A 24ª edição da Intermodal South América apresentou duas novidades. A primeira foi quanto à realização em um novo local. E a segunda, passou a englobar todos os segmentos que compõem a cadeia de logística.
Cobertura: Bruno Colla, Carol Gonçalves e Vanessa Haddad
A 24ª edição da Intermodal South América aconteceu no período de 13 a 15 de março último em São Paulo, SP, e teve a Modal Marítimo, uma das publicações do Grupo Logweb, também como mídia e catálogo oficiais.
O evento foi um sucesso absoluto, com a participação de visitantes altamente qualificados, e apresentou duas novidades. A primeira foi quanto à realização em um novo local, a São Paulo Expo, na capital paulista.
A segunda foi o seu novo posicionamento. A UBM Brazil, organizadora do evento, apresentou o slogan “O mundo em movimento”. Como isso, a feira passou a englobar todos os segmentos que compõem a cadeia logística, com expositores que atuam em áreas como distribuição, operações da armazenagem, condomínios logísticos, entre outros setores da intralogística.
“Para nós, o desafio foi aumentar a abrangência do evento com soluções e serviços de logística voltados para a movimentação e intralogística, sem esquecer-se de fortalecer os expositores mais tradicionais de comércio exterior e de transporte de cargas em todos os modais. E conseguimos. Temos hoje um grupo seleto de 400 marcas nacionais e internacionais que representam esse novo posicionamento e a pluralidade da Intermodal”, afirmou Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, durante a cerimônia de abertura do evento.
Veja a seguir alguns dos produtos e serviços apresentados. E também nas revistas Logweb impressa e Logweb Digital de abril, o leitor vai encontrar mais sobre Intermodal. Todas estas revistas estão disponíveis no portal Logweb.
Athenas apresentou a plataforma TOS+ ao vivo e em 3D
O convite da Intermodal para que a Athenas participasse do estande TI Innovation, que reuniu as principais inovações de tecnologia para o setor de logística, criou a oportunidade de a empresa apresentar a plataforma TOS+ ao vivo e em 3D. A Athenas mostrou simulações de operações logísticas completas e fez uma demonstração da interface tridimensional que reproduz o pátio dos terminais e é atualizada em tempo real com as operações em andamento.
“O TOS+ funciona totalmente na web e cria um digital twin – uma reprodução virtual e fidedigna do pátio, um dos elementos utilizados pela indústria 4.0 –, o que traz diversas possibilidades, tanto para a gestão operacional quanto para a gestão estratégica de um terminal logístico. Por exemplo, através de cliques do mouse na imagem em 3D é possível solicitar ao TOS+ que descarregue um conjunto de contêineres e o coloque em um determinado ponto do terminal. O sistema vai transmitir ordens específicas para alguns funcionários e algumas máquinas para que cada um faça sua parte e a operação seja concluída exatamente como solicitada na tela do computador”, explicou Julio Carvalho, Chief Operating Officer da Athenas.
Outro ponto que chamou a atenção foi o fato de o sistema ser completo, ou seja, atender a todos os modais, tipos de carga e inclusive multiterminais. Porém, como é construído em módulos, permite que cada terminal contrate apenas os serviços que utiliza. “Outra vantagem que gerou vários questionamentos do público foi a possibilidade de cada terminal criar seus próprios plug-ins, totalmente integrados ao TOS+ e capazes de atender as suas necessidades específicas”, afirmou Carvalho.
Além de integrar hardware e software e automatizar toda a operação, o TOS+ também realiza a gestão do terminal, com as áreas comercial e financeira, de forma integrada aos sistemas de gestão empresarial (ERP) disponíveis no mercado. A plataforma desenvolvida pela Athenas ainda faz, de forma automática, a comunicação com os órgãos competentes, como Siscarga, Siscomex, etc.
TCP aumenta competitividade com novo serviço para a Ásia
O destaque da TCP na Intermodal foi a inauguração de um novo serviço para a Ásia. Empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, a TCP passou a oferecer em março o serviço SSA (Sino South America), exclusivo do armador PIL (Pacific International Lines). Com isso, o terminal tornou-se o único no Brasil a atender todas as linhas disponíveis para o continente asiático.
