Reunião entre a Prefeitura de Santo André e a Braskem apresentou investimento de R$ 600 milhões na planta da região para a construção de sistema, em parceria com a Siemens, que vai ampliar a autossufiência da petroquímica quanto à geração de eletricidade, e evitar que sofra prejuízos com queda de energia como no dia do apagão, há duas semanas. Com isso, o flare, que é um sistema de segurança, será acionado menos vezes, e a população poderá ficar mais tranquila.
O investimento no projeto de modernização do sistema elétrico começa neste ano e sua conclusão é prevista para 2021.
Dentre os benefícios estão também a redução no consumo de energia elétrica e de água da unidade, além de diminuir em 6,3% as emissões de CO2, gás causador do efeito estufa, da fábrica. E a melhoria da confiabilidade do sistema de energia elétrica e de vapor, que, dentre os benefícios mais visíveis para a comunidade vizinha ao Polo Petroquímico, é a uma redução do flare, mecanismo seguro para a queima de gases utilizado por indústrias químicas, petroquímicas e refinarias. Atualmente, este sistema é acionado quando a fábrica passa por instabilidades operacionais, como a falta de energia elétrica. “Tendo um sistema energético mais eficiente, minimizamos as ocorrências que requerem este processo que, apesar de seguro, pode causar transtornos às pessoas que vivem na região”, afirma Flávio Chantre, diretor de relações institucionais da Braskem.
Para o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), a notícia é muito bem vinda, por trazer investimentos à cidade, propagar a vida útil da petroquímica – que, segundo Chantre, se estenderá por décadas – e manter os 4.000 empregos diretos e indiretos da Braskem e os 10 mil, ao todo, do polo. “Trata-se de um projeto ousado de eficiência energética, que além de ampliar a competitividade tem toda uma questão de sustentabilidade importante”, assinalou. “O investimento também deixa a população do entorno mais tranquila, uma vez que traz mais segurança ao complexo petroquímico.”
Fonte: Diário do Grande ABC