho escoados através de Santos, a perspectiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a safra de grãos apresente crescimento em torno de 21%.
Para o açúcar é esperado um bom desempenho, tendo em vista a continuidade da trajetória de recuperação do preço dessa commodity nos mercados internacionais, em um cenário de oferta ainda insuficiente para atender a demanda.
As ótimas perspectivas para o agronegócio brasileiro favorecem também os desembarques de adubo, que tendem a continuar em sua trajetória de crescimento. Os graneis líquidos também tendem a apresentar desempenho positivo em relação a 2016.

Tendências – Sobre as tendências no segmento de Terminais Portuários, Oliva diz que, além dos investimentos públicos no Porto de Santos, os terminais portuários também investem maciçamente na transformação de suas instalações e no parque de equipamentos, incorporando novas tecnologias, que lhes permite atingir índices de produtividade cada vez maiores. Os leilões realizados em 2015 e aqueles a serem realizados pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA) permitirão incrementar, ainda mais, esse processo.
“Com relação aos investimentos públicos, a Codesp vem implantando infraestrutura para dar suporte ao funcionamento dos terminais. Destacam-se os serviços de dragagem, obras no sistema viário e construção e reforma de cais. Cabe destacar, também, os estudos para identificação do perfil de navios que frequentarão o Porto de Santos, visando futuras dragagens, contratado pela Codesp junto à Universidade de São Paulo – USP”, completa o diretor-presidente da Codesp.
E ele continua: com relação aos investimentos públicos no Porto de Santos, cabe mencionar a conclusão de mais uma etapa do realinhamento do cais de Outeirinhos, principal obra portuária de construção de cais no país. Trata-se de empreendimento de grande porte realizado com investimento do governo federal. A expectativa é que o complexo portuário santista seja contemplado para 2017 com pelo menos R$ 100 milhões na Lei Orçamentária Anual, garantindo a retomada dessa obra.
Quanto ao sistema viário, além do início da etapa entre o canal 4 e a Ponta da Praia da Avenida Perimetral Portuária de Santos, se tem, ainda, projetos em andamento em conjunto com os governos do Estado e municipal, que demandam contrapartidas necessárias a sua realização. “A Codesp está para firmar contrato com a Dersa para elaboração de projeto contemplando uma segunda entrada para o Porto de Santos, dentro do projeto de acesso à cidade”, avisa Oliva.
Os serviços de dragagem no Porto de Santos também demandaram ações decisivas da empresa para garantir a manutenção das profundidades nos berços de atracação e no canal de navegação. A Codesp vem dando continuidade aos serviços de dragagem, evitando o comprometimento no calado operacional de 13,20 metros, praticado no Porto de Santos, e profundidade de 15 metros. No último dia 07 de fevereiro, o MTPA assinou contrato com a empresa Van Oord para realização dos serviços de dragagem em Santos. A empresa terá 17 meses para conclusão dos serviços, divididos em seis meses para apresentação do projeto básico e 11 para execução. As obras e serviços de dragagem serão fundamentais para o aprimoramento do porto e devem gerar, de imediato, impacto positivo na cadeia logística. Estima-se que a cada centímetro de ganho de profundidade será ampliada a capacidade das embarcações em até oito contêineres – média de 100 toneladas.
Para dragagem de berços de atracação, a Codesp mantém contrato com a Dratec Engenharia. Dentro desse contrato está prevista a dragagem de 324.000 m­­³ de sedimentos, volume estimado para recompor as profundidades de projeto dos berços de atracação numa faixa de 40 metros a partir do alinhamento do cais.
Quanto à infraestrutura de cais, além da conclusão de mais 260 metros do novo cais de Outeirinhos, prosseguem os serviços para recuperação e reforço para aprofundamento dos berços entre os armazéns 12A e 23, para permitir a execução de dragagem para até 15 metros, viabilizando a ampliação da produtividade dos terminais localizados naquela área.
Outra ação destacada é a conclusão das obras de reforço parcial e recuperação de píeres, ponte de acesso e tubovias do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa. O terminal, que opera principalmente com gasolina, amônia, álcool, óleos e compostos químicos e é responsável pela maior parte da movimentação de granéis líquidos do Porto de Santos, passa atualmente por uma crescente demanda, daí a importância do empreendimento, também voltado para a necessidade de se garantir maior profundidade nos berços de atracação, aumentando a capacidade de escoamento das cargas e a segurança operacional.
