Redução de falhas humanas nos processos e no tempo médio de atendimento, além de ganhos de produtividade e eficiência são alguns dos benefícios da IA que contribuem para a redução drástica do custo logístico.
Sem a Inteligência Artificial – e outras novas tecnologias, como Machine Learning, Analytics, Big Data e IoT – na logística, não seria possível manejar os grandes volumes de informação disponíveis e adequar-se às mudanças da demanda.
Esta é a segunda matéria da reivsta Logweb dentro da série sobre Inteligência Artificial na logística – a primeira foi publicada na edição 214 – fevereiro 2021. Agora, os assuntos são os benefícios da IA e suas aplicações mais comuns no setor.
Para Miguel Alvarez, VP Industry Latam da Blue Yonder, os principais benefícios são a capacidade de incorporar múltiplas fontes de informação (externas e internas) na tomada de decisão e o dinamismo para acomodar mudanças contínuas na operação, podendo separar os fatores relevantes e influentes daqueles que não o são. “Também cito a capacidade de automatizar muitas decisões recorrentes que são feitas regularmente com base na intuição do responsável.”
Segundo ele, a logística precisou integrar os pedidos oriundos de vias digitais, como WhatsApp e Instagram, e oferecer respostas automáticas e preditivas. Por exemplo: onde está a mercadoria, na loja, no CD do fornecedor ou dos fabricantes? Há pessoas para fazer o picking, empacotar e despachar para agilizar a entrega prometida? Como está a rota do caminhão para receber a mercadoria em qual horário? “A logística precisa estar toda integrada para uma melhor experiência e rentabilidade.”
De fato, o primeiro benefício da IA na logística, segundo Vinícius Abreu, gerente de TI da Log-In Logística Intermodal, é a maior integração da cadeia de suprimentos. “Um dos pontos mais críticos para quem trabalha com logística é a grande quantidade de entidades envolvidas na cadeia, com pouca troca de informação e muitas vezes moroso”, observa.
Vale considerar também o misto de agilidade e simplificação na troca de informações e execução dos processos, além da inteligência no apoio da tomada de decisões. Para a logística, que precisa tomar decisões o tempo todo, a utilização de técnicas de Analytics e Data Science oferece esse apoio, por meio de modelos preditivos, para que possa antecipar as demandas e não trabalhar olhando para trás. “Ou seja, possibilita que algumas falhas sejam identificadas e corrigidas antes mesmo que aconteçam”, adiciona Vinícius.
Ainda sobre a importância da IA na tomada de decisões fala Fabrício Santos, especialista em logística na MáximaTech e na onBlox. “O Big Data consegue lidar com muito mais critérios e orientar, realizar predições, como uma rota mais eficiente considerando critérios que estão acontecendo ao vivo e base histórica de cenários similares”, explica.
Com uma maior qualidade e velocidade nas análises também vem o benefício da redução de falhas humanas nos processos. Mesmo que se use operadores humanos no processo de separação, por exemplo, é possível direcionar uma rotina de ações mais precisa para que cada pessoa ganhe produtividade. “Ao considerarmos a tecnologia de ponta, temos a substituição de pessoas por robôs na lida com o armazém, reduzindo acidentes, além de praticamente anular os índices de erros. A IA define o melhor operador para o tipo de tarefa após analisar o histórico de produtividade e o tipo de produto”, conta.
Ao inserir automações e Inteligência Artificial nos processos logísticos, também reduz-se o tempo médio de atendimento. Assim, o processamento de entregas, que levava dias, e até semanas, do pedido até a descarga das mercadorias, passa a ser feito em horas, com todos os Centros de Distribuição, dark stores e outros modelos de estoque conversando entre si para antecipar ao máximo o tempo da entrega. “Com IA, é possível uma análise constante dos pedidos recebidos e a formação de novas rotas visando diminuir o tempo e o custo logístico das entregas. É praticamente impossível, ou muito trabalhoso, isso ser realizado por pessoas”, ressalta Fabrício.
