ID Logistics realiza workshop de inovação para apontar tendências e as melhores tecnologias para a logística

A filial brasileira do Grupo ID Logistics, operador multinacional logístico, realizou o evento Comitê de Inovação 2017 – Tecnologia e Tendências, na última semana no Icon Alphaville, em Barueri (SP), para apresentar o que de mais relevante está sendo ou será utilizado pela logística no Brasil. No workshop, para cerca de 80 pessoas, soluções tecnológicas e de inovação foram apresentadas por fornecedores nas áreas de supply chain, robótica, paletização, transporte, armazenagem e controladoria de supply chain, em toda a cadeia logística.

«Fiquei muito satisfeito com o resultado deste evento, as soluções tecnológicas apresentadas aqui demonstram que o Grupo ID Logistics está no caminho certo para o seu desenvolvimento, a inovação sempre esteve no DNA de nossa empresa, em todos os países», afirmou Jesus Hernandez, diretor-geral da filial brasileira da ID Logistics, ao final do evento.

O evento foi concebido pelo diretor comercial e marketing da ID Logistics Brasil, Rodrigo Bacelar, que reuniu algumas das principais soluções que estão em testes ou já em desenvolvimento para implantação gradativa nas operações da empresa no Brasil. «Procuramos mostrar aos nossos executivos as tecnologias já existentes ou em processo de criação para implementação. A ID Logistics sempre foi inovadora na prestação de serviços logísticos, para melhorar produtividade e eficiência nos controles das operações de nossos clientes. Quanto melhor e mais assertivos seremos nesta busca por soluções que agreguem valor, melhor será para toda a cadeia de armazenagem e distribuição dos produtos de nossos clientes, nos seus mais variados nichos de atuação», revela Bacelar.

Segundo ele, a seleção dos fornecedores convidados para apresentação foi feita de acordo com critérios de apresentação de diferentes soluções de modo a contemplar um maior número de opções, sem repetir temas.

O primeiro a se apresentar foi a Seal Sistemas, que opera no mercado de captura automática de dados e computação móvel para a cadeia de suprimentos. Wagner Bernardes, CEO da Seal mostrou que a empresa é pioneira no fornecimento de soluções RFID (identificação por rádio frequência) e etiquetas eletrônicas de gôndola, para contagem, visualização e segurança de estoque de produtos. Atendem toda a cadeia produtiva desde a indústria, ao centro de distribuição e logística, até o varejo e consumidor final, cobrindo todo o País. As soluções buscam aumento de produtividade, com processos de reposição, auditoria e inventários, com expedição e recebimento das mercadorias cinco vezes mais rápido. Além disso, a empresa consegue acuracidade, controle de ativos, cross docking e separação com voz e RFID, redução de perdas, redução de tempo na operação e agilidade na tomada de decisões estratégicas e ainda disponibilidade de informação dos itens em tempo real.

Já o Kion Group, pela voz de seus representantes, Adriana Firmo, diretora de vendas e serviços da Linde Still Brasil e Marcio Lopes, diretor Latin America da Dematic, apresentaram as soluções da empresa especializada em sistemas de gestão interagindo com o negócio, com visibilidade em tempo real, otimização contínua, agilidade em processos de armazenagem, reabastecimento, separação e sortimento. No e-commerce, por exemplo, hoje os clientes determinam onde e quando suas encomendas devem ser entregues. Entregas nesta demanda “Compre Agora, Pegue Agora” requerem soluções de atendimento de pedidos ágeis e inteligentes. A complexidade do perfil dos pedidos e a sazonalidade torna necessário um sistema totalmente flexível, otimizando o atendimento de pedidos de suas vendas diretas. A empresa apresentou cases com soluções de cross-docking com cross-belt sorter, com balança dinâmica e scanner de dimensionamento controlados pelo sistema de expedição Dematic conectado ao ERP do cliente para informações de despacho em tempo real.

Luiz Fernando Dompieri, gerente-geral da 3D Systems Latin America, mostrou que cada vez mais o futuro aponta para soluções em tempo real com as impressoras 3D, tanto como manufatura de protótipos quanto reposição de peças, hoje ainda de forma quase artesanal, mas muito próximo da escala industrial. Ele mostrou exemplos de como a impressão em 3D já está sendo utilizada para fabricação desde próteses ortopédicas a peças para turbinas de avião.

“A modelagem digital hoje já é uma realidade possibilitando a criação do design, tornando com precisão absoluta a manufatura e teste para produção contínua. Hoje é possível produzir peças com um único tipo de material, seja plástico, aço, metal, borracha, qualquer tipo de resina, mas logo poderão ser produzidas material com a junção de múltiplos materiais, com infinitas possibilidades”, afirmou Dompieri. A cadeia logística pode futuramente ter soluções instantâneas rápidas para reposição de peças e entrega ao cliente final.

Outra empresa a se apresentar foi a Intelligrated, com tecnologia para aplicações de sortimento. Do processo manual aos mais sofisticados, há soluções para classificação de itens que podem se mover manualmente a sortimentos lineares. De acordo com Ricardo Viana, engenheiro de vendas da empresa, o tipo de densidade e volume de itens da operação os métodos de sortimento são especificados para melhorar a distribuição do produto. Alguns tipos de sorters são considerados “desviadores positivos” porque algo está empurrando fisicamente o item para o local de destino. Outros tipos de sorters dependem do atrito entre o item e uma roda/ rolete ou cinta abaixo dele para direcionar o item para o local de destino. Para avaliar novas oportunidades, vários fatores devem ser considerados para a obtenção do melhor ajuste da tecnologia, como tipo da operação (envio, consolidação de pedidos, roteamento), taxa de transferência requerida e tipo de item, entre outros. Cada um é muito geral e as comparações específicas entre tipos de sorters podem variar com base em aplicações específicas. A Intelligrated mostrou cases em que orienta o cliente para possíveis tecnologias mais adequadas dependendo do tipo de produto, dimensão do item e manuseio, podendo variar, por exemplo, desde frasco, pílulas, a vestuário, envelope, polybag, envelopes, bandejas, caixas pequenas, grandes ou pesadas, conforme as características de cada operação.

A Fronius fez uma apresentação voltada à tecnologia para recarregamento de baterias nas operaçoes logísticas. O engenheiro Nilson Modesto e a gerente de vendas Mariana Kroker, demonstraram que o uso correto dos carregadores pode otimizar muito com o uso de empilhadeiras em cerca de duas horas diárias, por exemplo. O redesenho do layout para sala de carregamento das baterias também foi apresentado como uma forma de conseguir maior produtividade e espaço nas áreas de armazenagem de produtos.

Finalizando o workshop, os engenheiros fundadores da Automni, André Abrami e Plínio Averbach, mostraram que é possível ser criativo e criar um futuro automatizável. Eles revelaram que uma das áreas em que é maior a possibilidade de automatização é a de serviços de transporte. Segundo estudo recente da McKinsey & Company, 61% dos serviços deste segmento poderão ser geridos por soluções automatizadas. Com um equipamento chamado Rhino, com configuração de software de navegação autônoma, já conseguem fazer o deslocamento de mercadorias, com total segurança. A empresa apresentou cases com impacto na estrutura de mão de obra e equipamentos, como o transporte de mercadorias dentro da área de abastecimento e remanejamento de paletes vazios.