O Ecoporto Santos, terminal especializado na movimentação de contêineres e carga geral no Porto de Santos, investirá R$ 14,5 milhões em medidas mitigadoras e compensatórias à Cidade. A empresa vai viabilizar a conclusão de duas obras municipais, o Parque Tecnológico e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas-pop), voltado à população em situação de rua.
A assinatura do termo de responsabilidade para a implantação das duas medidas ocorreu nesta segunda-feira (11) na Prefeitura de Santos. Todos os projetos foram definidos a partir da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança da instalação, em virtude da renovação do contrato de arrendamento do terminal.
Este estudo está previsto no Estatuto das Cidades. “É uma legislação justa, equilibrada, que vale para todos. É algo novo, que vai contribuir para nós avançarmos e oferecermos coisas que o santista merece e de que a Cidade precisa”, destacou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
O prédio do Parque Tecnológico, que terá sua conclusão viabilizada pelo Ecoporto, fica no bairro Vila Nova. Ele terá 7,5 mil metros quadrados, quatro pavimentos de escritórios, um auditório e terraço, além de dois mezaninos para estacionamento. Esse empreendimento custará R$ 11,9 milhões em investimentos e deve ser concluído em 18 meses.
“Chegamos a pouco mais da metade dessa obra com investimentos do Estado e, agora, teremos a conclusão e o nosso Parque em funcionamento. Em 2019, a Cidade vai ter o empreendimento”, explicou o prefeito.
O Parque Tecnológico terá o objetivo permanente de promover a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação tecnoló-gica, além de estimular a cooperação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas e dar suporte ao desenvolvimento de atividades de conhecimento.
Já o Creas-Pop será construído no Paquetá. O projeto, que, atualmente, tem apenas 20% das obras concluídas, prevê o primeiro atendimento de pessoas em situação de rua.
Para isso, será construída uma edificação de quatro pavimentos, com 800 metros quadrados, orçado em R$ 2,6 milhões. A previsão é de que as obras durem um ano.
“Os investimentos vão ser uma contrapartida para a Cidade, em função da atividade que a empresa tem no Município. Existe um prazo nesse convênio. O início dos investimentos está previsto para março, em cerca de 90 dias, e o prazo de conclusão é de 12 meses”, destacou o prefeito.
Contrapartidas
Segundo Paulo Alexandre, esses investimentos funcionam como uma contrapartida das operações portuárias. No caso do Ecoporto, o tráfego de caminhões com contêi-neres, e mais recentemente, com carga viva (bois) em direção ao terminal estão entre os principais impactos.
Além disso, o prefeito destaca as recentes demissões de trabalhadores do setor portuário. “Tivemos muitas famílias que perderam seus empregos, fruto da modernização da atividade ou questões de mercado. E isso contribuiu para impactar os serviços públicos de maneira bastante significativa, na saúde, na educação e na área social. Essas contrapartidas visam também minimizar esse impacto que a cidade está absorvendo fruto do desemprego gerado”.
Procurado, o Ecoporto Santos informou que não iria comentar os investimentos.
Fonte: A Tribuna