Com frequência quinzenal, o novo serviço expresso Brasil-Ásia atende os importadores e exportadores dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Com a linha marítima completa para a Ásia, oferecemos aos clientes mais flexibilidade nas suas operações comerciais, o que torna o terminal ainda mais competitivo”, afirmou Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente comercial da TCP.
A linha marítima do SSA tem em sua rota os portos de Shangai, Ningbo, Shekou, Singapura, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá e Navegantes. “A TCP é o terminal com maior número de escalas semanais para a Ásia na sua área de influência. Além disso, conta com a capacidade operacional necessária para receber os maiores navios de contêineres que fazem comércio internacional na América Latina”, enfatizou Moraes e Silva.
Para o executivo, isso é possível graças aos investimentos realizados nos últimos anos, que garantiram o aumento da produtividade e segurança. E a TCP continua investindo. Até 2019, o terminal ampliará sua capacidade de movimentação dos atuais 1,5 milhão de TEUs/ano para 2,5 milhões de TEUs/ano e expandirá seu cais de atracação de 879 metros para 1.099 metros.
Porto Pontal lançou nova marca
O Porto Pontal, empreendimento portuário em implantação no Brasil, aproveitou sua primeira participação na Intermodal para lançar uma nova identidade visual corporativa. O nome também mudou: a partir da Feira, o futuro porto paranaense passou a ser conhecido como 3P – Porto Pontal Paraná. A nova marca representa a inovação, excelência e inteligência logística portuária. O seu símbolo gráfico é uma concha marítima, que demonstra o respeito da empresa com o oceano e a natureza.
As obras de instalação do porto serão iniciadas no segundo semestre e a inauguração está prevista para o dia 5 de maio de 2020. Patrício Júnior, presidente do porto, ressaltou que a presença na Intermodal 2018 também teve como propósito apresentar os detalhes do projeto aos principais players do mercado. “Quisemos mostrar o potencial de logística portuária que o Paraná terá a partir da nossa operação, pois seremos o porto com a maior profundidade de navegação do Sul do Brasil”.
Para Patrício Júnior, o que faz a diferença em uma iniciativa como essa é o planejamento e as pessoas envolvidas. “Grande parte dos problemas do Brasil vem da falta de planejamento. Estamos fazendo um estudo detalhado do mercado e planejando com antecedência, que é o que poucos brasileiros fazem”, frisou. O presidente do porto comparou sua equipe aos SEALs americanos, integrantes da força de elite da marinha dos Estados Unidos. “Assim como os SEALs, minha equipe é focada em eficiência, execução, determinação e pessoas. É um time de especialistas de primeiro mundo, preparado pra tudo”, contou com orgulho.
Com investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão, o 3P – Porto Pontal Paraná vai ocupar mais de 600 mil metros quadrados e terá uma das maiores áreas de depósito de contêineres do país, com cerca de 450 mil metros quadrados. De acordo com a empresa, serão gerados 1,5 mil empregos diretos na operação plena, além de aproximadamente cinco mil empregos indiretos.
NSI oficializou pool de empresas e soluções para apoiar o comércio exterior
Quem passou pelo estande da NSI – companhia especializada em soluções para a cadeia logística de grandes indústrias importadoras e exportadoras e única com as soluções 100% web –, além de conferir todas as novidades, também pôde contar com a presença exclusiva do Procomex – Aliança Pró Modernização de Comércio Exterior, disponível para pequenas reuniões para discussão das novidades do setor, além de conversas exclusivas com alguns convidados selecionados.
A GETT, companhia também integrante do Grupo Cassis, marcou presença: seu carro chefe são sistemas modulares e integrados para comércio exterior. A tecnologia em nuvem para importadores, exportadores, tradings e distribuidores de importados permite que todos os envolvidos nos processos de comércio exterior operem em um ambiente seguro e ágil.
A Comexdez é a mais nova empresa a completar o time do Grupo Cassis, que dentre as empresas é detentor da NSI e GETT. A companhia chegou com um potencial estratégico focado em ser um catalizador da inovação do produto carro-chefe da NSI, o Ecomex, acoplando conteúdo essencial para operações internacionais. “A Comexdez, juntamente com a NSI e toda estratégia do Grupo Cassis, une forças para percorrer o caminho que traçamos para o Ecomex, onde em um curto prazo possa operar como uma solução colaborativa, simples e indispensável”, comentou André Barros, diretor da NSI.
