Softwares de gestão são indispensáveis para garantir a sobrevivência no mercado

Cada vez mais relevantes na logística, fornecem melhor controle das operações, além de permitir ganhos significativos de produtividade, eliminação de retrabalhos, conformidade contábil e fiscal, padronização de processos e maior integração e agilidade.

As empresas no Brasil gastaram, nos últimos três anos, cerca de 12,37% do seu faturamento bruto com custos logísticos, segundo estudo da Fundação Dom Cabral. Uma das formas de reduzir boa parte desses gastos é investir em softwares de gestão, que permitem monitorar a logística de ponta a ponta e identificar onde é possível fazer melhor.
Não tem como fugir. Cada vez mais, a tecnologia vem evoluindo, tornando-se indispensável ao setor. “No futuro, os softwares de gestão vão garantir uma visibilidade muito maior dos processos, permitindo a diferentes indústrias otimizá-los de maneira contínua e planejá-los de forma muito mais conectada, inteligente e econômica”, aposta Jefferson Castro, gerente de produto da Atech (Fone: 11 3103.4600).
Segundo o professor Auro Castiglia Raduan, CEO da VisiLog Softwares de Otimização Inteligente da Mobilidade e Logística (Fone: 11 2618.5154), os softwares de gestão logística terão um papel de destaque da nova era, a chamada Logística 4.0, que irá tratar de todas as inovações presentes e futuras.
Ele explica que estes softwares, prioritariamente, devem tratar de três questões: otimização de recursos, o que significa fazer mais com menos, principalmente na distribuição dos produtos e serviços; predição do consumo e preferências do cliente; e logística dinâmica, traduzida em velocidade e adaptabilidade às condições de entrega.
Para Gilson Chequeto, cofundador e CEO da transpoBrasil Consultoria e Soluções em Software (Fone: 47 3237.5816), os softwares evoluirão no sentido de consolidação de todas as informações logísticas, sob a ótica dos três principais pilares da gestão, conforme mostrado a seguir.
1) Governança de custos logísticos: em geral, a governança sob a ótica de contratação e pagamento logístico já é tratada pelos softwares. Entretanto, eles deverão evoluir na agregação de inteligência para a escolha dos melhores modelos logísticos.
2) SLA (nível de serviço): garantir o controle dos níveis de serviços das operações logísticas, como qualidade da entrega, incidência de problemas operacionais e subsídio às áreas de SAC. A preocupação das empresas com o nível de serviço logístico tem aumentado muito nos últimos tempos. Por este motivo, os softwares para logística deverão evoluir no sentido de gerar condições para gerenciamento preventivo, e não apenas corretivo.
3) Operacional: garantir toda a operação logística. Os softwares para logística deverão evoluir no sentido de confrontar estatísticas comparativas entre execução operacional prevista e realizada, por exemplo. Isto significa que as empresas precisarão entender os gargalos de operação, como taxas de ocupação incompatíveis com o planejado, tempos de carregamento gerando gargalos, tempo de trânsito diferente do planejado, entre outros. Também deverão simular operações para que empresas consigam enxergar as diferenças entre modelos logísticos planejados e otimizados, em relação a modelos logísticos fixos, como em casos de operações de milk-run.
Analisando o futuro, Jefferson Cescon, diretor comercial da ActiveCorp (Fone: 11 2229.0810), acredita que os softwares de gestão de logística serão mais simples de operar, mais completos e trabalharão em SaaS (Software como Serviço). “Com o SaaS, as empresas focam apenas na logística e não precisam comprar servidores, nem se preocupar com infraestrutura e backup”, explica.
Outro ponto muito importante a considerar, ainda de acordo com ele, é que as operações em logística estão cada vez mais customizadas e dependentes de sistemas. “Por isso, o software deve ter atualizações de versões no máximo quinzenais, exigindo dos desenvolvedores um novo modelo de operação. Grande parte dos softwares está defasada e precisa ser refeita. Por isso, a atenção deve ser redobrada, já que o processo de migração de tecnologias é longo e custoso”, avisa.
Cescon diz que com SaaS ganha-se mobilidade, escalabilidade e agilidade, além de diminuir custos. É possível criar pontos avançados ou novos CDs sem se preocupar com o software, basta ter uma conexão com a internet.
“Uma característica muito importante dos softwares do futuro é a facilidade de conectividade. Sistemas TMS, ERP e WMS devem se conectar como se fossem ‘Lego’ (WebServices). Assim, a logística ganha muito em produtividade, montando o melhor cenário para a operação”, expõe.
Ricardo Gorodovits, diretor comercial da GKO Informática (Fone: 21 2533.3503), vê como tendência nesse setor a maior e a melhor utilização de bases de dados (públicas e privadas) para a tomada de decisão, a maior facilidade na leitura destes dados, uma flexibilidade ampliada para a definição de processos, mas, ao mesmo tempo, rigor quanto ao fluxo das informações, de forma que, uma vez definidos, estes processos sejam de fato seguidos.
Para ele, no que tange à automação, o crescimento de soluções de IoT levará a uma precisão maior dos dados e à obtenção das informações em tempo real. “O uso de blockchain parece ser uma tendência na garantia dos dados em circuitos fechados de rede, com recursos confiáveis para a validação de negócios e operações. E, principalmente, serão cada vez mais definidores de estratégias logísticas, indicando opções para redução de custos e melhor atendimento às demandas do mercado.”
Sócio-gerente da RunTec Informática (Fone: 11 4521.1986), Mauricio Fabri de Oliveira acredita que os softwares de gestão tendem a ficar cada vez mais complexos, com recursos mais robustos e customizados. “É fato que o mercado vem mudando e exigindo ferramentas que sejam adequadas aos processos de cada empresa. Isto é um desafio para as desenvolvedoras, que precisam atuar de forma rápida e personalizada, dificultando a modelagem de produtos de prateleira”, expõe. O resultado deste grande esforço são softwares que fazem os processos da organização fluírem com naturalidade, aumentando e sofisticando os níveis de controle.
Por sua vez, Angela Maria Gheller Telles, diretora dos segmentos Logística e Manufatura da TOTVS (Fone: 0800 7098100), acrescenta que os softwares de gestão têm obtido cada vez mais relevância na logística, fornecendo melhor controle, ganhos significativos de produtividade, eliminação de retrabalhos, conformidade contábil e fiscal, padronização de processo e maior integração e agilidade, entre outros benefícios.