Segundo ele, a soma de todos os benefícios seria a redução drástica do custo logístico. Cada empresa teria um modelo personalizado, conectado, considerando diversos modais e tipos de operações para conseguir chegar até seus clientes e para que seus fornecedores cheguem até eles. Seria possível até mesmo a sugestão de compartilhamento de recursos de forma mais inteligente e dinâmica.
Mais produtividade e menos erros
O potencial para aplicação da IA e do Machine Learning na logística brasileira é imenso, como afirma Eliel Fernandes, CEO da Buonny Projeto e Serviços. “Num país com dimensões continentais, cidades com altíssima concentração urbana e malha viária deficiente, sistemas avançados de IA podem gerar significativos ganhos de produtividade e eficiência, desde a adequada oferta de fretes nas plataformas de varejo omnichannel, gestão dos armazéns, CDs e núcleos de fulfillment, roteirização e otimização do carregamento dos veículos, maximização operacional das frotas, cross docking e uso de diferentes modais, até a gestão da última milha e confirmação da entrega”, expõe.
Lilio de Souza Rocha Neto, evangelizador em inovação da DHL Supply Chain, diz que a IA pode desempenhar um papel de monitoramento inteligente – não apenas disparando avisos, mas iniciando tarefas – e, principalmente, fazendo análises preditivas.
Para Jean-Urbain Hubau, diretor-geral da Divisão de Frota e Soluções de Mobilidade da Edenred Brasil, o maior ganho é no tempo, pela simplificação de processos. “Por meio da IA, os gestores também conseguem integrar em um único lugar, de forma mais ágil, informações que mostrem o comportamento de sua frota. Dessa forma, conseguem otimizar processos e reduzir custos. Hoje não é mais necessário usar o telefone e/ou aguardar em filas de espera para obter suporte”, explica.
A Inteligência Artificial trabalha com um número muito maior de dados em um menor tempo, tornando a operação mais ágil e precisa, sendo as chances de erros durante as tarefas praticamente nulas, acrescenta Lucas Moura, diretor de Crescimento da e-Vertical Tecnologia. Com a habilidade em prever e evitar falhas, o índice de retrabalho diminui, gerando uma economia de tempo e investimento para os negócios.
Outro benefício é o financeiro: a empresa produz cada vez mais, utilizando o mínimo de recursos e enxugando o orçamento com a equipe local.
Moura ressalta, ainda, o fator segurança do condomínio logístico, pois a utilização da Inteligência Artificial, aliada aos equipamentos de segurança, aumenta a oferta de ferramentas. “Isso torna possível o monitoramento seguro de processos, como o controle de velocidade, de uso de EPIs pelas pessoas, de entrada de usuários autorizados, leitura de placa de veículos para a abertura da cancela, etc.”
Falando de processos internos e logística de armazém, o uso da Inteligência Artificial acelera a seleção de objetos, quantidade, tipos de envios entre outros e, assim, otimiza toda a operação e reduz muito os erros, acrescenta Guilherme Juliani, CEO do Grupo Flash Courier.
“Já quando falamos de logística de entregas, a IA permite que façamos um melhor traçado de trajetos, para otimizar o tempo dos couriers e, ao mesmo tempo, diminuir os gastos de operação”, continua.
Na opinião de Cleverson Orlando Cachoeira, cientista de dados na LogComex, os principais benefícios que a IA tem agregado à logística são fornecer vantagem competitiva às empresas, evoluir da extração de informações de análises descritivas das bases de Business Intelligence para análises preditivas e até mesmo prescritivas, utilizando técnicas de Machine Learning. “Contribui, ainda, na agilização de processos burocráticos e fiscalizações governamentais”, complementa.
