Big Data, Machine Learning, telemetria, câmeras de segurança, controle de frio, softwares integradores, TMS e torre de controle estão entre as soluções citadas pelos entrevistados.
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Inteligência Artificial para melhorar a roteirização das entregas, APIs para integração entre embarcadores e transportadores, Big Data, Machine Learning, TMS e WMS cada vez mais tecnológicos. Essas são as principais tecnologias que estão sendo mais utilizadas nos processos logísticos atualmente, segundo Fábio Carvalho, diretor de Supply Chain da Printi, gráfica online focada em materiais personalizados.
“No geral, elas ajudam a otimizar custos e reduzir o lead time das operações. Ao mesmo tempo, aumentam a confiabilidade e a previsibilidade”, ressalta.
Quem também opina é Leandro Ferraz, gerente de risco da JBS Transportadora, uma das maiores empresas responsáveis pelo transporte terrestre de animais vivos, laticínios, couro, carga seca e contêineres, entre outros. Ele cita rastreador, telemetria, câmeras de segurança, controle de frio, softwares integradores, TMS e softwares de torre de controle.
“Os equipamentos e softwares trazem maior velocidade para a logística, aumentando segurança e produtividade. Alguns hardwares podem completar ‘gaps’ que tínhamos nas operações. Sabendo usar as tecnologias, podemos agregar mais aos processos”, expõe.
Para José Humberto Cortês, diretor da Brasfrigo, líder na América Latina em movimentação de congelados, um bom Sistema de Gerenciamento de Armazém (WMS) voltado especificamente para o segmento de frigorificados e automação são de suma importância para o bom andamento do negócio.
“As tecnologias potencializam a performance da empresa, integrando os processos desde o chão de fábrica até a expedição do produto, trazendo acuracidade operacional, agilidade na tomada de decisões e precisão operacional. Segurança, agilidade, transparência são alguns dos benefícios”, resume.
Desafios
Quanto aos desafios, Carvalho, da Printi, cita como um dos principais ter uma equipe qualificada para utilizar todo o potencial que essas tecnologias têm a oferecer. “Ao mesmo tempo, é um desafio reter esses talentos que estão cada vez mais aprimorando seus conhecimentos e desenvolvendo novas soluções dentro da empresa”, diz.
Esse desafio pode ser vencidos, primeiramente, desenvolvendo uma cultura forte e uma gestão inspiradora para atrair esses talentos. “Em segundo lugar, desenvolver um ambiente propício ao aprendizado e estimular a inovação para que esses profissionais se sintam à vontade para desenvolver novas soluções”, opina.
Ferraz, da JBS, considera que o maior desafio é o custo, pois muitos destes hardwares e softwares são focados em algo específico, forçando a cadeia logística a contratar diversos serviços e produtos para ter um resultado otimizado. Porém, as empresas de logística têm dificuldade de repassar estes custos, fazendo com que a rentabilidade a cada dia fique menor”, observa.
Esse desafio pode ser vencido, segundo ele, procurando parceiros que desenvolvam equipamentos ou serviços mais completos e buscando integrações IoT (Internet das Coisas) para obter maior aproveitamento.
Já Cortês, da Brasfrigo, cita que os principais entraves são: desafio ao novo, aplicação sistemática e conhecimento. “A implementação de um software de gerenciamento de armazém não é um processo simples, e a provável falta de experiência em processos semelhantes costuma complicá-la ainda mais. Os projetos de implementação de um WMS duram meses, o que é normal. É preciso adaptar as funcionalidades, integrá-lo aos demais sistemas utilizados na empresa e testá-lo no próprio armazém”, recomenda.
De acordo com ele, comprometimento e boa vontade em querer fazer podem minimizar o impacto inicial e facilitar a implantação e a gestão da ferramenta.
Lições
Em vista de um mercado que se apresenta cada vez mais inovador, ágil e competitivo, os entrevistados foram convidados a citar a principal lição que desejam destacar. “A principal lição é que vivemos numa era de lifelong learning. Então, o que sabemos hoje não será o suficiente para nos mantermos em alta no futuro. É preciso estar aberto para aprender e testar novas tecnologias, buscando soluções diárias para problemas reais”, diz Carvalho, da Printi.
Ferraz, da JBS, considera que benchmark é sempre viável para conhecer o que estão fazendo ao seu redor e buscar absorver e aplicar ao máximo no seu dia a dia. “Não se limite ao que já foi aplicado ou aos resultados que já alcançou”, destaca.
Para Cortês, da Brasfrigo, a dica é acompanhar as tendências que sempre se mostram favoráveis, buscando cada vez mais eficiência no atendimento aos parceiros. “O mundo dos negócios tem experimentado um grande dinamismo e está cada vez mais claro que uma gestão eficiente, aliada a uma visão de futuro, faz a diferença.”
Logística Brasil
Os entrevistados para essa matéria estão entre os palestrantes do Logística Brasil, evento virtual e gratuito que acontecerá de 9 a 11 de agosto, das 14h às 18h.
Realizado pela Senior Sistemas (http://www.senior.com.br/segmentos/logistica) e, neste ano, com correalização do ILOG – Instituto Logweb de Logística e Supply Chain (http://www.ilog.org.br/), o evento terá 15 horas de conteúdo e mais de 20 palestras. O tema central é “Transformando desafios em novos caminhos”.
As inscrições podem ser feitas clicando aqui https://tinyurl.com/LogisticaBrasil.
Entidades apoiadoras: ABOL, Abralog, CNT e SER Logístico. Mídias apoiadoras: Grupo Logweb, Mundo Logística e Tecnologística. Patrocinadores: Wiipo, Amazon e Veloe.
Confira a grade de palestras