A era da inteligência artificial
Vários setores estão sendo impactados significativamente pela inteligência artificial (AI), e a logística é um deles. Qual é o melhor veículo para a sua operação? Qual o tamanho do desperdício com combustível e pneu devido à má condução? Essas são perguntas que a cadeia logística precisa fazer constantemente.
“Por meio de algoritmos de IA, é possível produzir resultados práticos e automáticos, modelos que conseguem avaliar dados maiores e mais complexos com agilidade e precisão, agregando mais eficiência e retorno de investimento”, explica Alessandra Martins, Country Manager da Infor para a América Latina (Fone: 11 5508.8800).
Thiago Casas, consultor de logística da Otimis Soluções em Tecnologia da Informação (Fone: 11 3027.4197), conta que hoje há duas maneiras de lidar com as exigências de operações logísticas. Uma delas é contar com uma pessoa responsável pelo planejamento da operação, utilizando um conjunto de informações e filtros disponibilizados pelos softwares. A outra é usar um algoritmo para fazer esse planejamento automaticamente. “Um algoritmo é bom, mas não se pode confiar cegamente nele. É aí que entra a inteligência artificial, como uma terceira opção, mais avançada, que automatizaria este planejamento e aprenderia a forma mais eficiente, evoluindo cada vez mais”, explica.
De fato, o propósito da AI é otimizar o trabalho do profissional, reduzindo o tempo gasto com tarefas operacionais, dando a ele condições de tomar decisões mais inteligentes ou apresentando opções mais precisas.
“Não vamos ficar dependentes de nossa própria memória/experiência e/ou de algumas pessoas que apontem a melhor decisão a se tomar. A base de dados vai acumular as informações sobre todo o histórico logístico e de comércio exterior da empresa, com o que deu certo, o que deu errado, e transformar isso em experiência que será aplicada nos processos futuros. A inteligência artificial controlada por hardwares e softwares é muito mais ilimitada nesse aspecto”, frisa Eduardo Vitor, diretor global de Desenvolvimento de Mercado e Gestão de Produtos para comércio exterior da Thomson Reuters (Fone: 11 2159.0500).
Segundo ele, entre as vantagens estão: ganho de tempo geral, validação automática dos custos de toda a cadeia, prevenção e alerta sobre atrasos e a prevenção de erros humanos comuns que podem acarretar prejuízos e multas, como falhas de digitação e incorreções de preços.
Gorodovits, da GKO, lembra que a IA se distribui em uma grande diversidade de softwares, seja sob a forma de redes neurais, seja no mais tradicional modelo de árvore de opções. “Quando utilizamos sistemas que definem a melhor rota, já estamos usando IA. O mesmo se aplica à otimização do planejamento de embarques, por exemplo, visando à redução de ociosidade. Neste sentido, a utilização de IA deve crescer na logística colaborativa, em que vários players (eventualmente até concorrentes) partilham recursos logísticos de forma inteligente, identificando oportunidades para armazenamento e transporte compartilhados e/ou complementares”, conta.
As tecnologias de AI unidas às tecnologias de big data gerarão insights extraordinários com oportunidades de melhorias logísticas para os gestores, conforme expõe Chequeto, da transpoBrasil. “Estes são recursos que devem ser muito explorados pelas software houses daqui por diante, sobretudo as que já estão preparadas para o modelo SaaS, utilizando softwares em nuvem.”
Para Luiz Antônio Rêgo, CEO da Alcis (Fone: 11 3616.0116), talvez a IA tenha seu papel inicial na previsão e correção de erros ou de problemas já ocorridos. “Corrigindo ou ajustando passos que otimizam processos, sejam em e-commerce, roteirização e transporte, a IA poderá auxiliar as empresas a buscar o ‘ótimo’ de forma mais barata e rápida.”
Resumindo, a inteligência artificial vai otimizar a tomada de decisão dentro da logística. “Diante de um cenário de Logística 4.0, em que praticamente tudo é automatizado, incluindo veículos autônomos e drones, a tendência é que a IA contribua para esse cenário dando mais resiliência à cadeia, garantindo que, diante de eventos problemáticos, o processo logístico possa voltar à normalidade o mais rápido possível”, declara Castro, da Atech.