Com relação ao sistema viário, uma das obras em andamento é a adequação da Avenida Mário Covas, conhecida como Avenida Portuária, e da Avenida Ismael Coelho de Souza, a chamada avenida interna, vias situadas entre o canal 4 e a Ponta da Praia, compõem ações para melhoria e modernização do sistema viário do Porto de Santos. A principal intervenção será a implantação de um conjunto de dois viadutos evitando conflito rodoferroviário, promovendo maior agilidade no tráfego dos terminais localizados na região, solucionando um significativo gargalo entre o tráfego de contêineres e de granéis vegetais.
O projeto contempla, ainda, a transferência das linhas férreas de acesso ao Corredor de Exportação de Granéis Sólidos de Origem Vegetal, que hoje passam no meio de terminais, se deslocando em direção à Avenida Mário Covas Júnior, ampliando os ramais ferroviários até a área do Corredor de Exportação de Granéis Vegetais e possibilitando o adensamento de áreas hoje não operacionalizadas. Serão implantadas quatro linhas férreas, em aporte à demanda de utilização do modal ferroviário.
Outra obra importante, recentemente concluída, foi a construção de duas pistas com mão dupla e total de quatro faixas de rolamento na região do Saboó. A grande vantagem dessa intervenção no viário é a implantação de acesso exclusivo ao trânsito de passagem, sem conflitar com o tráfego de veículos dedicados aos terminais daquela região.
A implantação desses novos trechos no viário do Porto de Santos compõem a chamada segunda fase das obras da avenida Perimetral da Margem Direita, abrangendo o trecho Macuco/Ponta da Praia e o trecho do Saboó/Alemoa. A Perimetral da Margem Direita já conta com extensão total de cerca de 6,0 quilômetros, desde a Praça Barão do Rio Branco, no Centro, até o canal 4, no Macuco. “Com os atuais empreendimentos, teremos as pistas de 3,1 quilômetros da avenida Mário Covas Júnior mais 400 metros de extensão de cada viaduto, 1,26 quilômetros do trecho da avenida interna entre a Capitania dos Portos e o armazém 33 do cais e 900 metros na região do Saboó, num total de mais 5,66 quilômetros, atingindo quase 12 quilômetros de um novo viário em Santos”, avalia o diretor-presidente da Codesp.
Além desses investimentos em infraestrutura, a Codesp vem incorporando novas tecnologias às operações do Porto de Santos, como o sistema Portolog, que permite o acompanhamento do trajeto dos caminhões que transportam cargas desde sua origem até a chegada ao complexo portuário santista. Essa nova tecnologia entrou em operação em 2016. O Portolog vai substituir o Sistema de Gerenciamento de Tráfego de Caminhões (SGTC) da Codesp, que fazia o agendamento, mas não acompanhava o percurso dos caminhões. Outra ferramenta de vital importância para o Porto de Santos é o Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (Vessel Traffic Management Information System – VTMIS). O VTMIS está sendo implantado para permitir o monitoramento das embarcações, desde sua chegada na área de fundeio, entrada e saída do complexo portuário. A perspectiva é que no final de 2017 já será possível o monitoramento das embarcações através de alguns radares.

BRASIL TERMINAL PORTUÁRIO: crescimento tímido em 2017
Cláudio Oliveira, diretor comercial do Brasil Terminal Portuário – BTP (Fone: 13 3229.4040), diz que, para 2017, é esperado que a economia comece a dar sinais de melhora, no entanto, ainda de forma tímida e não muito expressiva nos resultados. “Por isso exige dos terminais uma postura mais competitiva. E ser mais competitivo é entregar o melhor serviço, atendendo de forma efetiva as necessidades do mercado.”
Oliveira continua sua análise: “o ano de 2016 nos provou isso, quando conquistamos novos e importantes parceiros comerciais. A ampliação dos serviços personalizados envolvendo uma cadeia logística cada vez mais integrada e completa proporcionou um crescimento de 17% em relação a 2015, resultado bastante positivo se comparado com os números do setor no período”.
