Com todos os desafios enfrentados no ano da pandemia, alguns setores se sobressaíram e seguem em projeção de crescimento, como é o caso do e-commerce. Segundo pesquisa realizada pela DHL, líder mundial em transporte expresso e logística, o segmento deve crescer 17% ao ano no Brasil até 2021, aumentando significativamente os processos de logística. Ao mesmo tempo, profissionais da área acreditam que os avanços tecnológicos são as principais tendências nas entregas, facilitando as operações e simplificando o mercado.
De acordo com dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), publicada em agosto deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da receita total de R$1,6 trilhão, o setor de ‘Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio’ representam a maior fatia, cerca de 30% do total.
Em contrapartida, existem algumas questões relacionadas à sustentabilidade nas perspectivas para 2021, principalmente com relação à mobilidade. As empresas logísticas precisam rever seus impactos, repensar seus modelos de atuação, optar por meios viáveis aos envolvidos e escolher formas mais acessíveis e sustentáveis.
“Nós somos uma empresa verde, economizamos, no mínimo, 12% de óleo diesel. Quando você roteiriza, busca as melhores formas. Evita passar por determinados lugares que não precisa e faz economia em consumo”, explica Antonio Wrobleski, presidente da Pathfind, empresa especializada em otimização e redução de custos logísticos.
A logística verde ou logística ambiental deve fazer parte da expansão do setor para o próximo ano, a partir de medidas e políticas sustentáveis que visam reduzir o impacto ambiental causado pelas atividades do setor. “Uma moto polui mais que duas vezes e meia que um automóvel. Agora bike não, bike é tudo. Então mobilidade é isso. Como você implementa? Olha que interessante, como eu sigo essa bike? Com o celular, aplicativo. Eu tenho um app que faz o tracking na bike, a partir da tecnologia. Isso é mobilidade, economia verde e menos floresta derrubada e assim por diante”, ressalta Wrobleski.
A partir de cada contexto e das necessidades de cada empresa logística, o mais importante para 2021 é focar na redução de emissões e optar por transportes e combustíveis menos poluentes. Esse é o conflito existente entre expansão do mercado logístico e a necessidade de planejar e executar ações mais sustentáveis, soluções que favorecem tanto o segmento quanto a natureza. Não há crescimento sem conscientização ambiental, ainda mais no atual momento. A união entre as novas tecnologias, economia e consciência ambiental é uma necessidade urgente da década, além de proporcionar vantagem competitiva frente aos concorrentes, alinhada às tendências e projeções do mercado.