O Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), no Porto do Itaqui (São Luís, MA), registrou movimento recorde em abril, com o embarque de 11 navios para a exportação de 726,5 mil toneladas de grãos no mês. A informação é do Consórcio TEGRAM-Itaqui, formado pelas empresas Terminal Corredor Norte, Glencore Serviços, Corredor Logística e Infraestrutura e Amaggi & LDC Terminais Portuários e responsável pela gestão terminal, que cita ainda o embarque de 1,28 milhão de toneladas (soja e milho) no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.
Estes números positivos são anunciados logo após o TEGRAM completar dois anos de operação. De março de 2015, quando foi embarcado o primeiro navio, até abril deste ano, o terminal exportou o total de 7,07 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) em 124 navios, consolidando-se como alternativa logística de exportação da safra das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sobretudo dos Estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Goiás e Nordeste de Mato Grosso.
Para o agronegócio brasileiro, o TEGRAM tem alguns diferenciais importantes. Entre eles, destaque para o benefício de desafogar os portos das regiões Sudeste e Sul do País e para a localização estratégica, mais próxima dos principais mercados da Ásia e Europa, que contribui para reduzir custos logísticos e agilizar os processos. Estas vantagens competitivas tornam-se ainda mais relevantes à medida que o setor projeta para este ano uma safra recorde de grãos que, envolvendo todas as culturas, deve ser de 232 milhões de toneladas (aumento de 24,3% sobre o ano passado), devendo a colheita da soja chegar a 113 milhões de toneladas e a do milho atingir 92,8 milhões de toneladas, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ao início de maio.
Alta capacidade e eficiência
No TEGRAM, as empresas consorciadas investiram na construção de quatro armazéns com capacidade estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas por armazém) e na montagem de toda a infraestrutura necessária para operar um berço de atracação na primeira fase do projeto. Para isso, incorporou equipamentos de alta tecnologia, como um shiploader para carregamento de navios, com capacidade de embarque de 2,5 mil toneladas por hora, moegas rodoviárias com oito tombadores (dois em cada armazém), que permitem receber mais de 960 caminhões diariamente (totalizando 44 mil toneladas descarregadas a cada 24 horas), e a moega ferroviária, que descarrega 4 vagões de forma simultânea, a uma taxa de 2 mil toneladas de grãos por hora (composições de 80 vagões tipo HFT, com capacidade líquida de 100 toneladas de carga por vagão).
De acordo com o Consórcio, o projeto contempla ainda uma segunda fase, que permitirá dobrar a capacidade operacional, hoje superior a 5 milhões de toneladas de grãos ao ano, para volumes superiores a 10 milhões de toneladas / ano. Para isso, estão nos planos de investimentos do Consórcio a duplicação da linha de embarque para operar mais um berço de atracação, envolvendo a aquisição de um segundo shiploader, que permitirá uma taxa de embarque de 5 mil toneladas de grãos por hora distribuídas em dois berços, operando de forma simultânea, e a ativação da segunda linha da moega ferroviária, permitindo a descarga de oito vagões simultâneos a uma taxa de 4 mil toneladas por hora.