Em 2017, a BTP segue com os trabalhos de análise minuciosa de seus processos e procedimentos. Desta vez, com um foco ainda mais apurado em seus resultados operacionais. O terminal iniciou o ano testando novas estratégias de pátio para garantir a alta performance de todo seu fluxo logístico, promovendo um ambiente muito mais integrado e eficiente.
“Além do planejamento, investimos fortemente em nossa mão de obra, ampliando as horas de capacitação do time BTP em nosso centro de treinamento operacional, ainda único no Porto de Santos”, comenta, o diretor comercial do Terminal Portuário
Falando sobre os fatores, negativos ou positivos, que podem influenciar o desempenho dos Terminais Portuários em 2017, Oliveira destaca que os velhos conhecidos ‘problemas de acessos’ podem interromper uma possível retomada do setor para o ano. A falta de dragagem de manutenção e aprofundamento, por exemplo, podem comprometer seriamente as operações do Porto de Santos e torna-lo obsoleto face à evolução naval global, dos últimos tempos. A mudança radical na taxa de câmbio também pode prejudicar a exportação e a importação, dependendo da variação. Além da valorização ou desvalorização do Real.
Em contrapartida – continua Oliveira – aos desafios do poder público para solucionar de forma definitiva os entraves do Porto, os terminais têm apresentado cada vez mais infraestruturas de ponta e padrão internacional, com investimentos robustos em modernos equipamentos e estruturas de qualidade incontestável para garantir operações portuárias de alto nível.
“Como mencionado anteriormente, é esperado que a economia comece a dar sinais de melhora ainda de forma tímida e não muito expressiva nos resultados, mas isso já impacta no consumo interno e, também, na capacidade de produção industrial. Este cenário acaba refletindo diretamente na impulsão nas importações.”
O diretor comercial do BTP também aponta que existem algumas tendências do segmento que vêm se desenhando nos últimos anos. Com a desaceleração do transporte de cargas, como reflexo da crise, cresce a modalidade chamada de slot charter, quando armadores com baixo volume para transporte em uma determinada linha, optam por retirar suas embarcações deste serviço e passam a alugar espaço em outras embarcações – barateando suas operações –, ou se juntam em outros serviços, alocando apenas parte dos seus navios para, em conjunto, formarem uma aliança mais forte.
Outro acontecimento – ainda segundo Oliveira – é a venda de operações logísticas cada vez mais integradas, possibilitando que o cliente não tenha que intervir tantas vezes e contratar diversos prestadores de serviço para operação de suas cargas. Por exemplo, hoje os serviços completos entre descarga de navio e trânsito até local de entrega, mesmo que em outros estados, são oferecidos como pacotes personalizados para os clientes dos terminais.
“Serviços personalizados que contemplem na totalidade, quando não a maioria, as demandas dos clientes são, sem dúvida, o grande diferencial entre os terminais atualmente. Mesmo que uma empresa não preste determinado tipo de serviço, a mesma pode subcontratar outras, de forma a garantir a execução completa deste serviço personalizado”, explica o diretor comercial.
Investimentos – Finalizando, ele diz que o BTP é um terminal novo, que acaba de investir US$ 800 milhões – levando em conta remediação ambiental da área, compra de equipamentos de última geração, investimento em um dos mais modernos simuladores de operações – por isso não planeja investimentos robustos como expansão de área, por exemplo.

EMAP: parceria com Athenas para implementar TOS+ no Porto de Itaqui
A Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP (Fone: 98 3216,6000), gestora do Porto do Itaqui, fechou parceria com a Athenas Tecnologia em Logística para a utilização do TOS+, plataforma de automação portuária. Quarto maior porto de exportação de graneis do agronegócio, o Porto de Itaqui é composto por vários terminais, atua com os modais ferroviário, rodoviário, marítimo e cabotagem e opera com todos os tipos de carga – contêiner, granel sólido, granel líquido e carga geral. A previsão é que o TOS+ esteja em pleno funcionamento até o final de 2017.
“Analisamos várias propostas e o TOS+ conseguiu atender aos requisitos técnicos exigidos pela EMAP, considerando ainda questões de interfaces tecnológicas com base nas já existentes na empresa. Além disso, a plataforma permite termos o controle efetivo de todas as cargas, conforme os requisitos da Portaria 3.518 de 30/09/2011, da Receita Federal do Brasil”, afirma José Antonio Magalhães, diretor de Operações da EMAP. Com a adoção da nova plataforma, a expectativa é que o Porto de Itaqui tenha um ganho de produtividade em seus processos, refletindo nos resultados.
