Segundo o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no Agronegócio teve incremento de mais de 10% ao considerar o acumulado do ano – de janeiro a agosto de 2020.
A Repom, empresa que compõe a divisão de Frota e Soluções de Mobilidade da Edenred Brasil, juntamente com Ticket Log e Edenred Soluções Pré-Pagas, traz mensalmente os dados e as análises do período e, ao analisar o mês de agosto com o mesmo período em 2019, revela um aumento de 6,7% no volume de fretes rodoviários.
Já a Indústria e o Varejo, tiveram um incremento de 6,8% nas demandas por frete considerando os oito primeiros meses do ano, reforçando a retomada das atividades econômicas. Ao considerar somente agosto, o crescimento no volume de frete foi de 6,3% frente ao mesmo mês do ano passado, mantendo o ritmo positivo observado desde junho. Porém, é possível notar uma desaceleração de acordo com os números observados nos últimos dois meses – 50% menor frente a junho e 20% menor se comparado com julho.
“Diferentemente da Indústria e do Varejo, no Agronegócio não se observou a depressão da pandemia entre abril e maio, mas sim um pico de movimento, que está sendo compensado nos últimos dois meses, mais moderados, mas ainda positivos na visão acumulada. Este comportamento mais equilibrado também se deve ao término das safras no País”, comenta Thomas Gautier, Head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil.
Com relação ao número total de viagens emitidas de janeiro a agosto, o ano de 2018 figurou com 2,14 milhões de viagens, 2019 com 2,39 milhões – um incremento de 11,7% com relação ao ano anterior – e 2020 ficou com 2,57 milhões de viagens emitidas, representando um aumento de 7,5% frente a 2019.
O IFPR também apresenta o comportamento nas passagens das praças de pedágio em todo o País. O universo analisado no levantamento contabilizou 27 milhões de passagens no período de janeiro a agosto de 2020. O ritmo mensal apresentou queda de 4,2% nos últimos dois meses – julho e agosto – frente aos dois primeiros meses do ano, período pré-pandemia.
Porém, é possível notar uma melhora se comparado ao período de junho e julho em que a queda registrada foi de 12,1%. “A recuperação acumulada nos últimos três meses já passa de 19 pontos percentuais, o que demonstra claramente a retomada das atividades e maior circulação de veículos nas rodovias brasileiras”, conclui Gautier.
Ao analisar o fluxo de passagens nas principais rodovias do Brasil, nota-se uma grande recuperação ao comparar agosto com o mês de maio, por exemplo – pico da pandemia do coronavírus no País. A rodovia SP-330 registrou queda de 23% no número de passagens em maio e, agosto, apresentou apenas 5,2% de queda – frente aos mesmos meses em 2019. A melhora representa quase 18 pontos percentuais em um cenário de recuperação.
Já a BR-116 contou com incremento de mais de 30 pontos percentuais na comparação do mesmo período. Maio teve queda de 40,9% no número de passagens, enquanto o mês de agosto apresentou queda de apenas 10,3% no comparativo com 2019.
Os veículos pesados registraram uma dinâmica de crescimento de 5,1% no fluxo de passagens em agosto, revertendo um cenário de queda vertiginosa registrado em maio, período que apresentou queda de 16,1%. Com relação aos veículos leves e médios ainda é possível notar um cenário de recuo frente ao período pré pandemia – 16,2% menor em movimentações em agosto. Porém, com recuperação de 21 pontos percentuais frente ao mês de maio.
O IFPR é um estudo mensal que atualiza o cenário do frete rodoviário e também das passagens nas praças de pedágios das principais rodovias brasileiras, levantado pela Repom, que intermedia mais de 25 milhões de transações por anos, com mais de 1 milhão de caminhoneiros em sua base.