A Inteligência Artificial pode ainda englobar redução de combustível com otimização de rotas, identificação de combustível adulterado e segurança contra roubos. “Com um hub acoplado à carga, o gestor da frota pode acompanhar a rota e se precisar tomar decisões de prevenção ou que possam solucionar problemas, em tempo real”, conta Daniel Schnaider, CEO da Pointer by Powerfleet Brasil.
Com a IA em armazenamento, é possível acompanhar cada passo da carga, determinar exatamente o espaço adequado para cada tipo de material, como exemplo as vacinas, que demandam temperaturas, luminosidade e umidade para que estejam em perfeitas condições de uso.
Ainda, com a IA é possível identificar se houve algum erro durante o armazenamento ou transporte que possa ter comprometido a carga e exatamente quando isso ocorreu. “Além, claro, da coleta de dados e relatórios para otimização de processos que, para o setor agrícola, por exemplo, pode ser revertido em milhões de reais em lucro ou economia”, acrescenta.
Eficiência operacional
Anderson Benetti, head de Produto WMS e TMS na Senior Sistemas, evidencia o papel da AI no BackOffice, porque ela simplifica de forma significativa o trabalho manual das pessoas envolvidas na operação logística.
“Quando o cliente faz uma compra online, se aquele item não estiver disponível em estoque, acontece o que chamamos de corte de pedido, ou seja, a empresa não vai conseguir atender aquela demanda. Com apoio de IA, conseguimos minimizar essas ocorrências, viabilizando e otimizando um trabalho que muitas vezes era feito totalmente no manual”, explica.
O planejamento de reposições de produtos tem ligação com o planejamento de projeção de vendas – quanto quero vender, a capacidade de atendimento dos meus fornecedores e a minha capacidade de operação logística. “Isso tudo conecta a cadeia de abastecimento do consumidor, uma sincronização que posso automatizar com as soluções de gestão – como WMS e IA –, que entram como um apoio, minimizando o desabastecimento ou falhas nos atendimentos.”
A IA possibilita serviços de delivery personalizados e otimização das rotas de entrega e da precificação, gestão de inventário em tempo real, segmentação e customização, mitigação de riscos e prevenção a fraudes e next best offer (upsell e cross sell), acrescenta Márcio Arbex, diretor de Pré-Vendas da TIBCO para a América Latina.
“Na nova cultura dos negócios, a inovação é fundamental para chegar ao topo do mercado, o que necessariamente envolve IA. Essa tecnologia veio para ficar e transformará ainda mais o setor de logística nos próximos anos”, salienta.
Do ponto de vista operacional, a roteirização de transportes é um importante item que usufrui, com muita frequência, dos benefícios que a IA dispõe, como expõe Rodolpho Nascimento, coordenador de Produto da GKO Informática.
Algoritmos de aprendizagem automática podem realizar cálculos de valor do frete dinamicamente, considerando dados da situação das estradas obtidos em tempo real durante o percurso que a mercadoria deve seguir, avaliando variáveis como tipo de carga, prazo, etc.
Estima-se que 40% do total de quilômetros percorridos em viagens no sistema de transporte tradicional sejam realizados por veículos de transporte vazio, representando uma despesa inútil em combustível e maior poluição ambiental.
“Do ponto de vista administrativo, a IA pode contribuir na otimização de processos, como digitalização e leitura de documentos (como CT-e), unificando e auditando informações com melhor acurácia, tornando mais célere o processo de pagamento de frete”, conta Rodolpho.
Como usuário da Inteligência Artificial, o Terminal de Contêineres de Paranaguá – TCP teve como benefícios: automatização dos processos; autonomia do usuário através da plataforma Portal do Cliente; redução no tempo médio de resposta pelo time de CS; e integração de sistemas. “Se um cliente necessita fazer ajustes de informações do contêiner, isso é feito através da nossa assistente virtual, e em menos de um minuto o serviço é executado. Com isso, o usuário possui autonomia para gerir seus processos”, explica Thomas Lima, diretor comercial e institucional do terminal.
