Segundo pesquisas do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP, em parceria com a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em 2018, o PIB-volume do agronegócio, calculado pelo critério de preços constantes, cresceu em todos os segmentos.
A alta foi de 1,87%, com elevações de 5,17% para insumos, de 0,41% para o segmento primário, de 1,97% para a agroindústria e de 2,31% para os agrosserviços.
Importância
Como se pode ver, o agronegócio tem uma importância muito grande no fluxo de carga em nosso País.
“No que envolve o mercado doméstico, a cabotagem vem ampliando cada vez mais sua participação no fluxo de cargas de alguns setores, como uma alternativa ao modal puro rodoviário, de longa distância. Afinal, hoje, o mercado tem disponível uma elevada frequência de navios e abrangência territorial de atendimento elevada, possibilitando atendimento nos principais corredores de demanda Sul/Sudeste para Norte/Nordeste ou vice-versa. Vale salientar também o fator competitivo quando se analisa o custo total logístico por tonelada, ou seja, além do custo frete possivelmente menor que o do puro rodoviário, devem ser contabilizadas a maior segurança, a menor perda ou avaria ao produto”, aponta Jaime Batista, gerente de Vendas Cabotagem da Aliança Navegação e Logística (Fone: 11 5185.3100)
Ele também ressalta que, no que envolve o mercado doméstico, a cabotagem vem ampliando sua participação no fluxo de cargas de setores como de arroz, grãos nobres (grão de bico/ervilha/lentilha/canjica), feijão, açúcar, tratores, fertilizantes, milho, cacau e açaí congelado, entre outros.
“Para algumas regiões, optamos pelo uso de balsas e ferrovias, além do rodoviário, para compor uma oferta porta a porta às demandas que surgem. Importante salientar que estudamos as características de cada produto, visando que estes não tenham sua qualidade prejudicada, evitando perdas e/ou avarias”, diz Batista.
Diferenciais
Ele também fala que o uso da cabotagem pelo setor de agronegócios permite considerar em seu planejamento uma logística de armazenagem/estoque flutuante, tendo em vista que os produtos ficam armazenados de maneira segura dentro dos contêineres que, por sua vez, ficam armazenados em área portuária ou navegando a bordo de navios dentro da rota prevista até o destino final. “Adicionalmente, é importante salientar pontos relevantes nesta análise de alternativa da cabotagem porta a porta – fatores sociais, como a redução do número de acidentes nas estradas, ambientais, pelo fato de haver uma menor emissão CO2 em toda a cadeia de transporte, e redução na necessidade de investimentos para manutenção de vias e estradas, haja vista que as distâncias mais longas são efetuadas por mar/rios e/ou ferrovias”, completa o gerente de Vendas Cabotagem da Aliança.
Ainda com relação a conteinerização, ele diz que hoje ela permite o transporte de cargas paletizadas, batidas, big-bags ou até mesmo soltas, com o uso ou não de liner bags, podendo ser basculadas, elevando a produtividade das operações.