A outra grande novidade do evento foi a apresentação do Portal Único Brasil. Rede social profissional totalmente colaborativa, e inédita para o comércio exterior, que tem como objetivo apoiar os profissionais da área de comércio exterior fornecendo um local para a troca de experiências e a interação das pessoas sobre as novidades do setor.
Ainda na Intermodal, a NSI apresentou uma evolução do seu produto carro chefe, o ECOMEX, com o Ecomex Intelligent Content. Este novo módulo possibilita a consulta às informações publicadas no DOU e Noticiais Siscomex Importação e Exportação em um único sistema. E também terá acesso a todas as atualizações diárias da TEC, TIPI, NVE, às exceções, ANTIDUMPING, substituição Tributário e taxas das moedas fiscais diretamente no ECOMEX Suíte. Para os usuários do Ecomex essas atualizações serão disponibilizadas em primeira mão em até 2 horas no sistema
Hidrovias do Brasil tem novas atividades, inclusive como OTM
A Hidrovias do Brasil aproveitou a realização da Intermodal para apresentar duas novidades em seu portfólio: a companhia passa a disponibilizar a operação rodoviária, que fará o transporte de grãos no Mato Grosso, tornando-se, assim, um Operador de Transporte Multimodal – OTM.
A nova operação contará, num primeiro momento, com uma frota de veículos terceirizada, que coletará os grãos em sua origem, nas regiões mato-grossenses de Sorriso, Matupá e Sinop, e transportará a carga até a estação de transbordo da empresa em Miritituba, no Pará. A cidade de Sorriso também abrigará uma nova filial para coordenar a atividade.
Outro destaque apresentado é a ampliação da operação logística de fertilizantes no Arco Norte. Com um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões, a companhia irá construir um armazém e píer em Miritituba para atuar como complemento à operação que hoje já acontece no porto público da região, e terá capacidade para movimentar um milhão de toneladas do produto anualmente.
Com inauguração prevista para 2019, a expansão visa atender a crescente demanda do mercado de fertilizantes, que ano após ano vem aumentando à medida que o corredor norte amplia sua participação nas exportações de grãos brasileiros.
Hapag-Lloyd destacou o seu crescimento em resultado operacional em 2017
Com um crescimento significativo em 2017, a Hapag-Lloyd esteve presente na Intermodal 2018 para mostrar, também, o resultado operacional do ano passado e aproveitar a ocasião para fazer reuniões em seu estande. Os dados preliminares não auditados apontam para um EBIT de 411 milhões de euros, mais do triplo dos 126 milhões de 2016.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu para 1.055 milhões de euros (eram 607 milhões em 2016). A margem EBITDA cresceu para 10,6% em comparação com 7,9% no exercício anterior. Quanto às receitas, aumentaram para dez mil milhões de euros, acima dos 7,7 mil milhões de 2016, também apoiadas por um preço médio dos fretes melhorado (1 051 dólares/TEU contra 1 036 dólares/TEU no ano anterior).
O volume da companhia germânica também cresceu. O incremento foi de 29%, para 9,8 milhões de TEU (7,6 milhões de TEU em 2016). Além de um desenvolvimento positivo do volume mundial de transporte de contentores e uma ligeira recuperação dos preços dos fretes, essa evolução foi impulsionada principalmente pela fusão com a UASC. A empresa é uma das principais companhias marítimas do mundo e oferece pacotes complexos de logística ao longo da cadeia de transporte, incluindo soluções para carga refrigerada, carga em excesso, mercadoria perigosa e US Flag.
Maersk Line lançou quarta rotação à rede Ásia – América Latina/Costa Oeste da América do Sul
A Maersk Line aproveitou a realização da Intermodal para reforçar seu posicionamento no mercado de transporte de carga refrigerada no mundo. No segmento reefer, por exemplo, destacou o crescimento das exportações de frutas, vegetais e plantas, com alta de 14% no último trimestre de 2017, saindo principalmente do Porto do Pecém.