Magalhães acredita que o TOS+ vai permitir melhorar a gestão operacional dos indicadores, como volumes movimentados por navios, cálculos de produtividade, períodos de operação, controle de paradas e respectivas causas, taxas de ocupação de berços, tempo de navios em fila, entre outros. “Além disso, com a integração ao Eletronic Data Interchange (EDI), que padroniza a troca eletrônica de dados, vamos evitar digitação manual, reduzir o tempo de processamento de informações, diminuir horas extras da equipe, assegurar a confiabilidade dos relatórios gerados e permitir que os analistas se dediquem a efetuar análise críticas das informações”, detalha.
Segundo o diretor de Operações da EMAP, o Porto de Itaqui é um dos que mais cresceu no Brasil nos últimos dez anos. Além de uma gestão eficiente, o porto recebe principalmente o escoamento da produção do agronegócio do Centro-Oeste, atividade que vem impulsionando o crescimento de toda a região.

PORTO CENTRAL: no modelo de condomínio portuário
“O Porto Central é uma joint venture entre o Porto de Roterdã e a TPK Logística, cujo principal acionista é a Polimix, no desenvolvimento de um complexo industrial portuário de classe mundial águas profundas, que oferecerá os mesmos altos padrões de confiabilidade, eficiência e competitividade do Porto de Roterdã, o maior porto da Europa.”
A explicação é de Jessica Saúde Chan, Business Developer do Porto Central (Fone: 27 3200.3779).
Ela também informa que o porto está sendo desenvolvido no modelo de condomínio portuário, em que o Porto Central é responsável pela construção, manutenção e administração da infraestrutura portuária, terrestre e de utilidades, e arrenda áreas para os seus clientes para eles implantarem, construírem e operarem as suas respectivas indústrias e terminais. “Esse modelo reduz o investimento global e os custos operacionais para os nossos clientes.”
O porto será multipropósito, para atender diversas áreas de negócios, como a indústria de óleo & gás, energia, mineração, agronegócio, carga geral, contêineres, entre outros.
“O IBAMA, responsável pelo nosso licenciamento ambiental, já nos concedeu a Licença Prévia e ainda já recebermos a autorização da ANTAQ para assinarmos o Contrato de Adesão para início da obras. Aguardarmos receber em breve a nossa Licença de Instalação do IBAMA, que também autorizará o início das obras do porto previstas para 2018. Em paralelo, estamos trabalhando para concluirmos os acordos comerciais necessários para início da primeira fase do projeto”, finaliza Jessica.

SANTOS BRASIL: R$ 3 bilhões em investimentos
A Santos Brasil (Fone: 13 2102.9000) é prestadora de serviços portuários e logísticos completos, do Porto à Porta. Foi criada há 19 anos para operar o Tecon Santos, SP, maior terminal da América do Sul, e já investiu R$ 3 bilhões, calculados a valor presente, em aquisições, expansões, novos equipamentos, tecnologia e recursos humanos.
“A produtividade do Tecon Santos é a mais alta do Brasil. Em março de 2016, a companhia superou o recorde de produtividade mensal no Porto de Santos, com média de 116 MPH. Em abril de 2015, o Tecon Santos registrou a marca de 225,25 MPH na operação de um único navio. A empresa fechou o ano de 2016 com 41,6% de market-share no Porto de Santos”, comemora Wagner Tóffoli, diretor comercial de operações logísticas da Santos Brasil. Além do Tecon Santos, a companhia opera mais dois terminais de contêineres – Vila do Conde, PA, e Imbituba, SC, um terminal de carga geral (TCG Imbituba) e um terminal de veículos (TEV) no Porto de Santos. Conta também com uma operadora logística, a Santos Brasil Logística, que atua de forma integrada aos terminais, viabilizando o atendimento ao cliente em todas as etapas da cadeia logística do porto até o transporte e distribuição.
