Responsável pelo escoamento da produção gaúcha, a BR 116 se caracteriza como uma das principais rodovias do estado e a conclusão de sua obra de duplicação é um dos desejos de quem diariamente a utiliza para chegar até o Porto do Rio Grande. É aqui no extremo sul que 27% do economia do estado ganha o mercado internacional.
Nesse sentido, o movimento Juntos Pela Duplicação da BR 116 realizou, no final da tarde desta quinta-feira, uma reunião para conhecer a proposta apresentada pela Ecosul ao Ministério de Infraestrutura. O encontro contou com a participação de lideranças da zona sul, deputados estaduais e federais e representantes da concessionária.
Os dados foram apresentados pelo diretor superintendente da empresa, Fabiano Martins de Medeiros, e entre as propostas está a redução do valor das tarifas do trecho entre Rio Grande e Porto Alegre mediante a construção de duas novas praças de pedágio. Com isso, a empresa assumiria a conclusão das obras de duplicação da BR 116 em até dois anos.
Medeiros adiantou que as novas cabines de cobrança estariam posicionadas no trecho entre Camaquã e Porto Alegre, onde atualmente não há nenhuma concessão vigente. Com isso, o preço de R$ 12,30 por eixo seria inicialmente reduzido em 40% e passaria a ser de R$ 7,38, valor que seria cobrado nas cinco praças ao longo do percurso.
A proposta contempla, ainda, a duplicação do lote 4 da BR 392, no distrito industrial, a recuperação da ponte desativada sobre o canal São Gonçalo, e a conclusão da duplicação da BR 290, entre o entroncamento com a BR 116 e o município de Pantano Grande. Essas ações permitiriam a solução dos gargalos logísticos existentes.
Assim como o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o governador Eduardo Leite também tomou conhecimento da proposta e designou o secretário extraordinário de parcerias, Leonardo Busatto, para analisar se a proposta pode ou não ser melhorada. A União também deverá deliberar sobre a proposição, a qual o grupo enxerga como ousada.
Ao final do encontro, o superintendente dos portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, disse que esta será uma decisão do governo federal, mas foi importante para que a sociedade pudesse se manifestar. “O que se comprovou é que existe um grupo mobilizado pela duplicação, que está consciente e que fez análises muito propositivas”, completou Estima.