Klabin vence licitação de armazém no Porto de Paranaguá
Maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, a Klabin venceu a licitação de armazém no Porto de Paranaguá, PR. No leilão, ocorrido na sede da B3, em São Paulo, SP, a companhia garantiu acesso a uma área de 27.530 m² pelo prazo de 25 anos, passível de prorrogação por mais 45 anos. Ao todo, estão previstos investimentos de cerca de R$ 130 milhões e o início das operações está programado para 2022.
De acordo com Sandro Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin, “o Porto de Paranaguá é um dos mais importantes do Brasil e a principal rota de escoamento de produção da empresa. Com o Projeto Puma II e o aumento dos volumes previstos para exportação, o novo armazém trará garantia operacional de longo prazo, verticalizando totalmente nossa operação com a ligação ferroviária das fábricas diretamente ao terminal portuário, condição que nos permite atingir índices de produtividade logística de alto desempenho e consequente incremento na competitividade dos nossos produtos”. Ainda segundo Ávila, com a concessão do terminal, a companhia otimizará sua inserção nos mercados globais de papel e celulose, garantindo mais agilidade e eficiência ao longo do processo de escoamento de sua produção.
Docas do Rio divulga as novas poligonais dos portos
Com a assinatura, no último dia 5 de julho, das portarias que alteram as poligonais dos Portos Organizados sob sua gestão, a Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ divulgou as principais mudanças ocorridas na delimitação das áreas dos Portos do Rio de Janeiro, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis, como também os mapas das coordenadas atualizadas.
As poligonais delimitam os Portos Organizados, definindo as áreas de responsabilidade e competência da Autoridade Portuária. Os imóveis dentro das poligonais também possuem instrumentos comerciais distintos para sua comercialização.
A Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Portuário (GERPLA), responsável pela gestão das poligonais, apresenta como ficaram as áreas dos Portos Organizados com as inclusões e exclusões ocorridas, e destaca alguns pontos das novas poligonais:
Porto do Rio de Janeiro: diversos imóveis da CDRJ foram incluídos na poligonal, possibilitando a utilização de diversos instrumentos comerciais e restringindo a sua alienação.
Porto de Itaguaí: o grande destaque foi a retirada de trecho do canal de acesso ao TUP da Ternium. As tratativas foram conduzidas entre a SUPLAM/GERPLA e SUPITA e, como resultado, a CDRJ irá economizar R$ 20 milhões a cada dois anos com dragagem naquele trecho – que atendia exclusivamente ao terminal privado.
Porto de Niterói: as áreas de fundeio da Baía de Guanabara, de responsabilidade da CDRJ, também foram incluídas na área do Porto Organizado de Niterói (compartilhando com o Porto do Rio de Janeiro). Cabe destacar que a regra para utilização de área de fundeio é definida pela CDRJ, não tendo ligação com a área do Porto Organizado.
Porto de Angra dos Reis: o lote 4 foi excluído da poligonal, em virtude da CDRJ ter perdido a posse para a Prefeitura de Angra dos Reis (a CDRJ está recorrendo da decisão judicialmente).
Novo produto da Maersk simplifica compras para clientes
A Maersk está expandindo sua lista de produtos com o Maersk Spot, solução com uma interface completamente digital que oferece garantia de carga com preço fixo. “É comum ver overbooking de até 30%, e isso geralmente resulta na rolagem das cargas dos clientes para compensar a queda. Através do Maersk Spot, garantimos transparência completa do preço para o embarque da carga. Esse serviço possibilitará aos clientes transportar de um jeito mais simples e confiável”, diz Silvia Ding, diretora mundial de Produtos Oceânicos.
Com a nova solução, os usuários poderão buscar cotas competitivas online 24 horas por dia. O preço integral é calculado e confirmado instantaneamente quando a reserva é feita. “Hoje, no processo tradicional, há cerca de 13 passos individuais que requerem muita burocracia e documentação – tabela de preços, termos e condições, sobretaxas, etc. Com o Maersk Spot, este processo penoso é reduzido em cinco passos simples e integrados, tudo online”, continua Silvia.
Entre os usuários da solução está a Ramco Cements Limited, que envia cerca de 200 contêineres do porto Kattupalli, na Índia, até Colombo, no Sri Lanka, semanalmente, garantindo suas reservas com até uma ou duas semanas de antecipação para assegurar a entrega pontual aos seus clientes com a melhor cotação.
