O crescimento abaixo do esperado da produção na área do Matopiba está retardando a duplicação do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui. O consórcio que o administra admite adiar as obras para 2019. Inicialmente, a ampliação estava prevista para o segundo semestre de 2016, quando se esperava uma colheita ampla na região considerada a nova fronteira agrícola do País. Mas períodos de seca e queda da produtividade na safra daquele ano no Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, Estados que compõem o Matopiba, frustraram a expectativa de crescimento. Em 2017 o desempenho foi 15% superior ao de 2016, com 4,4 milhões de toneladas de grãos embarcadas pelo terminal, porém ainda abaixo dos 4,6 milhões de toneladas que o consórcio espera para iniciar as obras de expansão. “Tudo vai depender do desenvolvimento da safra (de 2018)”, diz à coluna Marcos Pepe Bertoni, porta-voz do consórcio logístico. O Tegram é administrado pelas tradings CGG, Glencore, NovaAgri e Amaggi, além da Louis Dreyfus com a Zen-Noh.
A Bayer tem olhado com mais atenção para algumas regiões do País onde a produção avançou nos últimos anos, conta Mauro Alberton, diretor de Marketing Estratégico da empresa no Brasil. Maranhão, Piauí e Tocantins estão entre os Estados nos quais a companhia de defensivos vai intensificar a atuação. Há oportunidades também em Mato Grosso, onde muitas áreas de pastagem poderão receber plantios de soja, diz ele. O reforço nesses Estados poderá se dar com equipes próprias ou com distribuidores locais.