O Idec, Ong de Defesa do Consumidor, e outras entidades enviaram nesta quarta-feira (05), às autoridades responsáveis pelo tráfego, transporte e administração da cidade de São Paulo, um documento com recomendações para melhorar as condições de tráfego na região do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros, na zona oeste da cidade, no dia 15 de novembro.
“Vinte dias depois da queda de parte da estrutura, as medidas tomadas pelas autoridades ainda não surtiram efeito para melhorar o deslocamento de quem precisa passar pela região. Algumas delas, como liberar o tráfego de táxis nos corredores e faixas de ônibus, só complicam o trânsito porque direciona ainda mais veículos para a área interditada”, alerta o pesquisador em mobilidade urbana do Idec Rafael Calabria.
O documento, assinado também pelas entidades Ciclocidade, Cidadeapé, Bike Zona Oeste e a Rede Nossa São Paulo, foi enviado para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), para São Paulo Transporte S.A (SPTrans), para Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), para as Secretarias de Transporte Municipal e Estadual, para os gabinetes da Prefeitura e do Governo do Estado.
Entre as medidas sugeridas pelas organizações estão: implantar faixas exclusivas de ônibus na via e no entorno, além de ampliar o atendimento de ônibus na região; reduzir a tarifa na área para incentivar o uso do transporte coletivo; ampliar e completar a rede cicloviária dos pontos próximo ao incidente; ampliar os acessos à ciclovia da Marginal Pinheiros, que poderia ser usada por mais pessoas; e melhorar a caminhabilidade nas pontes e na região do viaduto, evitando também pequenos deslocamentos em carros.
Para as entidades, essas medidas, utilizadas em conjunto, poderiam amenizar os grandes problemas enfrentados por quem mora ou necessita passar pela região. Segundo a prefeitura, não há previsão para conclusão das obras para reabrir o viaduto interditado.