A Petrobras concluiu a venda de fatias nas concessões das áreas de Lapa e Iara, ambas na Bacia de Santos, para a petroleira francesa Total, como parte de uma aliança estratégica assinada anteriormente, em negócio que pode envolver US$ 2,35 bilhões.
O valor pago nessas transações de venda totaliza US$ 1,95 bilhão, incluindo ajustes do fechamento da operação, informaram ambas as empresas em comunicados nesta segunda-feira (15).
Esse valor, entretanto, não contempla uma linha de crédito que pode ser acionada pela Petrobras no valor de US$ 400 milhões, representando parte dos investimentos da Petrobras nos campos da área de Iara, além de pagamentos contingentes.
Com o acordo, a brasileira vendeu 35% de sua fatia e a operação no campo de Lapa, no pré-sal de Santos, que iniciou produção em dezembro de 2016, permanecendo com apenas 10% do ativo, que ainda tem como concessionários a anglo-holandesa Shell (30%) e a sino-espanhola Repsol-Sinopec (25%).
Além disso, vendeu à Total 22,5% da área de Iara, que contém os campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu, também no pré-sal de Santos.
Nesse ativo, a Petrobras permaneceu como operadora, com 42,5% de participação, em parceria com a Shell (25%) e a portuguesa Petrogal (10%), além da Total.
A produção na região de Iara está prevista para começar em 2018 nos campos de Berbigão-Sururu, por meio do FPSO P-68, com capacidade de 150 mil barris por dia, seguido de um segundo FPSO, em 2019, no campo de Atapu.
“Todas as condições precedentes às cessões de direitos foram cumpridas, incluindo a concessão de licenças de operação e instalação pelo Ibama para que a Total se torne operadora do campo de Lapa”, afirmaram as empresas.
As companhias não ofereceram informações sobre os demais negócios anunciados em sua aliança estratégica, em março de 2017, como o compartilhamento de terminal de regaseificação e a transferência de fatias em térmicas.
Fonte: Folha de S. Paulo