Mais de ¾ de todos os bens vendidos no mundo requerem alguma forma de packaging, ou seja, embalamento secundário. Foi então que a DHL Supply Chain (Fone: 19 3206.2200) viu a oportunidade de usar seu conhecimento em logística e gestão de operações para reduzir o custo total das empresas com essa atividade e inaugurou seu primeiro Centro Multicliente de Packaging.
Localizado em Guarulhos, SP, em uma área dedicada de 3.800 m² e com capacidade de até 2.500 posições-palete, possui capacidade para atender clientes de diferentes tamanhos – incluindo microempresas – e mercados. Inicialmente, são sete linhas de produção com capacidade para montar até 3 milhões de kits por mês, com flexibilidade para expansão no curto prazo.
Também conhecido como copacker, o embalamento secundário consiste na produção de uma embalagem suplementar de um produto, conjunto de produtos, com ou sem brindes, para fins promocionais ou de comunicação de forma geral. Segundo Maurício Almeida, diretor de operações da DHL Supply Chain Brasil, “o centro irá viabilizar a produção de kits de baixo e médio volumes a custos competitivos, através da captura de ganhos de escala com a combinação de diferentes clientes e segmentos, e com produtividade e eficiência no transporte e armazenagem”, conta Almeida.
Os kits também são uma espécie de fase intermediária de processos de produção mais complexos, como no caso da indústria automobilística, ou utilizados como estratégias de relacionamento, por exemplo, para organização e fácil distribuição de uniformes para colaboradores de empresas aéreas.
Segundo o diretor de operações, os segmentos mais representativos para packaging são automotivo e de life sciences & healthcare. E há grande expectativa para o mercado de tecnologia. Lilio Rocha Neto, gerente de operações de packaging, conta que o primeiro cliente, que começou a operar no início de junho, é da área farmacêutica, mas o serviço é para produtos pessoais, não medicamentos. Outros quatro estão em negociação.
Soluções
As soluções de packaging oferecidas pela empresa incluem displays para ponto de venda, paletes customizados, etiquetagem/nacionalização, montagem de kits, blisters, cartonagem, bagging, shrink, automatização de linha, retrabalho e clean rooms – para manipulação de produtos que exigem temperatura controlada, como remédios e chocolates. Destaque para o uso de etiquetadoras automáticas e semiautomáticas e de robôs colaborativos, em alguns casos, para manuseio de produtos.
A DHL faz questão de salientar que entrega soluções de ponta a ponta, ajudando, inclusive, no desenvolvimento da embalagem. Esse processo leva em conta fatores como material, sustentabilidade, custos e produtividade, entre outros. “O cliente pode nos enviar de forma digital as especificações do produto de qualquer lugar do mundo, ou passá-lo em um scanner 3D, e nós o imprimimos para a montagem da primeira prova”, explica Almeida. Com esses dados – e mais algumas especificações – são realizadas simulações de volumetria, peso, empilhamento e acondicionamento dos kits desenvolvidos em caixas mestre, paletes e caminhões com o suporte de um software especializado, que define a melhor configuração, gerando agilidade na operação.
Lilio conta que, devido a esse trabalho, um cliente chegou a reduzir em 15% o tamanho do cartucho, possibilitando um item a mais por caixa, obtendo ganhos de eficiência logística. “Isso diminuiu o tempo de picking e permitiu levar mais carga com o mesmo frete, ou seja, refletiu em toda a cadeia”, diz.