Para atender este mercado em crescimento, a empresa lançou um novo serviço já no primeiro trimestre de 2018. “Identificamos uma demanda maior e, para permitir que nossos clientes expandam ainda mais seus negócios, lançamos uma quarta rotação à rede Ásia – América Latina/Costa Oeste da América do Sul, que conecta a Ásia com a Colômbia, o Caribe e o Porto do Pecém. O novo serviço AC5 oferece uma maior cobertura portuária e tempos de trânsito reduzidos”, explicou João Momesso, diretor de Trade & Marketing da Maersk Line.
A Europa e o Extremo Oriente são os mercados que estão sustentando a exportação de carga refrigerada do Brasil, com crescimento de 5,4% e 19,3%, respectivamente, tendência que deve se manter em 2018. As exportações Serviço AC5 Eastbound para a África caíram 0,9% no quarto trimestre de 2017 e para o Oriente Médio cresceram apenas 0,7%. O crescimento das exportações de carga reefer para a Europa é sustentado pela demanda da região por carne, frutas e vegetais.
Considerando o Extremo Oriente, destacam-se as exportações de aves e carne especialmente para a China, tendo em vista o novo patamar de poder de compra da população. O país está passando por uma evolução no quesito renda, o que tem motivado os chineses a consumir mais carne como principal fonte de proteína. Nesse sentido, se de um lado a maior demanda por carne brasileira é positiva, outro desafio para as companhias de transporte marítimo em 2018 é trazer os contêineres reefers de volta, tendo em vista a falta de espaço nos navios enquanto o segmento tende a continuar crescendo.
Kuehne + Nagel fez o lançamento nacional da nova plataforma digital Sea Explorer
A Intermodal foi uma ótima oportunidade que a Kuehne + Nagel encontrou para lançar o Sea Explorer no Brasil. A nova plataforma digital, divulgada globalmente no início do mês de março, oferece aos clientes acesso fácil à mais completa rede global de serviços marítimos.
O diretor de Transporte Marítimo no Brasil da Kuehne + Nagel, Gabriel Zorzi, explicou que a nova plataforma engloba os principais serviços do mercado marítimo, analisa e classifica cada um deles de acordo com fatos reais, como tempo de trânsito e capacidade média dos navios, o que dá confiabilidade para o cliente planejar a sua cadeia logística. “Adicionalmente, através do Sea Explorer é possível medir as emissões de CO2 dos navios e optar por aquele serviço que causa menos dano ao meio ambiente”, detalhou Zorzi.
Durante a feira, além da equipe de especialistas das áreas de transporte aéreo, marítimo, desembaraço aduaneiro, logística de armazenagem, seguro e soluções de informação, também estava presente a diretoria da empresa, inclusive o presidente Eduardo Razuck, para receber os clientes em seu estande.
Modallport pretende chegar a África em junho de 2018
Participando mais uma vez da Intermodal, a Modallport levou algumas novidades para seu estande, dentre elas a intenção de novos negócios e a pretensão de chegar a Angola no mês de junho deste ano.
A empresa, que já atende toda a costa litorânea brasileira e tem clientes desde Porto Velho até Rio Grande, atua no ramo da tecnologia de informação (TI) e tem ferramentas de administração que estão ajustadas e customizadas aos ambientes para os quais foram desenvolvidos, como agências marítimas, NVOCCs, terminais portuários, EADIs, terminais de cargas e contêineres, distribuídos por toda a costa brasileira.
“Temos clientes de peso em nosso portfólio, como a Wilson Sons, o Tecon Rio Grande, o MSC, o Porto Chibatão, em Manaus, e pretendemos atender não só a costa brasileira, mas toda a América do Sul, incluindo Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai”, ressaltou Mário Alexandre, gerente comercial da Modallport. “Temos um projeto ainda de chegar a Angola em junho deste ano e, também, de atender Moçambique mais para a frente”, completou.
Grupo Superpesa apresentou serviços de descomissionamento e armazenagem
Com atuação na movimentação e no transporte de cargas superpesadas e/ou superdimensionadas, o Grupo Superpesa apresentou na Intermodal sua ampla gama de serviços, que abrangem os segmentos marítimo, multimodal e industrial. O grupo aproveitou o evento para apresentar duas novas áreas de operação, ativas desde 2017: o descomissionamento de estruturas marítimas e os armazéns gerais localizados no Rio de Janeiro, um na Ilha do Fundão e outro na sede do conglomerado de empresas, em Campo Grande.
