A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Autoridade Portuária que administra os Portos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, divulgou, nesta terça-feira (20), no Diário Oficial da União, o Balanço de 2020.
A CDRJ encerrou o exercício de 2020 com reflexos positivos e significativos em suas Demonstrações Financeiras que representam uma governança pautada na austeridade e com foco na melhoria contínua da gestão administrativa, operacional e nos aspectos relacionados à sustentabilidade.
Apesar de 2020 ter sido um ano de enormes desafios enfrentados pelo mundo em razão da pandemia do COVID-19, a CDRJ, com criatividade e diligência, superou os obstáculos e encerrou o exercício com excelentes resultados.
Com um faturamento recorde resultante de fatores como a sustentação das operações mesmo durante a pandemia e a grande elevação da taxa de câmbio e do preço do minério de ferro, a Companhia alcançou um Resultado Operacional antes do Resultado Financeiro na ordem de R$161 milhões.
Além das contínuas ações visando a depuração dos registros contábeis e a maior precisão dos mesmos, 2020 destacou-se pelo aperfeiçoamento da gestão do faturamento e do contas a receber. A integração dos Portos, que antes era realizada de forma descentralizada e com diferentes sistemas no Rio de Janeiro, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis, foi um grande marco que trouxe ganhos na eficiência e eficácia da gestão financeira.
A melhoria no faturamento somada à efetiva gestão do fluxo de caixa possibilitou o encerramento do exercício de 2020 com as disponibilidades na ordem de R$ 41 milhões, valor mais representativo dos últimos 5 (cinco) anos e, ainda, com o menor nível de inadimplência.
Na busca por soluções para os desequilíbrios financeiros da Companhia, a gestão implementou investimentos em serviços técnicos de perícia contábil visando alcançar maior fidedignidade de seus registros históricos e dar continuidade ao processo de melhoria financeira iniciado em 2019. Conforme já divulgado, em 2019, tivemos o maior efeito, resultado de uma grande reversão nas provisões das ações trabalhistas, cíveis e tributárias e na revisão de grandes passivos em discussões judiciais.
Em 2020, a CDRJ apurou um Lucro Bruto de R$ 462 milhões, representando 70% do seu faturamento, na ordem R$ 652 milhões. Quando comparado ao exercício anterior, o Lucro Bruto apresentou um acréscimo de 34%, resultado do aumento das Receitas Brutas em 2020.
Em que pese a Companhia ter envidado esforços na implementação do Programa de Demissão Voluntária, as despesas de pessoal, juntamente com as provisões relacionadas às demandas judiciais, representaram um valor significativo das despesas e impactaram o resultado operacional, que, mesmo positivo, não alcançou o patamar similar de 2019.
Em função das pendências históricas da Companhia com o Tesouro Nacional, o nosso Resultado Financeiro Líquido sofreu impacto em razão do resultado de negociações do custo para o equacionamento de dívidas na ordem de R$175 milhões.
Para a superintendente de Finanças da CDRJ, Camila de Souza P. Carvalho, “ainda que o decréscimo do resultado operacional somado ao aumento das despesas financeiras tenha culminado em um pequeno prejuízo no exercício, a performance da Companhia não foi comprometida”, pois além das relevantes melhorias de gestão já mencionadas, a CDRJ alcançou um EBITDA na ordem de R$ 214 milhões, que mostra um significativo desempenho no que diz respeito à geração de Caixa e a capacidade de produzir recursos. Segundo Camila, “se desse cálculo forem desconsiderados os efeitos das provisões, cálculos atuarias do plano de previdência complementar, ganhos e perdas nas alienações de ativos, ainda assim o índice representaria um relevante valor de, aproximadamente, R$ 117 milhões, um dos maiores dos últimos anos.”
Além da reintegração do Portos e os investimentos em serviço de perícia técnica contábil, a CDRJ adotou, em 2020, o refinamento do processo de planejamento e controle orçamentário com o contínuo acompanhamento de seus Órgãos Colegiados por meio de painéis gerenciais e implementou o plano de reestruturação financeira e de redução de despesas.
Para a CDRJ, 2020 pode ser considerado um exercício marcado por um grande avanço com o maior saldo de disponibilidades e o menor índice de dívidas dos últimos 5 (cinco) anos, demonstrando grande evolução na busca por sua retomada de resultados positivos, após anos de grave situação financeira.