Transformações
Os softwares de gestão estão fazendo grandes mudanças nas empresas. De acordo com Bruno de Antoni, CEO da Bsoft Internetworks (Fone: 11 4063.1592), a automatização das informações é, sem dúvidas, um divisor de águas nesta era da tecnologia.
“Hoje, tarefas que levam alguns minutos para serem executadas em softwares, antes dependiam de uma jornada inteira, por meio do processo manual. Com isso, a interação humana na gestão das empresas pode ser melhor aplicada onde realmente há necessidade, como em negociações, visitas e, principalmente, no fortalecimento do relacionamento com o cliente”, expõe.
Integração entre telecomunicações e tecnologia da informação e a possibilidade de integrar operações internas (back office) e externas (operações móveis) são as mudanças trazidas pelos softwares de gestão, segundo Paulo Westmann, sócio da Mapatrans Tecnologia e Informação (Fone: 11 3153.3395).
Para Leonardo Bruno Bastazini, gerente de negócios da NetVMI Tecnologia da Informação (Fone: 11 2626.9116), grandes mudanças que agregam valor na tomada de decisão geram maior confiabilidade e redução de custos na operação, integram áreas e disponibilizam as informações à distância. “Uma das principais mudanças trazidas com os softwares está na redução de procedimentos para executar uma determinada tarefa, garantindo agilidade”, aponta.
Possibilidade de antecipar tendências por meio de algoritmos inteligentes embarcados nas soluções, otimização do custo logístico, redução de distâncias usando uma rota inteligente, redução do tempo de entrega e eliminação de retrabalhos são algumas das mudanças geradas pelos softwares de gestão com AI embarcada, de acordo com Angela, da TOTVS.
A grande mudança que os softwares de gestão estão fazendo nas empresas, na opinião de Eduardo Canal, executivo de contas da Store Serviços de Automação (Fone: 11 3087.4400), é tornar a empresa cada vez mais competitiva, preparando-a para enfrentar os grandes desafios do futuro.
E falando em desafios, Chequeto, da transpoBrasil, diz que cada vez mais as empresas estão percebendo que não é mais possível terceirizar a inteligência logística. “O lucro e a competitividade aumentam com a absorção da responsabilidade de gestão e planejamento logístico. Este conceito é novo, substancial e definitivo! As empresas de software têm forte responsabilidade na instituição deste novo conceito no mercado”, ressalta.
Anderson Benetti, gerente de produto WMS e TMS da Senior (Fone: 47 3221.3300), analisa que a implementação de estratégias avançadas de gestão de estoques e movimentação de mercadorias só é possível com a sustentação de boas práticas de gestão, processos e softwares aderentes às regras do negócio.
“O consumidor, mesmo sem perceber, passa a ter contato com softwares de logística desde o momento da compra até o recebimento da mercadoria em sua casa. No ato da compra, o consumidor fica sabendo qual é o custo do frete e o prazo de entrega; após a compra, o desafio das empresas é separar, embalar e expedir os pedidos o mais rápido possível; e, na etapa de transporte, garantir que o prazo de entrega seja atendido e que os produtos cheguem ao seu destino em perfeitas condições”, diz.
Para Castro, da Atech, os softwares de gestão vão impactar a logística em três aspectos: análise de dados, novas plataformas e capacidade de entrega. “Quando abordamos análise de dados, falamos, principalmente, das ferramentas de analytics que uma série de empresas já usa para coletar dados de seus processos logísticos. Essa coleta de informações só gera valor quando é convertida em insights consistentes e amplos. Os softwares de gestão são fundamentais para oferecer visibilidade no gerenciamento integrado das informações e na análise desses dados para tomada de decisão”, ressalta.
Ainda segundo Castro, esses softwares também estão facilitando a integração das novas plataformas e tecnologias à infraestrutura de TI já existente nas empresas, além de contribuírem para simplificar sua conformidade com as leis de cada região.
“Todos esses avanços gerados por plataformas inovadoras e a maior capacidade de análise de dados vão permitir que as empresas aumentem consideravelmente sua capacidade de entrega ao longo dos anos, com a implementação de tecnologias como AI, IoT, blockchain e big data”, adiciona.