“Realizamos a desativação programada de navios, balsas e plataformas petrolíferas obsoletas e seus acessórios, com remoção e destinação final das estruturas”, explicou João Alberto Machado Alves, presidente do Grupo Superpesa, sobre as atividades de descomissionamento. Outro trabalho de remoção de estruturas marítimas (destroços), a salvatagem, já era executado pelo grupo.
Atuante há mais de 60 anos, a Superpesa possui um moderno parque de equipamentos de movimentação vertical e horizontal para o transporte de cargas pesadas e de grandes dimensões, como empilhadeiras, guindastes, conjuntos transportadores rodoviários, balsas guindastes offshore e portuárias, sendo a única empresa brasileira com embarcação própria do tipo roll-on/roll-off/heavy lift, segundo Alves. O segmento industrial é responsável pela fabricação de estruturas metálicas de grande porte sob encomenda e de equipamentos de apoio ao transporte e movimentação de carga, entre outros.
SpanSet desenvolve cintas tubulares de alta performance
As cintas de elevação de carga Magnum-X foram o destaque da empresa suíça SpanSet na Intermodal 2018. Com grande resistência a abrasão e cortes e capacidade de tração de 10 a 400 toneladas, chegam a possuir metade do diâmetro e do peso das cintas circulares comuns sem perder performance – segundo informações da fabricante. A inovação no design possibilita a aplicação das cintas em ganchos e manilhas específicos e as tornam mais maleáveis para operação.
Presente no Brasil há 20 anos, o grupo SpanSet atua nos segmentos de amarração e elevação de cargas, segurança em altura e gestão da segurança, com produtos que atendem às normas regulamentadoras brasileiras e europeias. Entre seus clientes estão indústrias, portos e empresas de transporte.
Os artigos para elevação de cargas englobam cintas de material sintético planas e tubulares; eslingas de cintas ou corrente; proteções para cintas que ficam em contato com superfícies agressivas, cantos vivos, sujeiras e outras substâncias; acessórios como ganchos, anéis de sustentação, elos de união de correntes, conectores para cintas, dispositivos para movimentação de cargas e manilhas.
Entre as soluções para amarração e transporte de cargas estão fitas ABS, catracas de diversos modelos, cantoneiras, airbags para contenção de cargas e esteiras antideslizantes. Para a segurança de operadores que trabalham em altura, são oferecidos sistemas de linhas de vida fixos, linhas de vida temporárias e kits de resgate. O diretor da SpanSet do Brasil, Urs Naef, ressaltou a importância da correta utilização das cintas para assegurar o seu desempenho e durabilidade. “Realizamos consultorias e treinamentos para possibilitar o melhor uso dos equipamentos adquiridos pelos nossos clientes.”
C.H. Robinson amplia participação no Brasil
Em sua primeira presença na Intermodal, a C.H. Robinson comemora os 20 anos no Brasil, enfatizando sua atuação como agente de carga global. Com sede nos Estados Unidos, é hoje a quarta maior empresa de 3PL no mundo. Presente nos cinco continentes, conta com mais de 14 mil colaboradores, que estão espalhados nos 125 escritórios localizados em 31 países ao redor do mundo.
Segundo Thomas Schoett, diretor para a América do Sul, a participação na Intermodal foi uma oportunidade de fazer networking e mostrar os diversos serviços oferecidos pela empresa. A C.H. Robinson destacou seu sistema global de gerenciamento – Navisphere®, que possibilita o acesso online 24 horas por dia para os clientes rastrearem as suas cargas, além de oferecer total visibilidade em todos os modais (aéreo, marítimo, rodoviário nacional/internacional e desembaraço), incluindo gerenciamento de pedidos. “A ferramenta oferece uma plataforma excepcional e abrangente, com ampla conectividade e desempenho confiável para atender todas as necessidades dos clientes”, disse Schoett.
Michael Pfeffer, Country Manager do Brasil, destacou que a C.H. Robinson possui escritórios em Campinas, São Paulo, Viracopos, Guarulhos e Santos, todos no Estado de São Paulo, e está expandindo para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Terminal Multicargas do Porto do Açu oferece soluções integradas door-to-door
O Complexo Portuário do Açu, localizado no Estado do Rio de Janeiro, apresentou a sua infraestrutura na Intermodal 2018. Alguns diferenciais do empreendimento, em operação desde 2014, são sua profundidade, que possibilita a atracação de grandes navios; a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (área de livre comércio); e a disponibilidade da retroárea para a instalação de empresas.
