No ano em que completa 50 anos de história, o Grupo Protege apresenta “o primeiro carro-forte 100% elétrico do mundo”, segundo a empresa. São Paulo será a primeira cidade que vai ver de perto o projeto de sistema tração elétrico puro, que usa tecnologia nacional.
Durante 18 meses, profissionais da Protege, em conjunto com a Eletra Industrial, empresa especializada em transporte sustentável do grupo Auto Viação ABC, investiram mais de R$ 1 milhão no desenvolvimento do veículo blindado elétrico.
Todo o projeto foi concebido para valorizar a sustentabilidade e ser uma alternativa para os próximos anos. “O modelo foi estruturado em um chassi de carro-forte retirado de circulação, mitigando danos ambientais e incentivando o reaproveitamento de peças. Todos os elementos que não foram contemplados no novo projeto, como motor a diesel e o sistema de transmissão, foram destinados à reciclagem. O novo layout também foi elaborado para propiciar maior segurança, mobilidade e conforto à equipe de vigilantes”, diz Marcelo Baptista de Oliveira, presidente do Grupo Protege.
Tecnologia
O protótipo tem autonomia de 75 quilômetros, tempo de recarga plena de 2h30 e emissão zero de gases poluentes na atmosfera. Quando o veículo se encontra em operação, o sistema de baterias é continuamente recarregado pela tecnologia de frenagem regenerativa, que amplia a autonomia e consome menos energia elétrica para o abastecimento. Também foi instalado, estrategicamente, um carregador fixo na base operacional do Grupo Protege na capital paulista.
Um dos principais impactos do carro-forte elétrico é o benefício para o meio ambiente. A redução média na emissão de carbono será de 1,4 toneladas de CO2 por mês. Inspirado na evolução da indústria automobilística, com a fabricação de ônibus e caminhões elétricos, o carro-forte elétrico é tracionado por um motor elétrico cuja única fonte de energia é um banco de baterias, instalado a bordo do veículo.
A substituição do diesel por tração puramente elétrica também refletirá em redução dos custos operacionais: o Grupo Protege tem uma expectativa de redução de 65% no valor gasto por km rodado. Além da economia de combustível, outra possível vantagem que será estudada no projeto piloto é a performance operacional do veículo, uma vez que o sistema de tração elétrica requer, em tese, menor tempo de parada para manutenções.