Em agosto, duas áreas nos portos de Santos foram leiloadas
Com arrecadação de R$ 147,5 milhões, duas áreas nos portos de Santos, SP, foram leiloadas em agosto último. A primeira área do Porto de Santos foi leiloada por R$ 112,5 milhões para a Hidrovias do Brasil. A empresa ganhou o direito de exploração por 25 anos de três armazéns interligados por esteiras ao cais, em um total de 29,3 mil metros quadrados para movimentação de sal e fertilizantes. A expectativa do governo federal é que a nova concessionária traga investimentos de cerca de R$ 219,3 milhões.
A segunda área em Santos foi arrematada pela Aba Infraestrutura, por R$ 35 milhões. O espaço, com 38,4 mil metros quadrados, é destinado à movimentação de líquidos, como produtos químicos, etanol e derivados de petróleo. A estimativa do governo é que sejam feitos R$ 110,7 milhões em investimentos. (Fonte: Agência Brasil)
Bureau Veritas lança plataforma digital para vistorias de embarcações
Especializado em Teste, Inspeção e Certificação, o Grupo Bureau Veritas lança com exclusividade no Brasil a OSP – Optimum Survey Panning, plataforma digital para planejamento de vistorias de embarcações. A ferramenta possibilita o melhor monitoramento dos itens que são avaliados no processo de classificação e antecipa aos clientes relatórios de conformidade, monitora os prazos das vistorias e dos certificados, o que permite a antecipação das inspeções, evitando que a embarcação precise ficar parada devido a itens vencidos. A plataforma está disponível mundialmente e já monitora mais de mil embarcações.
“As vistorias de embarcações eram agendadas para datas próximas ao fim do prazo de validade, o que muitas vezes significava um maior tempo de parada para sua realização e renovação dos certificados. A OSP otimiza os processos e permite um planejamento mais eficiente, com agendamento de novas vistorias conforme as paradas programadas na rota da embarcação. Isso garante mais controle e flexibilidade para os clientes, além de economia, evitando que a embarcação precise ficar mais dias atracada”, destaca Marcio Pereira, diretor de Marítima & Offshore do grupo.
A OSP monitora e emite avisos sobre a validade e a expiração das vistorias de navios classificados pelo Bureau Veritas, além de disponibilizar informações sobre o andamento de solicitações de inspeções, relatórios e testes. O sistema integrado e digital permite ganho de tempo, redução de custos e menor impacto na operação. A plataforma também verifica as rotas das embarcações e indica datas e portos mais próximos e convenientes para a realização das vistorias, possibilitando antecipar as vistorias de acordo com o itinerário do navio.
Posidonia investe R$ 15 milhões em construção e recuperação de navios
A companhia de navegação Posidonia, especializada no transporte de cargas na costa brasileira (cabotagem) e longo curso, acaba de investir cerca de R$ 15 milhões na construção e recuperação de navios para atender a demanda de projetos de infraestrutura. A Posidonia Bravo, primeira embarcação da companhia construída com recursos próprios, chega para atuar em operações especiais de lavra e transporte de minerais no oceano. Tem capacidade para transportar três mil toneladas, sistema de descarte sustentável e bombas de dragagem com capacidade de 55.000 m³ diários. Já a balsa de carga geral Santa Maria passou por extensa obra de classificação para transportar carretéis de umbilicais (estruturas metálicas em forma de carretel para acondicionamento dos umbilicais – conexões flexíveis para transferência de óleo entre embarcações) na cabotagem.
Segundo Abrahão Salomão, sócio da Posidonia, a empresa deve encerrar o ano com faturamento de R$ 100 milhões, representando um acréscimo de 50% em relação ao ano anterior. “Isso é fruto não apenas da operação do Posidonia Bravo e da Santa Maria, mas também do transporte de minérios e biocombustíveis, além de cargas ro-ro”, explica o executivo.
De janeiro a junho deste ano, o volume de carga transportada pela Posidonia chegou a cerca de 500 mil toneladas. “Nesse primeiro semestre nossos resultados foram bastante consistentes. Estimamos chegar até o final deste ano com quase um milhão de toneladas de volume de carga transportada”, prevê Abrahão.
