O diretor do grupo italiano Saline Impregillo SPA, Massimo Guala, e o cônsul da Itália em São Paulo, Fellipo de La Rosa, se reuniram com diretores da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), em Cuiabá, para conhecer necessidades e projetos de infraestrutura no estado, como a Ferrogrão – ferrovia que ligará Sinop (MT) ao porto em Miritituba (Pará) para escoamento da safra agrícola e demais produtos. O empreendimento será feito pela iniciativa privada em parceria com o governo.
O grupo empresarial tem mais de 110 anos de atividades, está presente em mais de 50 países e fatura cerca de 7 bilhões de euros ao ano. “O interesse existe principalmente para a Ferrogrão, pela experiência que temos de construção de ferrovias no mundo. Vamos analisar projetos que estão em fase já bastante avançada, como a Ferrogrão parece ser e, eventualmente, em outros que podemos ajudar na área de infraestrutura. E após essa reunião temos base para aprofundar e entender melhor”, afirmou Guala.
De acordo com o cônsul Fellipo de La Rosa, os italianos podem contribuir com projetos no Estado. “Sempre quando se abre o jornal se constata que o Brasil precisa de infraestrutura. É algo importante que precisa ser sanado para desenvolver o estado e o país, consequentemente. Temos que estar presente onde as coisas são feitas e acontecem. Por isso, estamos aqui visitando o Estado. Esse é um grande grupo italiano que já fez grandes projetos no Brasil. Agora estão focados em ferrovias. Acredito que podem contribuir com as necessidades locais”, disse o cônsul, através da assessoria.
O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira, contou que a empresa italiana “tem um portfólio de obras muito grande e interessante. Com certeza, se vier para o estado vai contribuir muito não só para o desenvolvimento da logística, mas também para o desenvolvimento das nossas técnicas construtivas.”
Há poucos dias, quando esteve em Sorriso, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o governo federal vai tirar a obra da ferrovia do papel.
O projeto original prevê investimentos de R$ 12 bilhões, por parte de multinacionais do agronegócio com financiamentos do BNDES. Um terminal de cargas deve ser construído em Sinop e outro em Matupá. Serão 1,1 mil quilômetros de trilhos. A estimativa é de capacidade para transportar 42 milhões de toneladas quando operando à plena capacidade.
Fonte: Só Notícias.