Alegra Foods: Capacidade de armazenagem refrigerada é ampliada com a contratação de terceiros

A Alegra Foods produz cortes in natura e processados de suínos e tem parte de sua operação feita com Operador Logístico, objetivando uma maior capilaridade de entregas, melhor otimização de recursos e aumento dos níveis de serviço junto aos clientes. “Outra parte de nossa operação ocorre com a contratação de transportadoras terceirizadas”, explica Neandro Gimenez Debeuz, gerente de Supply Chain da Alegra Foods.
Já José Rodrigo Sala, supervisor de Logística da mesma empresa, lembra que utilizam em média 70 veículos/dia para realizar as operações de entrega (B2B e B2C) e na transferência de produtos para armazéns de terceiros. São realizadas cerca de 1600 viagens/mês.
“Nossa operação tem como ponto de partida a cidade de Castro, PR. A malha rodoviária tem como origem Castro e Pinhais, PR. Abrangemos os seguintes destinos no mercado brasileiro: todos os estados da Região Sul e Sudeste, mais os estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Goiás.”
Sala também lembra que, para atender o mercado nacional a Alegra Foods utiliza somente o transporte rodoviário. No mercado internacional, além do rodoviário para o Mercosul, é utilizado o modal marítimo.
Logística do frio – Em termos de logística do frio, a empresa conta com uma câmara fria de armazenagem para resfriados e outra para congelados – totalizando cerca de 1.188 posições-paletes. “Nossa capacidade de armazenagem é ampliada com a contratação de armazéns de terceiros”, diz Debeuz.
Com relação aos maiores desafios enfrentados pela empresa no segmento de logística do frio, o gerente de Supply Chain entende que é garantir de ponta a ponta (da origem até o destino) os padrões de temperatura exigidos por cada tipo de produto. “Em nosso caso, é uma questão inegociável de qualidade e segurança alimentar.”
Ele continua, citando as ações para resolver esta equação: “além de adotar processos e procedimentos que visam controlar e garantir a temperatura na armazenagem, movimentação e no transporte de nossos produtos, buscamos parceiros que possuam infraestrutura adequada para este tipo de operação.”
Debeuz também aborda os diferenciais da logística neste segmento em comparação à de outros setores, ressaltando que a logística na cadeia de frio para o segmento alimentício é uma operação que requer muito mais atenção aos pequenos detalhes. Acaba sendo uma operação complexa, com procedimentos e padrões adicionais em relação à logística convencional, pois é necessário garantir a temperatura em todas as etapas para não afetar a integridade dos produtos.
“Nosso objetivo é assegurar que nossos produtos sejam entregues de acordo com as exigências de qualidade requeridas. Para tanto, buscamos sempre aprimorar nossos recursos internos e trabalhar com parceiros (armazéns, Operadores Logísticos e transportadoras) que possuam estrutura adequada para nossa operação. Estamos sempre buscando otimizar movimentações e fazer roteirizações mais enxutas para ter maior controle e monitoramento da situação.”
Já sobre o que a empresa adotou em termos de logística para se adequar ao mercado, o supervisor aponta que, dependendo do tipo de operação, adotam diferentes opções logísticas: seja uma operação de distribuição com um Operador Logístico, operação de cross docking em determinada região e contratação direta de transportadoras a partir de sua unidade fabril.
“Utilizamos ferramentas tecnológicas que nos permitem roteirizar, otimizar a malha de distribuição e acompanhar nossas entregas, buscando uma otimização de nosso custo logístico e melhorando nosso nível de serviço”, completa Sala.
Relacionamento – Sobre o como é o relacionamento empresa com o transportador ou OL, Debeuz diz que prezam em criar bons relacionamentos com seus parceiros logísticos e buscam estabelecer relações transparentes de médio e longo prazo. “Nossa equipe operacional é orientada a tratar todas as ocorrências de cunho logístico no momento em que elas ocorrem, acionando as pessoas responsáveis para solucionar a questão.”
Adicional a esta medida, a Alegra Foods tem uma rotina semanal com o seu Operador Logístico, responsável pela distribuição no varejo, para verificar resumo e ações corretivas da semana anterior e discutir as operações que acontecerão.
Finalizando, o gerente de Supply Chain fala dos efeitos do Covid-19 nas operações da empresa. “Enfrentamos uma retração na demanda no mercado nacional (cerca de 30% em abril), causando dificuldades na operação – foi necessário ajustar a distribuição, alterando rotas, devido a restrições que foram impostas. “Redirecionamos cerca de 20% da nossa oferta para o mercado internacional.”
Bangalô dos Pastéis: uma logística simples e ainda no início
No portfólio de congelados do Bangalô dos Pastéis é possível encontrar várias opções de pastéis congelados, prontos para fritar, comercializados em embalagens de 550 g, com cinco unidades cada. Já a linha de massas é composta pela massa de pastel tradicional, vendida em embalagens de 1 kg e 2 kg; pelas massas coloridas nas cores azul e rosa, disponíveis em embalagens de 1 kg; pela massa de chocolate 70% cacau, também encontrada em embalagens de 1 kg; e a massa de lasanha, disponível em embalagens de 500 g. Para completar, a pimenta – receita da casa – para acompanhar os pasteis salgados.
Além da nova linha de congelados, massas e condimentos, a rede conta com nove unidades espalhadas pelos estados do Paraná e Santa Catarina, que atendem presencialmente e via delivery.
A empresa tem logística própria e iniciou o processo de contratação de terceirizadas. Atualmente opera com um veículo, saindo de Guaratuba, PR, com destino ao litoral, capital, oeste e noroeste do Paraná. A empresa só utiliza o transporte rodoviário e não tem CDs ou armazéns próprios.
Em se tratando dos maiores desafios logísticos enfrentados no segmento de logística do frio, Braulio Augusto Pedrotti, diretor administrativo e financeiro da rede Bangalô dos Pastéis e responsável pela linha de varejo, afirma que eles se resumem em manter a qualidade do produto desde o início até o fim do transporte. Para isso, são realizados treinamento dos motoristas e manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração.
Com relação aos efeitos do Covid-19 nas operações da empresa, Pedrotti revela que tiveram uma queda de mais de 64% no faturamento comparado ao mesmo período do ano passado. “Reduzimos a jornada de trabalho e o salário dos funcionários em 50%, optando por não demitir ninguém.”