Como empresa em expansão, a Copagaz (Fone: 11 2163.3900) tem um cuidado cotidiano em monitorar e buscar rotas inteligentes para uma frota em crescimento. Implantada em 2013, a roteirização da frota de autotanques da companhia se consolidou. De 2014 para 2015, o número de toneladas de GLP transportadas em autotanques aumentou 6%. Mesmo com essa alta, a distribuidora reduziu em 357,884 toneladas de CO2 as emissões de gases de efeito estufa (GEE), já que a medida aumentou o controle e diminuiu perdas operacionais, como de consumo de combustível – redução de mais de 130 mil litros de diesel e quilometragem percorrida –, com queda de mais de 350 mil quilômetros rodados. Para esse ano, o plano é expandir a iniciativa para o controle da frota de GLP envasado.
As ações de sustentabilidade relacionadas ao seu core business – a logística da distribuição de um produto de primeira necessidade a milhares de lares Brasil afora – não param por aí. Após tornar-se a pioneira no setor de GLP – popularmente conhecido como gás de cozinha – na criação de um inventário de emissões, em 2012, a Copagaz amplia suas ações “verdes”. Tendo a sustentabilidade como mote principal de suas operações desde a sua fundação, em 1955, a quinta maior distribuidora de GLP do país passou a realizar medição das emissões da frota de revendedores. Por meio de ferramenta web, as revendas disponibilizaram, a cada mês, informações sobre combustível utilizado, distância percorrida, volume e gasto de combustível, para cada um de seus veículos.
Também outras ações foram tomadas pela empresa em relação ao meio ambiente: submissão das frotas própria e terceirizada a aferição veicular em 15 filiais. Mais de 350 aferições foram feitas ao longo do ano passado, apresentando aprovação de cerca de 90% dos veículos; manutenção do programa de renovação – a cada cinco anos para os caminhões Bob-tail (para abastecimento do setor industrial) e dois anos para os demais. O investimento total nesta iniciativa é de cerca de R$ 8 milhões por ano.
Problemas na distribuição
Além das ações da empresa em prol da preservação do meio ambiente, Everaldo Vaz, gerente de logística da Copagaz, aproveita para destacar os maiores problemas enfrentados na distribuição pelo Brasil.
“Principalmente as questões de mobilidade urbana, restrições de horários de tráfego, de áreas e vias que comprometem a roteirização. Além desses, podemos apontar também como fator prejudicial a má qualidade do asfalto nas estradas brasileiras, que provoca aumento nas frenagens e aceleração dos caminhões, causando, assim, mais desperdício de diesel e emissões de gases de efeito estufa – nocivos ao meio ambiente. Essas variáveis geram problemas na operação, que se não forem observadas, acarretam atrasos nas entregas e, consequentemente, reclamação dos clientes. Esses problemas também ocorrem internamente, pois com problemas de mobilidade fatalmente teremos custos relacionados às horas extras.”
As soluções a estes problemas, ainda segundo o gerente de logística da Copagaz, passam por vários caminhos. As restrições são elaboradas pelo poder público e as maiores dificuldades encontradas são na esfera municipal, por meio da criação de leis que prejudicam a distribuição de produtos como o GLP, especificamente no caso da empresa – um produto de primeira necessidade para os milhões de lares brasileiros. São legislações, principalmente, com foco na restrição da circulação de carga perigosa tendo em vista a preocupação em mitigar o risco de acidentes.
“Entendo que os gestores técnicos das esferas municipais poderiam montar um grupo de discussão e envolver profissionais das áreas de transporte e logística para identificar as dificuldades do segmento e buscar soluções em conjunto, que atendam a todos os lados de forma a manter a segurança da população, sem prejudicar a distribuição.”
Vaz explica, ainda, como a empresa analisa cada problema e toma as decisões – através dos indicadores que são apresentados para a diretoria e os acionistas.
“Por meio desses indicadores traçamos as ações, tendo em vista mitigar os custos da operação. As áreas envolvidas para essas ações são definidas no momento que analisamos os gargalos. Elas podem ocorrer com as áreas que integram a parte interna da operação, bem como com a área comercial, que é fundamental para alinhar junto aos clientes as estratégias que a Copagaz adota, tendo em vista a redução das despesas, sem afetar a qualidade e eficiência na distribuição de um produto, presente em 100% do país.”
Diante dos cenários negativos de altos custos de distribuição, a logística da Copagaz mapeou os indicadores com o objetivo de melhorar a sua operação a longo prazo. Com destaque para as seguintes medidas: melhoria na preventiva dos veículos, que teve como resultado a diminuição de parada dos caminhões; desenvolvimento de calendário de entrega – foram criados diferentes horários para as equipes com o objetivo de preencher as entregas, sem causar horas extras; as mudanças na operação ocorrem, também, nas questões de carregamento, pesagem e emissão de nota fiscal, onde passaram a deixar os veículos preparados para o próximo dia e com isso anteciparam a saída dos caminhões para as entregas; investimento em balanças de pesagem em alguns dos plants para pesar os caminhões e emitir as notas antes de o veículo partir para entrega e quando retornar para o plant. Antes, esta ação ocorria fora, em um terceiro, o que trazia perda de tempo para deslocamento para este local da pesagem; contratação de motorista/manobrista, responsável por abastecer o caminhão, carregá-lo, pesar e conferir o peso na balança própria. Esse profissional agiliza o processo operacional, na medida em que valida o volume da carga e entrega para a equipe que sairá para efetuar as entregas aos revendedores; adequação das rotas com tamanho/capacidade da carga dos caminhões, evitando, assim, idas e voltas para reabastecimento da carga; criação de bolsões de entrega com raios de distribuição que variam de filial para filial, otimizando, assim, a distância a ser percorrida; a política da Copagaz de renovação de frota a cada seis anos foi fundamental para manter a frota em condições de segurança e com possibilidade de a empresa exercer uma melhor preventiva de manutenção na operação.
“Porém, o maior ganho foi na roteirização inteligente, com a aquisição do sistema roteirizador, que possibilitou identificar que os clientes poderiam receber gás em um intervalo maior de tempo. Essa ação, especificamente, foi fundamental para a melhoria do processo operacional, além de ter proporcionado a otimização das frotas e, consequentemente, nos dar um ganho na operação. Com essa otimização, conseguimos suportar aumento da venda sem precisar comprar caminhões para esse fim. Além disso, como fruto da implantação da roteirização inteligente, tivemos redução dos custos por conta da diminuição da quilometragem rodada e, consequentemente, no consumo de óleo diesel, contribuindo, assim, com o meio ambiente na questão de redução de emissão de CO2”, completa Vaz.
Benefícios alcançados
O gerente de logística da Copagaz também relaciona os benefícios alcançados com estas medidas: reduzir os custos operacionais com a distribuição e manutenção dos caminhões, tornar a distribuição ainda mais eficiente, evitar deslocamentos desnecessários e sobreposição de viagens – um total de 367 mil quilômetros deixaram de ser rodados de forma desnecessária, com uma economia de combustível de 132 mil litros de diesel ao longo de 2016, mesmo em um cenário positivo com 6% do aumento nas vendas. E ainda a redução nos custos relacionados às horas extras.