A INFRAERO vai receber, na próxima segunda-feira (29/10), o reconhecimento de melhor Empresa Pública da Década. A cerimônia acontecerá no Buffet França (Avenida Angélica, 750 – Higienópolis), em São Paulo (SP), às 19h. A premiação, Latin American Sales Personality Awards (LASPA), é oferecida pelo pelo grupo Global Council of Sales Marketing (GCSM).
A operadora de aeroportos está entre as três maiores do mundo; conta com serviços que atendem a padrões internacionais de segurança, conforto e qualidade e, desde 1973, contribui para enriquecer a experiência dos clientes que utilizam os seus terminais. A rede de aeroportos da INFRAERO é composta por 55 aeroportos presentes em todos os estados da federação.
O prêmio chega num momento decisivo para a empresa, que nos últimos anos tem vivido uma série de transformações em virtude da privatização de nove aeroportos de grande porte do país: Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão, Confins, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Além desses terminais, a estatal desativou o Aeroporto de Natal por conta da construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante.
Em meio a esse processo, a INFRAERO, que nos últimos 45 anos foi praticamente a única empresa a investir no setor aeroportuário nacional, teve de se reinventar. Essa mudança só foi possível graças às medidas de modernização adotadas pelo atual presidente da empresa, Antônio Claret de Oliveira, que tornaram os processos internos mais ágeis e capazes de responder aos desafios da concorrência.
Presidente da INFRAERO desde junho de 2016, Antônio Claret de Oliveira é engenheiro agrônomo, pós-graduado em gestão de negócios, engenharia de qualidade e gestão da sustentabilidade. Toda a sua carreira foi desenvolvida no setor privado, de onde vêm as ideias para consolidar uma governança aderente à praticada pelas melhores empresas do ramo. Claret vem maximizando os resultados dos aeroportos, aproximando-se da base da empresa e orientando as lideranças a aprimorarem continuamente a gestão.
Questionado sobre como a INFRAERO vem se refazendo após perder R$ 2,8 bilhões em receitas anuais dos terminais concedidos, ou seja, aproximadamente 62% da arrecadação total, o gestor é categórico: “Com uma visão múltipla de mercado, regida por valores que ultrapassam a dinâmica estatal, sem deixar de fora a excelência nos serviços e o atendimento aos passageiros”.
Os resultados desse novo posicionamento de mercado podem ser vistos no último balanço da empresa. Após anos no vermelho, aliado ao cenário de recessão econômica, a INFRAERO encerrou 2017 com resultado operacional positivo de R$ 505,4 milhões, cinco vezes maior que o obtido em 2016. No período, as receitas operacionais ultrapassaram R$ 3,3 bilhões, o que representou um aumento de 15,2% em relação ao ano anterior. “Estamos cumprindo o grande desafio de manter a INFRAERO sustentável financeiramente, e, para 2018, a expectativa continua na mesma direção, com resultado positivo projetado em R$ 472 milhões”, explica Claret.
Esses resultados só foram possíveis devido a uma gestão focada na promoção de ações de governança que visaram garantir a sustentabilidade econômico-financeira, com otimização de receitas e despesas. “Nós não só passamos por um momento de crise, mas aprendemos que crise é uma ação longa da nossa vida. A solução para a crise é a mudança, porque a mudança é a única coisa certa que existe”, comenta.
Ao final de 2017, o efetivo da INFRAERO contava com 8.877 empregados, o que representou uma redução de 9,2% em relação ao ano anterior. Os gastos com pessoal, no período, também tiveram redução de 9,8% em relação a 2016, totalizando economia aproximada de R$ 200 milhões no ano.
Mas as mudanças não pararam por aí. No início deste ano, a estrutura da empresa ganhou uma nova configuração, com o número de diretores e diretorias passando de sete para quatro, o que representou 42% de redução no alto escalão. Também houve a extinção de oito centros de suporte e a criação de um centro de serviços, sediado em Brasília, com unidades de apoio em Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Com esse ajuste, foi obtida redução de custos estimada em R$ 22 milhões ao ano. “Com a nova estrutura e a economia gerada, a INFRAERO segue no seu propósito de consolidar-se como referência através da excelência nos serviços, atendimentos e operações”, ressalta Claret.
O reconhecimento da expertise da INFRAERO, como conta Claret, vem dos próprios usuários e passageiros. O gestor comemora o fato de o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, ter sido eleito pela terceira vez consecutiva como o melhor do país, de acordo com a pesquisa Aeroportos +Brasil, que ouviu 54,5 mil passageiros ao longo de todo o ano de 2017. Das 12 categorias avaliadas na sondagem, o Afonso Pena venceu em outras 7, entre os aeroportos que movimentam de 5 a 15 milhões de passageiros ano. “Estamos atentos para que a qualidade aferida em Curitiba se estenda a todos os demais aeroportos da INFRAERO”, pontua.
Claret explica que a INFRAERO tem ainda mais motivos para comemorar. No primeiro semestre deste ano, a empresa alcançou o nível máximo no índice de governança das estatais, o IG-SEST. O índice avançou 110% em menos de 6 meses. Com isso, a empresa agora integra o Nível 1 de governança, tendo conquistado a maior evolução entre todas as estatais avaliadas. Para alcançar esse grau, foram implementadas 35 ações focadas na governança.
“A INFRAERO tem uma história de lutas e vitórias, construída ao longo de sua existência, e sempre terá seu espaço enquanto estatal que integra o Brasil de Norte a Sul, mas também é importante estarmos atentos no capital privado, para que os terminais tenham novos investimentos, sem depender apenas do dinheiro público. Por isso, agora, a empresa se prepara para uma nova etapa: a abertura de capital”, conclui o gestor.
O PRÊMIO
A primeira edição do prêmio LAPSA aconteceu em 2012 e, desde então, a premiação acontece a cada dois anos. O GCSM é uma entidade que foi criada e idealizada por um grupo de empresários brasileiros com o propósito especial de ampliar o escopo e, dar reconhecimento nacional e internacional às melhores práticas de negócios, governanças sustentáveis, éticas e vitais para o desenvolvimento econômico, social e de mercado. Identificando assim, empresas, pessoas e entidades de reconhecido mérito nas mais diversas atividades, e que contribuem ao desenvolvimento integrado e sustentado no Brasil, América Latina e no resto do mundo.