Mas o grande destaque do porto na feira foi o Terminal Multicargas (T-MULT), que opera desde 2016, movimentando coque, bauxita, carvão siderúrgico, carga de projetos e carga geral. Em 2017, o T-MULT passou a oferecer soluções de logística integradas door-to-door para granéis sólidos – porto/armazenagem/transporte. Este tipo de operação movimentou, em seu primeiro ano, mais de 300 mil toneladas. O terminal também realiza operações multimodais, utilizando um terminal de transbordo instalado a 300 km do porto.
O T-MULT conta com 500 metros de cais, sendo 340 metros operacionais; 160.000 m² de área alfandegada; e capacidade anual de movimentação de granéis sólidos e carga geral de aproximadamente 4 milhões de toneladas. Com 14,5 metros de profundidade, o terminal atualmente está homologado para receber embarcações com calado de até 13,1 metros.
Joyce Mercês, especialista em parcerias estratégicas do Porto do Açu, explicou que a participação na Intermodal garante visibilidade nacional e internacional. “Durante o evento, temos a oportunidade de aprender melhores práticas e de apresentar nossos serviços aos principais players, que são potenciais clientes e parceiros.”
Profissionais do setor marítimo do Brasil receberão treinamento do Porto de Antuérpia
A Intermodal 2018 foi o local escolhido por autoridades do Brasil e representantes do Porto de Antuérpia para a assinatura de um memorando de entendimento sobre o treinamento de profissionais do setor marítimo brasileiro. No dia 13 de março último, o documento foi firmado pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e pelo encarregado municipal do Porto de Antuérpia, Marc Van Peel, entre outros nomes.
O memorando descreve a iniciativa de tornar a atuação e a gestão portuária do Brasil ainda mais profissional a partir da disponibilização do know-how do Porto de Antuérpia, localizado na Bélgica. Com essa finalidade, será realizada uma série de seminários em dois centros de treinamento já ativos no país, um em São Paulo e outro em Alagoas, que serão reformados.
Os cursos customizados e os palestrantes serão de responsabilidade da APEC – Antwerp/ Flanders Port Training Centre, entidade subsidiária do Porto de Antuérpia que oferece treinamentos há quase 40 anos, compartilhando especialização marítima e logística com outros países. “A APEC é bastante conhecida nos círculos portuários brasileiros, uma vez que mais de 660 profissionais do setor marítimo do Brasil já participaram de um seminário ou outro tipo de treinamento em Antuérpia,” comentou Kristof Waterschoot, diretor administrativo do centro.
A mão de obra do Porto de Antuérpia é reconhecida mundialmente por seus altos padrões de qualidade, produtividade e segurança, graças à contínua instrução de seus funcionários. Segundo Waterschoot, será desenvolvido um programa sob medida para os estivadores brasileiros, que precisam ser treinados.
“Este assunto está em pauta há alguns anos e o governo brasileiro considera importante financiar essa ação, que irá aumentar a capacidade técnica dos operários portuários e gerentes”, afirmou Yves Lapere, adido econômico e comercial do governo de Flandres (região no norte da Bélgica). “Profissionais brasileiros do setor também serão treinados para se tornarem professores”, contou.
DHL destacou ações de logística e sustentabilidade
Durante sua participação na Intermodal, a DHL Global Forwarding apresentou opções para redução de carbono e aprimoramento da eficiência nas cadeias logísticas. Migração para o modal cabotagem, ferramentas para medir emissões de gases, logística para a indústria de energia renovável e sistema de gestão preditiva de riscos estiveram entre as soluções destacadas em seu estande. Em linha com a matriz alemã, a meta da DHL é neutralizar as emissões de CO2 em suas atividades até 2050.
Na ocasião, os visitantes puderam participar de um game de realidade virtual, manipulando as cargas e o tipo de transporte para alcançar a opção mais eficiente à operação. No Tech Corner (Canto da Tecnologia) montado no espaço, foi possível testar o Online Freight Quotation, ferramenta de cotação e booking online para transporte de cargas aéreas internacionais que permite fazer cotações na hora, de forma simples.