Multicloud híbrida
A Inteligência Artificial simula a interação humana por meio do processamento e análise de dados. Esta capacidade de processamento ajuda as empresas a melhorar a execução de suas tarefas, gera insights valiosos em diferentes etapas do processo e melhorias na entrega do serviço ou produto final.
“Sem dúvida os dados impulsionam a transformação digital. A IA pode liberar o valor dessa informação com uma multicloud híbrida para democratizar as diversas plataformas”, explica Igor de Freitas Fonseca, product manager da Pontaltech.
As empresas de logística estão investindo em IA e em multicloud para liberar todo o valor de seus dados de maneiras totalmente novas, o que viabiliza:
1) Prever e moldar os resultados futuros;
2) Capacitar as pessoas para que façam um trabalho de maior valor;
3) Criar fluxos de trabalho inteligentes que automatizem as decisões e as experiências; e
4) Reimaginar modelos de negócios altamente personalizados.
Segundo Fonseca, as soluções de IA para a logística favorecem principalmente as indústrias de embalagens, gestão diversa, estoque e armazenagem, frete, transporte e entregas de produtos ou insumos.
Sobre gastos aproximados com logística no Brasil, o setor de transporte chega a R$ 415 Bi, estoque R$ 270 Bi, armazenagem R$ 268 Bi, administração R$ 27 Mi, somando R$ 750 Bi, que podem ser mitigados por meio da Inteligência Artificial.
Esta ineficiência, comparada a outros países, deixa o Brasil em 61ª lugar em desempenho logístico no mundo, segundo o Banco Mundial. O product manager da Pontaltech lembra que, alternativamente, foram mapeadas pela Distrito Dataminer 283 logtechs que entregam soluções com aplicação de Inteligência Artificial para gestão e delivery, internet das coisas para monitoramento de cargas e veículos, roteirização inteligente de frotas e drones para entregas na última milha.
Usos mais comuns
As aplicações da IA na logística vão desde a utilização de IoT (Internet das Coisas), Big Data, Machine Learning, Cloud Computing, até a utilização de robôs e drones na agilização de processos. Alguns exemplos são coletores de dados em armazéns logísticos, empilhadeiras autônomas e esteiras inteligentes.
“Como serviços, a IA contribui no monitoramento de entregas em tempo real, na personalização da cadeia de entregas e nas plataformas digitais que oferecem dashboards para gestão e controle gerencial baseados não somente em bases históricas, mas também em modelos de forecast gerados por algoritmos de inferência estatística”, complementa Cleverson, da LogComex.
O uso dos robôs dentro dos Centros de Distribuição é o exemplo mais clássico, na opinião de Levi Ferreira Lima Junior, engenheiro de vendas da Zebra Technologies Brasil.
E ele inclui também os sistemas de Machine Vision e processamento de imagens como uma tendência para esta vertical. “Esses sistemas podem controlar de forma automática a melhor ocupação da carga dentro de um caminhão e evitar que milhões sejam desperdiçados ou mesmo que o peso e a disposição de cargas sejam alocados de forma errada dentro de contêineres”, expõe.
Cassius Tadeu Scarpin, consultor da Nimbi, lista as principais aplicações: Previsibilidade de demanda por meio de técnicas como Redes Neurais Artificiais, Métodos ARIMA e Support Vector Machine; Classificação de fornecedores/clientes; Antecipação ou postergação de ressuprimentos de produtos; Seleção de fornecedores, equipamentos ou outros por meio de técnicas multi objetivos, como o Analitic Hierarch Process (AHP); Otimização de utilização de veículos para melhor adequação as cargas; e Otimização de roteirização.
Segundo Ivan Soares de Paula e Silva, engenheiro de desenvolvimentos e aplicações da Newtec Tecnologia Aplicada, a IA é mais aplicada na otimização das rotas; na preparação e separação de mercadorias para envio; e na alocação mais adequada de cargas em armazéns.
