Com a alta do dólar e a menor demanda no mercado provocadas pela pandemia do novo coronavírus, importadores buscam adaptar suas operações para enfrentar da melhor forma esse período. “Essas empresas enxergam nos regimes aduaneiros especiais uma saída para equilibrar o seu fluxo de caixa”, afirma Rodrigo Rocha, gerente comercial nos Centros Logísticos da Wilson Sons. Ainda de acordo com ele, estas “são soluções que oferecem a flexibilidade necessária num momento tão desafiador”.
Rocha destaca que um dos regimes especiais mais procurados é o de Entreposto, em que os importadores conseguem fazer o desembaraço das cargas de forma fracionada. Dessa forma, a empresa posterga os custos de nacionalização dos produtos para quando houver novamente demanda. As mercadorias podem ficar armazenadas até dois anos sem pagar impostos.
No terminal alfandegado do Centro Logístico da Wilson Sons em Santo André, São Paulo, os segmentos com maior procura pelos regimes especiais aduaneiros são os de maquinário, manufaturados, life science (equipamentos médicos e farmacêuticos), eletroeletrônicos, químicos, life style (roupas e acessórios), bens de consumo e cosméticos.
Entre os serviços oferecidos na unidade está o gerenciamento da remoção e devolução dos contêineres, que garante a não incidência de demurrage (indenização diária devida ao transportador, caso o importador permaneça com o contêiner por um período superior ao tempo acordado).