O Centro Logístico Campo Grande (CLCG) vai priorizar as vagas de emprego para os moradores do ABC, com direito a capacitação de todos os profissionais contratados. Considerando o projeto completo, serão 1.200 vagas em diferentes áreas.
“A abertura das vagas será feita primeiramente para os moradores da região. Somente as que não forem preenchidas, depois disso, serão ofertadas para pessoas de fora do ABC”, afirma Jael Rawet, idealizador do CLCG.
Segundo ele, serão contratados inicialmente os perfis necessários para o desenvolvimento da obra ligados à construção civil – pedreiros, carpinteiros, serviços de limpeza, portaria, profissionais especializados em serviços de ferrovia, técnicos para gerenciamento ambiental, entre outros.
A partir da abertura das vagas, o departamento de Recursos Humanos do empreendimento receberá os currículos e selecionará os candidatos da região. Depois da instalação e início das atividades do CLCG são previstos empregos como operadores de empilhadeiras, técnicos ambientais para monitoramento, serviços administrativos, portaria e recepção, entre outros.
O objetivo do empreendimento é atender a necessidade da infraestrutura ferroviária, sempre contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável.
No local, situado às margens da Ferrovia Santos-Jundiaí, em Santo André, na Grande São Paulo, será erguido um centro para atividades de triagem e formação de trens, transbordo e armazenagem de cargas para ampliar a infraestrutura ferroviária. O projeto prevê a instalação de pátios e galpões, além de obras de viário interno e de melhorias no viário externo.
“Na prática, o centro servirá como um bolsão de espera, que fornecerá suporte às cargas que saem e chegam ao Porto de Santos, e acessam a Grande São Paulo, interior do Estado, Rio de Janeiro e outros estados do Brasil”, afirma Rawet.
Segundo ele, a ideia é construir um centro logístico predominantemente intramodal (ferroviário-ferroviário), conforme definidas as PLP’s, plataformas logísticas periféricas no Planejamento do Governo Estadual (PAM_TL).
“O projeto atende à necessidade logística para o transporte de cargas ferroviário, a partir do pátio de manobra existente”, afirma Rawet.
Além dos 1.200 postos de trabalhos diretos, o projeto contribui para a redução da emissão de poluentes com menos caminhões circulando nas rodovias que ligam o Porto a Região Metropolitana e o resgate da vocação da infraestrutura ferroviária presente há 150 anos na região, além do incremento orçamentário de R$ 35 milhões por ano para os cofres da prefeitura de Santo André, por meio do pagamento de impostos.
Preservação ambiental
O centro foi desenhado a partir das características ambientais da região. A área máxima construída proposta no projeto original ocupará apenas 6,7% do total, e 80% da vegetação será preservada e monitorada permanentemente. Será criada uma área de reserva florestal, permanentemente monitorada, de 369 hectares, e outros 109 hectares externos a ela também serão preservados. Haverá, ainda, a implantação de programas ambientais durante a execução do projeto, de caráter preventivo, de controle ou compensatório.
“Trata-se, portanto, de uma iniciativa que alia empreendedorismo, sustentabilidade, desenvolvimento e respeito ao meio ambiente, atendendo à necessidade nacional, contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável, e que será implementada em conformidade com a legislação vigente e mediante todas as fases de aprovação por parte dos órgãos públicos”, conclui Rawet.
O projeto está em fase avançada para emissão de licença prévia por parte da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Mais informações podem ser obtidas pelo site http://campograndelog.com.br/.