Quando se fala em logística fria, estes equipamentos se mostram primordiais no sentido de preservar a integridade dos produtos, desde a saída do armazém até a entrega final, com todas as suas caraterísticas preservadas, sem mais nem menos.
Atualmente, o mercado oferece várias opções de sensores para monitorar a temperatura, fator primordial quando se trata da logística do frio.
Existem modelos mais simples, que apenas registram os dados ao longo da sua utilização e, para acessá-los, é necessário um processo manual de coleta do sensor e leitura dos dados em algum computador. Este tipo de sensoriamento pode trazer para o usuário algumas informações sobre o histórico de temperatura, mas não permite, por exemplo, uma atuação imediata diante de uma possível excursão.
“Portanto, existem modelos de sensores que possibilitam o acompanhamento em tempo real, por estarem conectados a uma nuvem. Neste caso, a central de monitoramento e operações pode atuar de forma rápida e tomar as ações e decisões corretas que impedem o deterioramento do produto devido à quebra da cadeia do frio”, explica Alexandre Boldrin Ferreira, Head of Sales Business Services Latin America da Bosch Service Solutions.
Além de avançados dispositivos para monitoramento de temperatura e umidade em tempo real, Ferreira diz que a Bosch também opera todo o sistema por meio processos customizados para cada cliente, executados em uma plataforma inteligente e totalmente segura.
No caso da Novus, para atender ao segmento de logística fria são fornecidos equipamentos para aquisição e comunicação de dados destinados ao monitoramento e registro de variáveis analógicas, como temperatura, umidade e pressão, e digitais, como pulsos de vazão ou sensor de aberto/fechado, nos mais diversos processos, como indústria, logística, infraestrutura de TI, cadeia do frio, entre outros, conforme explica Alexandre Parra Mendonça, supervisor Comercial da Novus.
Aplicações
Se referindo aos locais onde estes controladores são mais usados, dentro da logística fria, Ferreira, da Bosch, diz que são dentro dos próprios laboratórios, nas linhas de fabricação, no transporte em todos os modais e armazéns, além de locais como conservadoras, refrigeradores, salas limpas, centros de pesquisa e até mesmo clínicas e hospitais.
“Sem dúvida alguma, a indústria farmacêutica é o setor que mais demanda este tipo de serviço, porém o mesmo também se faz necessário em outros segmentos, como indústria alimentícia, cosmética, eletrônica e demais setores de produtos de alto valor”, completa o Head of Sales Business Services Latin America da Bosch.
Mendonça, da Novus, também aponta o transporte, os Centros de Distribuição, armazéns e as câmaras frias como os locais onde estes controladores são mais utilizados, atendendo a hospitais, laboratórios, clínicas, o segmento de alimentos e bebidas e a logística da cadeia fria.
Benefícios
São inúmeros os benefícios obtidos com o controle de temperatura na logística fria. “Para o setor farmacêutico, por exemplo, – explica Ferreira, da Bosch – podemos destacar a integridade dos produtos e, consequentemente, o impacto na saúde dos usuários. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que até 50% das vacinas produzidas em todo o mundo chegam ao seu destino deterioradas e sem condições de uso, em grande parte por conta das variações de temperatura durante o transporte e a armazenagem. No Brasil, o transporte de produtos farmacêuticos apresenta muitos desafios em razão, principalmente, da complexidade da infraestrutura logística, grande extensão territorial e diversidade climática.” Além das vacinas existem diversos outros produtos farmacêuticos igualmente sensíveis às variações de temperatura: os chamados termolábeis. “A seriedade do assunto abordado pode ser compreendida de forma mais clara quando levamos em consideração que a vida de muitas pessoas depende de certos medicamentos. Além disso, o impacto econômico também é significativo, uma vez que quando um produto é descartado pelo motivo da quebra da cadeia fria, as perdas vão muito além de seu valor comercial, pois trata-se de desperdício em todas as etapas que vão desde a matéria prima – que por vezes é rara – até a fabricação, armazenagem e distribuição, ou seja, esses custos devido ao desperdício são somados à conta que é paga por todos os elos envolvidos na cadeia”, completa Ferreira.
Covid-19
O executivo da Bosch também comenta sobre as mudanças que poderão ocorrer no modo de operação dos controladores de temperatura na logística fria em função da pandemia da Covid-19.
Ferreira lembra que, antes mesmo da pandemia, já existiam mudanças muito importantes em todo o processo de distribuição e armazenagem dos medicamentos.
“A RDC 304 (agora 360), que dispõe sobre as boas práticas de distribuição, armazenagem e de transporte de medicamentos, foi um passo significativo e assertivo das autoridades no sentido de proteger a saúde da população e também melhorar a confiabilidade e competitividade dos medicamentos produzidos no Brasil. É claro que com a pandemia, as pessoas ficaram muito mais atentas e exigentes às questões de higiene e qualidade, e isso também redefinirá padrões de consumo. Se antes da pandemia os temas sanitários pouco ocupavam as pautas da mídia, hoje ocupam quase que a totalidade dos conteúdos divulgados. A expectativa pela chegada da vacina contra o Covid-19 é enorme e, sem dúvida, quando ela estiver disponível haverá uma verdadeira mobilização de toda a sociedade para acompanhar a sua distribuição, armazenagem, conservação, administração e claro, eficácia. Portanto, o acompanhamento do controle da temperatura estará bastante evidente à muitos olhos.”
Mais “Logística do Frio” no portal Logweb
No portal Logweb, você vai encontrar a conclusão desta matéria especial, com a participação das caixas e dos paletes plásticos neste segmento.
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