A Mosca Logística, especializada em logística fracionada para o abastecimento do segmento supermercadista, vem investindo ao longo dos anos neste setor, que é cheio de desafios. Por exemplo, não é comum a utilização de etiqueta na separação dos volumes, apenas o uso de um código de barras para toda a carga, o que faz com que grandes empresas de transporte sofram para fazer esse processo de forma manual, como explica Paulo Cesar Silva, gestor comercial da Mosca.
Foi por isso que a companhia investiu R$ 3 milhões em um sorter, em 2015, que tem seu software constantemente atualizado para atender às exigências desse mercado. “O equipamento faz a separação de 2.400 volumes por hora, com ganho de velocidade de operação de 60%”, conta Silva. A atualização mais recente foi justamente na questão da leitura da etiqueta do embarcador. Isso quer dizer que há duas opções, ou as mercadorias são separadas pelo código de barras do embarcador, que vai na caixa, ou se ele preferir etiquetá-la, incluindo outras informações, o sorter também está apto a fazer essa leitura, otimizando o tempo.
Atualmente, 40% dos produtos manuseados pela Mosca passam pelo sorter. O objetivo é chegar a 80% do volume coletado, o que será possível a partir da leitura de QR Code das embalagens, que tem sido cada vez mais comum no setor.
Silva também explica que a Mosca está apta a inserir o QR Code no conhecimento de transporte, se o Fisco exigir. “Essa tecnologia vai trazer segurança fiscal para toda a indústria e para o governo, já que possibilita a inserção de diversas informações importantes. As transportadoras precisam estar preparadas para isso para não prejudicar o embarcador, já que a obrigação de informar esses dados é dele. Saímos na frente.”
Mobile
A Mosca também investiu R$ 200 mil em uma solução mobile, incluindo a tecnologia diferenciada e os equipamentos utilizados pelos motoristas. “Quem ganha com isso é o embarcador, que passa a ter acesso à informação na hora, podendo dar baixa na entrega sem precisar esperar o fim do dia ou o dia seguinte”, conta.
Através do geolocalizador é possível saber onde o entregador realmente está, além de permitir a ele tirar fotos de ocorrências para comprovar a veracidade. “Com essa solução, o nível de informação oferecido aos nossos clientes melhorou 70%. Antes, o embarcador nos ligava para saber a posição de sua mercadoria, hoje ele já vê diretamente no site, o que diminuiu drasticamente o número de chamadas no nosso SAC”, ressalta Silva.
Também está nos planos da empresa modernizar seu site na internet, disponibilizando um link para que a própria área de vendas do embarcador possa consultar a entrega aos seus clientes, sabendo o momento ideal para realizar nova venda. “Com isso, ajudamos nosso cliente a vender mais”, destaca.