Parcerias permitirão desenvolvimento do Porto de Estrela, no Rio Grande do Sul
Em solenidade realizada em julho último no Ministério de Infraestrutura, foi oficializada a extinção da poligonal portuária do Porto de Estrela, no Rio Grande do Sul – que está sob administração do Governo do Estado desde 2014. Isso significa a possibilidade de investimentos privados para aquela área.
A antiga poligonal apresentava obstáculos frente às regras da Lei dos Portos (12.815/2013) para que fossem buscadas alternativas para aquelas áreas. “Fica claro ao Estado que devemos revisar as poligonais para buscar soluções para áreas que estão paradas possam servir a propósitos de desenvolvimento regional”, afirmou, na ocasião, o superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima.
A revisão das poligonais, que compreende as áreas destinadas às instalações portuárias, bem como à infraestrutura de proteção e de acesso ao porto, tem por objetivo definir com maior clareza quais são os limites geográficos da jurisdição e da atuação (pública e privada) desses portos. Para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a revisão vai acelerar as solicitações para a instalação ou ampliação dos terminais de uso privado (TUPs). “Nosso objetivo é simplificar as operações, reduzir a burocracia, dando incentivo para que a iniciativa privada realize investimentos”, explicou Freitas. De acordo com o superintendente dos Portos, o objetivo da gestão da Superintendência é focar na eficiência e qualidade da operação portuária já existente e abrir espaço para que as parcerias com o setor público e com a iniciativa privada possam desenvolver áreas nobres que estão subutilizadas. “O próximo passo é fazermos o mesmo com Cachoeira do Sul, que também tem grande potencial, e com o Cais Mauá, em Porto Alegre”, completou. Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre – A equipe técnica da Superintendência dos Portos já está realizando levantamento das poligonais portuárias dos três portos em operação no Rio Grande do Sul para verificar quais áreas serão mantidas dentro de poligonais e quais áreas serão retiradas, facilitando a chegada de TUPs. “O Ministério de Infraestrutura, através da Secretaria Nacional de Portos, tem sido extremamente eficiente em ouvir e atender os anseios dos portos delegados tendo em vista que são as autoridades portuárias que possuem o conhecimento e as potencialidades regionais. Portanto, seguindo as determinações do Ministério de Infraestrutura, estamos analisando as poligonais dos três portos para assim encaminhar nossa sugestão”, concluiu Estima.
TCP recebeu novos portêineres que aumentarão a capacidade do cais em 33%
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, recebeu, em julho último, dois novos portêineres fabricados pela empresa chinesa ZPMC (Shanghai Zhenhua Port Machinery Co. Ltd). Os equipamentos, que fazem parte do pacote de investimentos de ampliação do Terminal, devem aumentar em 33% o potencial de produtividade do cais do Terminal.
Os portêineres da ZPMC são os maiores do Brasil, com 66 metros de lança e 50 metros de vão livre a partir do trilho, podendo alcançar até 24 fileiras no navio. Os equipamentos estão sendo instalados no novo cais de atracação do Terminal por uma equipe de engenheiros chineses.
Com os dois novos equipamentos, o Terminal passará a contar com oito portêineres e estará capacitado para operar navios de até 366 metros de comprimento sem restrições. “Com isso, aumentamos a produtividade dos berços, diminuindo o tempo de permanência dos navios no Paraná, o tempo de espera para atracação e o número de omissões, que já é muito baixa”, diz Alexandre Rubio, diretor Comercial da TCP.
Além disso, amplia a capacidade da TCP em absorver a demanda de navios fora de janela, que omitiram portos anteriores por problemas operacionais. “Acontece de os navios não conseguirem atracar em portos da área de influência pelo mau tempo, por exemplo, e seguir para Paranaguá, ao invés de ficar esperando. Eles acabam recuperando o tempo na rota. Para o cliente, isso garante uma confiabilidade maior de que a carga dele chegará no tempo previsto”, enfatiza.
Atualmente, o parque de equipamentos da TCP conta com seis portêineres (sendo quatro Super Post Panamax), dois guindastes Mobile Harbour Crane, além de 30 transtêineres, resultado de investimentos realizados em anos anteriores.