Para Alessandro Souza, CTO da Kangu, as aplicações mais comuns estão relacionadas a iniciativas de redução de custos de frete e em como acelerar o processo de entrega. Neste cenário estão inclusos a otimização das rotas, com base em dados de trânsito, horários de pico, planejamento de demanda, etc. “Também vemos bastante aplicação das inovações em tarefas repetitivas, como, por exemplo, o monitoramento de todo o processo logístico”, acrescenta.
De cyber security, longevidade, carros autônomos, otimização de fluxos de entrega, frete, estoque e armazenagem a bots de RPA, as aplicações da IA são as mais diversas, como salienta Fonseca, da Pontaltech.
Ele percebeu que os serviços que buscam o ABC (Artificial Intelligence + Blockchain + Chatbot) destacaram entre os demais. Ainda assim, existem os desafios das semânticas (distribucional, frameworks, modelo teórico ou ancoragem), com oportunidade em: definição de catálogo, estratégias e tecnologias de integração, gestão de conteúdo, adoção, manutenção e crescimento para a escala das aplicações ligadas a logística.
“Talvez a Inteligência Artificial atingirá seu potencial máximo quando a capacidade computacional da máquina for somada à capacidade cognitiva do homem. Assim, poderemos unir eficiência operacional, produtividade e processamento à ineficiência da criação, sensibilidade e interação”, ressalta Fonseca.
Como mais de 70% do trabalho nos sistemas de IA e ML consiste na limpeza e organização dos dados, a aplicação mais necessária – na opinião de Fernandes, da Buonny – seria a organização dos bancos de dados das empresas da cadeia logística e a integração dos diversos sistemas, tanto internos (ERP com portal de e-commerce com OMS com TMS), como dos sistemas das diversas empresas (embarcador com Operador Logístico, com transportadora, com motorista, com gerenciador de riscos). “Essa lição de casa é absolutamente necessária, sem a qual não será possível a construção de sistemas verdadeiramente inteligentes”, destaca.
Embora seja uma tecnologia ainda pouco utilizada em toda cadeia logística, ela já abrange uma gama variada de aplicações, como observa Lilio, da DHL Supply Chain. Destaque para identificação, avaliação e resolução de interrupções/imprevistos diversos, mitigação de impactos de uma interrupção inevitável (alertas inteligentes), identificação de tendências/demandas de mercado específicas, simulação de cenários de otimização de processos para melhores resultados de negócios e clientes, rastreamento de estoque para obter visibilidade instantânea do andamento das mercadorias a qualquer momento e a realização de cotações inteligentes para embarques instantâneos que refletem as taxas reais do mercado.
IA na logística é tema de webinar em abril
A Logweb e a W6connect vão realizar, em conjunto com a BlueYonder, o webinar gratuito “Rumos da Cadeia Logística Impulsionada pela Inteligência Artificial (IA)”. O evento será no dia 27 de abril, às 10 horas. As inscrições são gratuitas, através do link tinyurl.com/webinarIAlogistica.
Vão participar: Samuel Baccin, Partner Sucess Latin America Director da BlueYonder; Rogério Lima, Solution Advisor, também da BlueYonder; Raphael Chaves Dias, Transportation GPM-LOG.Co da Ambev; Gutemberg Almeida, Cloud Solution Industry Executive da Microsoft; e Pedro Moreira, presidente da Abralog – Associação Brasileira de Logística.
O objetivo é mostrar o que as empresas estão fazendo para tornar seus clientes mais bem-sucedidos por aplicar processos comprovados e tecnologias de ponta para otimizar seus esforços de gerenciamento da cadeia de suprimentos.
E tem mais!
Na próxima edição, confira a terceira e última parte desta matéria, com as perspectivas para a Inteligência Artificial na logística. Para ler a primeira, acesse a edição 214 da Revista Logweb no site www.logweb.com.br.