A integração ampla com os sistemas dos clientes inclui serviços Premium, como o Portal Financeiro (ferramenta online disponível por meio do site), que oferece facilidade aos despachantes, NVOCC´s (transportadora não proprietária de navio), agentes de carga e empresas de comércio exterior no acesso a faturas, boletos e notas fiscais eletrônicas (NF-e), cálculo on-line do valor final dos serviços do Tecon Santos ou das unidades logísticas da companhia na Baixada Santista, consulta a notas de serviços de entrega imediata e entrega postergada, assim como de desistência de embarque, ferrovia, ISPS, mafis (estrutura destinada à acomodação de carga geral), ordem de serviço, pesagem, posicionamento, reefer, remoção e transbordo, tornando a gestão do processo mais segura, eficiente e produtiva. “Outro diferencial é o sistema de atendimento One Face to Customer, no qual o cliente tem uma única interface na empresa, independente do serviço que está contratando. Esse modelo permite que a empresa preste um melhor atendimento e facilita a gestão pelo cliente dos serviços prestados”, completa Tóffoli.

SEPETIBA TECON: em busca de novos horizontes
Após dois anos consecutivos de recessão, a expectativa é que, em 2017, a economia brasileira inicie a estabilização e, assim, possamos alcançar algum nível de crescimento, uma vez que o segmento portuário acompanha a evolução do PIB e do comércio exterior.
“Neste cenário, o Sepetiba Tecon permanece em busca de novos horizontes. Apesar da capacidade ociosa em termos de terminais de contêiner no Sudeste, esperamos atrair novas linhas de navegação, aproveitando as vantagens estratégicas do nosso terminal, dentre eles os excelentes acessos terrestres e marítimos, atendimento a clientes e inovação na prestação de serviços. Esperamos, ainda, um crescimento elevado na atuação, como provedor de soluções logísticas para nossos clientes, especialmente usando as conexões logísticas via ferrovia/rodovia e a consolidação da nossa atuação no segmento de carga de oil & gas.” O depoimento, agora, é de Cesar Augusto Maas, diretor comercial do Sepetiba Tecon (Fone: 21 2688.9640).
Ele continua sua análise: “começamos o ano de 2017 com a expectativa de aumento nas transações comerciais, a partir do resultado positivo registrado em janeiro. A sequência desses resultados depende de variáveis econômicas e, também, dos acordos comerciais a serem estabelecidos pelo País. Por outro lado, é importante que os terminais estejam preparados para receber a possível intensificação do comércio, principalmente do ponto de vista de acessos, sejam eles marítimos ou terrestres. Outro desafio para os terminais é o aumento do nível de eficiência de suas operações, com a necessidade de investimentos cada vez mais robustos em sua infraestrutura e equipamentos”.
Sobre as tendências no segmento de Terminais Portuários, Maas salienta que, cada vez mais, os terminais portuários têm intensificado seus investimentos, não somente para aumento de capacidade com atendimento ao tamanho crescente dos navios, como também para adequação à necessidade de seus clientes. A tendência é de que os terminais não somente sejam competitivos do ponto de vista operacional, mas estejam integrados na cadeia logística, ofertando uma gama de serviços que agreguem valor para seus clientes, buscando a sustentabilidade institucional, ambiental e econômica de seus negócios. Além disso, pode haver uma consolidação no setor, seja pela aliança estratégica ou fusões e aquisições entre terminais, seja por aquisições realizadas por grandes operadores globais ou mesmo companhias de navegação, que buscam verticalizar suas operações.

Investimentos – Entre outros projetos, o terminal está concluindo a dragagem de manutenção da bacia de evolução do Porto, área de manobra e berços do terminal prevendo a profundidade para cota de -15,70 m, no valor de aproximadamente R$ 29 milhões. Outro investimento previsto é a aquisição de seis novos equipamentos de pátio denominados RTG (Rubber Tired Gantry), que trarão mais eficiência operacional para as atividades de retroárea, com valor aproximado de R$ 38,5 milhões. Para expansão do terminal, está prevista a adequação dos berços 302/303, que consistirá basicamente no prolongamento do cais existente em 260 metros através da execução do aterro de retroárea, acrescentando uma área aproximadamente de 58.000 m² no trecho final do berço 303, incluindo nesta expansão todas as utilidades necessárias para operação (elétrica/automação e tubulações), além de novos equipamentos. Este projeto encontra-se em estudo com avaliação de valores em desenvolvimento.