Walmart muda de nome no Brasil e prevê investimento de R$ 1,2 bi

A rede de varejo Walmart Brasil decidiu mudar sua marca no país para Grupo Big. A mudança ocorre cerca de um ano após 80% de suas operações terem sido adquiridas pela empresa de investimentos Advent.

Os atuais gestores da companhia tinham um prazo de até três anos para seguir usando a marca americana, contados da data da compra da empresa.

Pesaram na decisão de antecipar a mudança, de um lado, a possibilidade de reduzir o pagamento de royalties e, de outro, o plano de mudar o perfil da rede já apresentando ela com uma nova marca.

A companhia informa que tem como plano reforçar o investimento no canal atacarejo e em clubes de compras.

A companhia prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão Brasil nos próximos 18 meses. O objetivo é a modernização e a ampliação de suas lojas. Elas terão maior foco nos formatos de atacarejo, explorados por rivais como GPA, Carrefour Brasil e clube de compras.

O agora Grupo Big opera atualmente com cerca de 550 lojas e 50 mil funcionários em 18 estados, além do Distrito Federal. A companhia afirma ser o terceiro maior conglomerado de varejo alimentar do Brasil.

“As lojas de hipermercado Walmart nas regiões Sul e Sudeste passarão a se chamar BIG, enquanto no Nordeste, todos os hipermercados serão Big Bompreço”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

“Até junho de 2020, a expectativa é concluir a reforma de 100 hipermercados”, diz o comunicado.

A bandeira Sam’s Club terá, em um período de um ano, dez novas lojas. A primeira será inaugurada no início deste semestre e, até o final do ano, mais três unidades serão abertas, segundo a rede. “Esse movimento faz parte do projeto de conversão de hipermercados em Maxxi Atacado e Sam’s Club”, informou o grupo.

Walmart tem recuado especialmente em mercados de crescimento mais lento e investindo em lugares como China e Índia. O Brasil foi por uma década foco de expansão, mas a unidade perdeu força nos últimos anos com problemas operacionais combinados com os efeitos de uma forte recessão

Patrice Etlin, sócio do Advent, afirmou que a compra dos papeis do Walmart foi o “maior cheque” já feito pela empresa e envolveu “alguns bilhões de reais”.

Fonte: Reuters