A ferramenta se conecta ao DHL Interactive, portal de atendimento ao cliente da DHL Global Forwarding, que também fornece o rastreamento da carga e relatórios de embarques personalizados. Essa solução é fácil de usar e está disponível em mais de 40 países. Com esse novo recurso, exportadores e importadores podem cotar fretes ou reservá-los a partir de um computador ou de qualquer dispositivo móvel. A solução é oferecida para cargas aéreas gerais de até 2.000 kg, mediante as opções Air Connect e Air Economy da DHL. Em breve, essa funcionalidade será oferecida para fretes marítimos LCL (carga fracionada).
Com relação à cabotagem, a empresa salientou o grande potencial do modal, principalmente para trechos longos. Além disso, esse tipo de transporte chega a usar oito vezes menos combustível do que o rodoviário e emite 323% menos CO2. Com mais de 8.000 km de costas navegáveis, o Brasil apresenta 80% da população e 70% das indústrias a menos de 200 km da costa, o que evidência ainda mais seu potencial. Em 2017, este segmento na DHL cresceu 18%, com destaque para embarques nas áreas de química e alimentos e bebidas. Para atender à crescente demanda, a DHL abriu um escritório em Itajaí, SC.
Segundo Patricia Starling, Marketing e Sales Director, esta edição da Intermodal foi ótima. “Recebemos a visita de um público mais engajado, entusiasmado com a melhora da economia. As empresas estão trabalhando com uma visão mais positiva, o que refletiu na feira e, claro, nos negócios da companhia”, finalizou.
CD Brasil completa 30 anos oferecendo serviços de fumigação
Especializada em tratamentos fitossanitários e controle de pragas urbanas, a CD Brasil Fumigações é uma empresa de origem argentina que completa 30 anos em 2018. A fumigação é um procedimento usado em todo o mundo para erradicar pragas que infestam todos os tipos de bens, mercadorias, armazéns e veículos, incluindo navios e suas cargas.
Na Intermodal, a gerente Melissa Marques explicou que, entre os serviços oferecidos, está a fumigação em porão de navio, realizada em alguns granéis que saem do Brasil e que entram nele. “O fumigante precisa agir por 10 dias, e isso ocorre em trânsito. Mesmo que a viagem leve menos dias, o porão só poderá ser aberto após o período necessário para que o produto tenha efeito sobre a mercadoria”, contou.
O tratamento fitossanitário de commodities agrícolas em embarcações marítimas é uma medida determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e realizado apenas por empresas credenciadas, como a CD Brasil, que está autorizada a emitir os respectivos Certificados de Tratamento, conforme prevê a Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias no 15. Em 2017, a empresa bateu o recorde de 550 navios fumigados, o que representa, aproximadamente, 35 milhões de toneladas de grãos fumigados.
A CD também utiliza câmaras de lonas para fumigações em pontos de ingresso e egresso de mercadorias, onde não esteja disponível a infraestrutura rígida para a fumigação e seja preciso atender às exigências fitossanitárias internas a dos países importadores. A câmera formada por esse material adapta-se ao formato da carga a ser tratada e permite dimensionar, sem excessos, a quantidade de fumigante a ser aplicado.
Outros serviços oferecidos são: desinfecção de porões, recirculação, tratamento líquido/spray, fumigação em contêiner e tratamento térmico de paletes. A companhia conta com ampla estrutura nos principais portos brasileiros: Rio Grande, RS; São Francisco do Sul e Imbituba, SC; Paranaguá e Antonina, PR; Santos, SP; Salvador, Ilhéus e Caboto, BA; Vitória, ES; Santarém e Barcarena, PA; São Luís (Itaqui e Ponta da Madeira), MA; e Itacotiara, AM.
Posidonia investe na navegação de cabotagem com transporte de produtos químicos
A Posidonia aproveitou a Intermodal para mostrar os bons resultados obtidos com o transporte de cargas na costa brasileira, especialmente produtos químicos e granéis sólidos. Ao longo de 2017, afretou 15 navios para transportar 1 milhão de toneladas de produtos químicos, biocombustíveis e derivados de petróleo para grandes indústrias brasileiras.
