Especializada em sistemas de automação e transportes para armazéns, o Grupo KION anunciou durante a Movimat 2017 um acordo de cooperação comercial com a Águia (Fone: 11 3721.4666), que fornece sistemas de movimentação e armazenagem de materiais para os segmentos industrial e de logística.
O objetivo é oferecer ao mercado um único parceiro que reúne know-how em movimentação, armazenagem e automação de materiais, ou seja, soluções de ponta a ponta para a cadeia de suprimentos. A parceria engloba a fabricante de empilhadeiras e outros equipamentos de movimentação Linde/STILL (Fone: 11 4066.8100), a desenvolvedora de tecnologia de automação Dematic (Fone: 11 3627.3100) – ambas do Grupo KION – e a Águia Sistemas, que atua na construção e estrutura dos armazéns.
“Nós percebemos que, muitas vezes, o cliente não conta com a melhor solução final de armazenagem quando os fornecedores de sistemas e equipamentos atuam de forma totalmente isolada em seus projetos”, contou João Ribas, diretor comercial da Águia.
Adriana Firmo, diretora comercial do Grupo KION para as marcas Linde e STILL, explicou que os projetos englobam desde a terraplanagem até a operação do armazém. “Os clientes poderão acompanhar o processo com apenas uma interface e terão todas as soluções dentro do conceito one-stop-shop, ou seja, todas as compras no mesmo lugar.”
Ela declarou, ainda, que quando a fornecedora de produtos entra depois de a estrutura estar pronta, podem ocorrer alguns problemas, como a máquina não se encaixar em determinados espaços. “O cliente busca uma solução completa e não apenas mais uma empilhadeira”, disse.
Márcio Lopes, diretor de Negócios da Dematic, detalhou mais: a apresentação comercial, a elaboração e a discussão da melhor oferta técnica e comercial, com o melhor custo-benefício, serão feitas em conjunto. A implementação se dará com um time específico das empresas a partir de um gerente de projeto, que será o integrador.
Ainda de acordo com ele, foi criado um time interdisciplinar, dentro das marcas parceiras, que terá atuação mais consultiva, agregando valor àquilo que será oferecido ao cliente. “Já estamos nos aproximando de duas empresas, um Operador Logístico e uma companhia do setor de alimentos, que nos receberam de forma bastante positiva”, revelou Lopes. Os segmentos-alvos desse acordo, no momento, são alimentos e bebidas, vestuário, comércio eletrônico, farmacêutico e cosmético. Mas outras áreas podem ser contempladas.
Questionada se este tipo de parceria é comum no exterior, Adriana respondeu que sim, mas não da forma com que está sendo feita agora. “Seremos benchmarking para o resto do mundo”, ressaltou. “Nós, brasileiros, somos flexíveis o suficiente para nos unirmos e fazermos acordos de colaboração. Só isso já trará grandes benefícios para o cliente final.”
Ela explicou que em outros países a venda é muito mais consultiva e o profissional mais bem formado. “Hoje, há uma deficiência grande nos cursos de logística no Brasil, porque o ensino é muito segmentado. Acredito que com essa união, conseguiremos, também, formar profissionais melhores, como já temos na Europa e nos Estados Unidos”, acrescentou.