Movimentação de cargas na Ativa Logística deve crescer 15% com alta da indústria de HPC

Depois de uma revigorada em 2018, quando obteve um crescimento real de 1,7%, a indústria da beleza no Brasil espera fechar a atual temporada com outro saldo positivo, na faixa dos 2%. No ano passado, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o setor movimentou US$ 30,3 bilhões (quase R$ 120 bilhões), colocando-se como o quarto maior mercado do mundo, com participação de 6,2% nas vendas globais, atrás apenas de Estados Unidos (18,3% – US$ 89,5 bilhões), China (12,7% – US$ 62 bilhões) e Japão (7,7% – US$ 37,5 bilhões), e bem à frente da Alemanha (4,1% – US$ 20,2 bilhões).

Com esse desempenho expressivo do mercado da beleza, a Ativa Logística, um dos maiores operadores logísticos nos segmentos de medicamentos e cosméticos do país, também segue na mesma linha de otimismo. Em 2019 a companhia movimentou 600 mil toneladas de produtos em 18 unidades operacionais, atendendo a 90% de clientes do mercado de saúde e HPC. Até o final de dezembro ela espera consolidar um crescimento de 15% na movimentação de cargas. Entre janeiro e junho últimos, já foram 350 mil toneladas, 80% delas de cosméticos.

Um dos bons motivos para acreditar no crescimento da movimentação do setor da beleza é que o consumo também ganha novos canais, como o das farmácias, onde a Ativa Logística se faz muito presente e pode capitalizar negócios. “A demanda por serviços logísticos deverá crescer nos próximos cinco anos e estamos focados nisso, aplicando o plano estratégico, preparando os recursos humanos, infraestrutura e tecnologia para atender as necessidades do mercado com maior qualidade, produtividade e sermos muito mais competitivos e rentáveis”, argumenta o presidente Clóvis A. Gil.

Desde 2018 a Beauty Fair, maior feira da beleza da América Latina, tem desenvolvido uma parceria com a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) com o Fórum Beauty Fair Farma, onde o objetivo é fazer com que o canal farma e o mercado de beleza explorem novas oportunidades de negócios. Só de farmácias e drogarias o país tem cerca de 80 mil lojas. Em contrapartida, havia até o final de dezembro último, 2.794 indústrias regularizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atuando no setor de HPC. E de olho nas oportunidades que devem surgir no mercado, a Ativa investe forte em novas tecnologias, contratações e ampliação da frota, que demandarão, até o final do ano, algo em torno de R$ 30 milhões.

Um mercado muito exigente – De acordo com Marcelo Azevedo, gerente nacional de Operações da Ativa Logística, as exigências das agências reguladoras para atender esse mercado são amplas e rígidas, sem espaço para amadores. “O fato é que para atuar no mercado de forma correta atendendo a todas as exigências, é preciso fazer investimentos consideráveis para que os clientes tenham a certeza de que possuem um parceiro logístico cumprindo todas as regras e que seus produtos estão sob a responsabilidade de uma companhia séria e que investe na qualidade e manutenção”, afirma o executivo.

Com a estimativa de crescer 17% em 2019, a Ativa, que também oferece armazenagem e gestão de inventários, tem instalações diferenciadas para picking & packing, adequação, montagem de kits e expedição de cosméticos, medicamentos e correlatos. Para esses últimos, a companhia, com 18 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Curitiba, no Paraná, investe em um novo armazém com área climatizada de 15º a 25º para atender cada vez mais as exigências do mercado.

Desde 2017, a Ativa Logística fortalece o conceito de integrador logístico em suas operações. Ela oferece o transporte pelo modal rodoviário desde sua fundação, há 23 anos, e a partir de 2016 o faz pelo modal aéreo, quando adquiriu o controle total da Trans Model Air Express. “Os segmentos que atuamos necessitam de capacitação e experiência do integrador logístico, em razão da capilaridade dos pontos de venda. Com a terceirização logística, as indústrias podem concentrar seus esforços em seu core business (inovação, produção e vendas), ganhando em competitividade e reduzindo seus custos”, afirma Gil.