Uma nova etapa na evolução para a equidade de gêneros na TranspoTech começou em agosto de 2021. A companhia de soluções em equipamentos de movimentação contratou as primeiras três mulheres para o setor de mecânica, único aonde ainda não havia presença feminina. Duas atuam em Joinville (SC) e uma em Blumenau (SC). O objetivo da empresa é que nos próximos cinco anos, pelo menos 10% do time de mecânica seja composto por mulheres. Hoje, são 188 profissionais dedicados ao setor.
A decisão por levar diversidade para o time técnico foi aprovada unanimemente pelo restante da equipe, de acordo com o CEO, Ricardo Oribka. “Fizemos um processo seletivo exclusivo para mulheres e apresentamos com muita transparência a todas as candidatas quais eram os nossos desafios e também o nosso desejo de fazer dar certo, assim como o plano de carreira que, claro, é o mesmo para todos os profissionais, independentemente de gênero”, explica.
Embora a participação das mulheres seja inédita na mecânica, a atuação delas na gestão da TranspoTech não é de hoje. Os setores de controladoria de frota, comercial e Recursos Humanos são liderados por elas. Ao todo, a empresa tem 410 colaboradores.
As mecânicas recém contratadas, além de planejarem individualmente suas carreiras, também participam de uma movimentação importante no mercado de intralogística: a migração para máquinas não poluentes. “Atualmente, 75% da nossa frota já é elétrica. Nosso objetivo é que a equipe técnica se especialize cada vez mais neste tipo de equipamento, que está conectado com o futuro que a TranspoTech acredita”, finaliza Ricardo.
Quem são as integrantes do time de mecânica da TranspoTech
Em Blumenau, a equipe ganhou o reforço de Milena Cardoso. Apaixonada por carros desde a infância, ela adiou os estudos no setor por conta da falta de aceitação da família. Quando conquistou autonomia financeira, concluiu duas capacitações no Senai. Ainda assim, trabalhava em um escritório de advocacia, porque não conseguia espaço no mercado automotivo. Aos 23 anos, ela se candidatou imediatamente quando soube do processo seletivo da TranspoTech. “Quando a empresa me chamou, eu estava decidida: iria, qualquer que fosse a proposta. Não tinha o que pensar”, conta. “Fui muito bem recebida por todos os setores. Estou realizando o sonho de trabalhar com o que eu sempre quis e espero que isso inspire outras mulheres a também se profissionalizem e virem pra cá, se isso é o que elas desejam”, afirma.
Anne Caroline de Souza e Marília Valvano são as duas mecânicas que atuam na TranspoTech em Joinville. Desde criança, Anne brincava na oficina de bicicletas do pai, entre ferramentas. Iniciou a vida profissional lá, mas quando teve que escolher uma faculdade, optou por Educação Física. Atuou dois anos na área e a saudade da manutenção a fez voltar para o negócio da família. O desejo de crescer a levou a se inscrever no Mulheres 4.0. “Eu queria tomar as rédeas da minha carreira. Não pensei duas vezes. Pesquisei sobre a empresa já tendo em mente que, só por abrir um processo seletivo nessa área, dedicado às mulheres, havia algo de diferente ali”, diz. “Estar aqui já mudou a minha vida. Estou começando a trilhar a minha carreira, a partir dos meus passos. Nestes primeiros dias, o que mais sinto é que a empresa confia na minha decisão de estar onde eu quero estar e me dá autonomia para isso. É muito bom saber que posso ser eu, a Anne. E que tem lugar para que eu cresça profissionalmente aqui”, destaca.
Colega de Anne, Marília tem 19 anos e acaba de concluir o curso em Mecânica no Instituto Federal Catarinense (IFSC). Mesmo com a pouca idade, ela sentiu na pele, em dois estágios, o preconceito com as mulheres no setor de manutenção. “Isso acontecia principalmente com piadinhas. Chegaram a me perguntar se eu sabia o que era uma chave Phillips, sabe?”, lembra. Buscar um ambiente onde não passaria por isso e pudesse crescer se tornou um objetivo para Marília. E foi isso que ela encontrou na TranspoTech. “Desde que vi a iniciativa e o cartaz com uma imagem remetendo ao feminismo, senti que seria diferente. No primeiro dia, tive uma conversa muito honesta com meu supervisor sobre poder ser eu mesma e expressar caso qualquer coisa me incomodasse – o mesmo aconteceu com todos os meus colegas. Sinto que estou segura e que posso me desenvolver profissionalmente. É aqui que eu pretendo ficar por muitos anos”, finaliza.
Alinhamento com o ESG
A agenda ESG (Environmental, Social and Governance) faz parte da estratégia da TranspoTech há alguns anos. O programa de equidade de gênero se conecta com esse horizonte. No que diz respeito às questões ambientais, além do fomento ao uso de equipamentos elétricos, onde é líder no Sul do país, a empresa é autossuficiente em energia em Santa Catarina, através de uma usina fotovoltaica. Além disso, tem programas de descarte de resíduos corporativos e educação ambiental para o time. Também é apoiadora do Zoo Pomerode, maior bioparque de Santa Catarina.
Os investimentos em projetos de impacto na comunidade somam dezenas de iniciativas. Entre elas estão o patrocínio oficial ao Paradesporto, em que, além da verba que possibilita a ida para competições, a TranspoTech recebe atletas com a redução de duas horas ao dia para treinamentos. Apoia o time feminino do Bluvôlei e o Clube de Xadrez da cidade. A empresa também apadrinha e patrocina o Projeto Pescar, que desenvolve jovens de baixa renda para o mercado de trabalho alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
No âmbito da governança, que abarca também a atuação ambiental e social, a TranspoTech atua com acompanhamento de compliance, com conscientização e acompanhamento do time no campo ético.