Ficando de fora
Não dá para sobreviver hoje sem uso de softwares de gestão. “Em um mercado globalizado e altamente competitivo, é praticamente receita do fracasso não utilizá-los”, garante Bastazini, da NetVMI.
Oliveira, da RunTec, acredita que, dependendo do mercado, a empresa até consegue sobreviver por algum tempo sem um software de gestão ou com um software inadequado. Porém, isto lhe custará uma parte de sua margem operacional. “Do ponto de vista de sobrevivência, empresas que atuam em mercados competitivos precisam mais de software do que aquelas que possuem grandes margens de lucro. Mas, em ambos os casos, o software bem aplicado deverá otimizar operações e entregar resultados.”
Paulo Saez, sócio da STIL Soluções – Ok Entrega (Fone: 11 2537.4712), também afirma que para a manutenção e o crescimento dos negócios é mandatória a adoção de soluções de gestão aderentes e confiáveis.
Westmann, da Mapatrans, lembra que os embarcadores de carga e os Operadores Logísticos devem realizar operações auditáveis e isso só se consegue através de softwares integrados envolvendo gestão operacional e administrativa, incluindo as operações fiscais.
De fato, é praticamente impossível trabalhar sem eles, de acordo com Antoni, da Bsoft, pois as empresas que trabalham com transporte precisam se adaptar às exigências do fisco, e isso inclui a emissão de documentos fiscais obrigatórios, como CT-e e MDF-e, que só são emitidos mediante um software especializado. “Mesmo que eles não fossem exigidos, por um curto período de tempo, que não seria possível prever, empresas que não adotam tecnologia ao seu negócio até conseguiriam mantê-la por algum tempo. Porém, é inevitável que surjam outras no mesmo ramo que usem soluções tecnológicas para gerir o seu negócio. Como consequência, companhias menores e menos eficientes em sua gestão acabam sendo ‘engolidas’ por gigantes”, observa.