No ano passado, a companhia também começou a atuar no transporte de bauxita, uma das principais cargas da cabotagem. Em apenas um ano, transportou 330 mil toneladas da rocha. “Transportar bauxita na cabotagem brasileira é uma operação altamente complexa, que requer expertise e um alto grau de qualidade. Além disso, o embarcador precisa manter contínuo o recebimento do mineral e garantir o abastecimento de sua unidade de processamento. São poucas as empresas no país que atuam nesse nicho e a Posidonia é uma delas”, afirmou Abrahão Salomão, sócio da Posidonia. Para ele, o grande diferencial da empresa é o custo. “Conseguimos operar este tipo de carga com excelência e preço diferenciado. É a comprovação de que é possível trafegar pela costa brasileira com uma política de preços mais justa e competitiva”, disse. A companhia brasileira tem avançado na construção de seu navio Posidonia Bravo, cuja previsão de entrega é até 2019. Será uma embarcação multipropósito com capacidade para 2,7 mil toneladas e que deverá atender a demanda de cargas especializadas para os projetos de infraestrutura.
A empresa atua em seis segmentos: armação, administração e operação de navios (ship management); transporte feeder de contêineres; transporte de granéis sólidos e líquidos; transporte de carga geral e veículos; operação de apoio marítimo e transporte de projetos especiais.
Toledo do Brasil expôs soluções de pesagem para o mercado logístico
A Toledo do Brasil aproveitou a Intermodal para apresentar suas soluções aplicáveis às necessidades das operadoras de terminais portuários e empresas de logística, em geral. “Para oferecer às empresas mais eficiência nos terminais e portos, mostramos soluções que ajudam a reduzir roubos e dar mais velocidade às pesagens”, disse Paulo Eric Haegler, diretor presidente.
Na área de cubagem, a empresa apresentou o dimensionador portátil CSN110, que disponibiliza informações de peso, dimensões, volume e cálculo de frete. Projetado para ambientes de indústria e logística, com proteção de silicone para quedas de altura de 1,5 m, pode operar com diversas balanças aprovadas pelo Inmetro. Possui design para cubagem e manuseio adequado a volumes, e software de integração com comunicação em diversos ERP’s do mercado.
Outro destaque foi a balança para o setor ferroviário Trainweigh, capaz de pesar em movimento, deixando a linha férrea livre para circulação. A pesagem dinâmica torna o processo mais rápido, pois não é preciso parar o trem e desconectar o vagão a ser pesado. Além disso, a tecnologia da Trainweigh permite o controle de peso por eixo e por roda, fornecendo relatórios que podem ser utilizados para evitar acidentes por tombamento ou descarrilamento de vagões com carga mal distribuída, evitando o desgaste dos trilhos com o excesso de peso (de um lado só ou no total).
A empresa também expôs a balança transpaleteira PL-3000, com capacidades para 1000 e 2000 quilos. Ideal para paletes de padrão brasileiro e europeu, pode ser usada, por exemplo, nos CD de supermercados, para conferir o peso dos produtos, evitando ter de levar a carga até uma balança.
Falando sobre o e-commerce, que está em constante crescimento, Célio Pozzobon, responsável por soluções, disse que as empresas do setor estão cada vez mais se equipando com tecnologias que ajudem no processo de pesagem e dimensionamento. De acordo com ele, antigamente, era comum não conferir o peso dos produtos, confiando no fornecedor, mas, hoje, isso é fundamental para os negócios da empresa, pois influencia na rentabilidade. “Há diferenças de até 25% do valor informado.”
Com relação à Intermodal, esta foi a melhor edição dos últimos três anos, segundo Haegler. “O novo local é ótimo, com ambiente climatizado, agradável e com estacionamento seguro”, disse. Sobre as expectativas de negócios, revelou que a Toledo do Brasil espera crescer 10% neste ano em comparação ao ano passado. “Já no primeiro bimestre deste ano, crescemos 15% em relação ao primeiro bimestre de 2017”, finalizou.
VEJA MAIS SOBRE A INTERMODAL 2018:
Na revista Logweb 188, de abril de 2018
Na revista Logwe Digital número 17, de abril de 2018
TODAS DISPONÍVEIS NO PORTAL LOGWEB