Exigências
Para atuar com softwares de gestão, o profissional de logística deve, basicamente, dominar sua área de atuação e estar antenado com as novas tendências tecnológicas. É o que diz Chequeto, da transpoBrasil.
“Ele não deve ter mais aquele papel meramente operacional, precisa ser estratégico e tecnológico. Não pode mais perder tempo com operações triviais, pois, para isso, existem os softwares. O mundo acadêmico na área de logística está crescendo bastante, sobretudo com o objetivo de preparar o profissional para as tecnologias”, afirma.
Existe uma grande mudança no perfil profissional de várias profissões mundo afora, como observa Almir Neves, conselheiro da LogComex (Fone: 41 4042.0662). “Notamos que as pessoas precisam ser cada vez mais analíticas e ter um entendimento de como a tecnologia vem evoluindo. Temas como big data, machine learning, DEEP Learning e IA devem ser melhor entendidos e conhecidos”, ressalta.
Castro, da Atech, diz que, realmente, a maioria dos profissionais relata a falta de competência tecnológica entre os colaboradores de logística, que precisam operar máquinas e equipamentos digitais cada vez mais avançados. “Com os avanços da transformação digital, os profissionais de logística vão ter de combinar excelência operacional com capacidade analítica e tomada de decisões multifuncionais baseadas em dados.”
No entanto, para Antoni, da Bsoft, um profissional de logística necessita ter apenas conhecimento básico em informática, além, é claro, do conhecimento necessário na área em que irá atuar. “Com o extenso leque de opções no mercado, existem ferramentas intuitivas e de fácil manuseio. Além disso, existem empresas que oferecem equipes especializadas na implantação do sistema, e depois do período de adaptação, outra equipe de suporte para ajudar em quaisquer assuntos relacionados à gestão, obrigatoriedades e uso do software”, acrescenta.
Na opinião de Gorodovits, da GKO, um profissional de logística, no nível gerencial, pode até não saber operar um sistema, mas precisa conhecer a fundo seus recursos de forma a alcançar o que pode ser obtido por seu intermédio.
Alessandra, da Infor, expõe que, hoje, o profissional de logística tem de ter um software moderno para poder trabalhar de forma competitiva e ser eficiente. Ela analisa que o ano de 2018 trouxe mudanças. Disrupção social, tecnológica, ambiental e política terá impacto massivo no comércio e nas cadeias de suprimentos.
“Para os negócios que operam em vários mercados, existem mais operações e retornos, além de demandas mais exigentes dos clientes. As empresas que não se adaptam correm riscos. As cadeias de suprimento do futuro têm de operar em redes centradas no cliente. O caminho começa com a transformação digital”, conta.
A receita, na opinião de Bastazini, da NetVMI, está na capacidade de aceitar mudanças e saber interpretar as informações que estão disponibilizadas e quebrar os paradigmas naturais para que possa aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. “O conhecimento mais específico através de treinamentos com o fornecedor do software utilizado pela empresa pode gerar resultados positivos para o aproveitamento.”
O fundamental, de acordo com Saez, da STIL Soluções – Ok Entrega, é ter visão estratégica e capacidade para alinhar os sistemas de gestão aos processos de negócio. “Entendo ser necessário compreender os objetivos da empresa e adotar uma plataforma de soluções aderente e que viabilize os planos de ações definidos”, afirma.
O profissional deve conhecer profundamente os softwares que utiliza e suas capacidades, para poder extrair o máximo que estes programas oferecem para melhoria do negócio. “E mais, ter familiaridade com tecnologias inovadoras para entender o que é possível fazer com o que há de novo e aliar a seu negócio. Sem contar a parceria com fornecedores de soluções ou departamento de TI para a busca de melhorias”, expõe Eduardo, da Thomson Reuters.
Para ele, o conhecimento específico de data analytics (análise de dados) e dos próprios dados da companhia proporciona inteligência e um diferencial para a tomada de decisões.
“Para resumir, o profissional de logística nos dias de hoje deve possuir uma visão holística, ou seja, diversificada e integral dos mercados, tecnologias e tendências que influenciam e poderão influenciar sua empresa”, conclui o professor Raduan, da VisiLog.

Avanços conquistados com os softwares de gestão
Cescon, da ActiveCorp, divide as melhorias proporcionadas pelos softwares de gestão em logística em quatro categorias:
1. Gestão de entregas: é fundamental para manter o cliente satisfeito e disponibilizar o produto no ponto de venda. Saber antecipadamente a previsão de entregas, os atrasos e quais produtos foram embarcados facilita a administração e o relacionamento com os clientes.
2. Gestão do frete: é fundamental para remuneração adequada do serviço de transporte. Cálculos e emissões automáticas reduzem muito o trabalho e aumentam a confiança do cliente.
3. Gestão de ocorrências: facilita a identificação de melhorias na operação, além de tratar não conformidades pontualmente.
4. Gestão da informação: distribui as informações da logística para todos os envolvidos na operação, eliminando ligações e e-mails. Tudo fica disponível em um portal que possibilita interações.

O profissional de logística precisa…
Segundo Canal, da Store:
• Conhecer bem os processos operacionais da empresa;
• Conhecer o fluxo logístico e de informações;
• Ter profundo conhecimento do software de gestão;
• Estar familiarizado com as diversas tecnologias existentes hoje no mercado, em especial IoT, RFID e voice;
• Ter em mãos KPI´s em dispositivos móveis para gestão da operação e para a tomada de decisão.

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